domingo, 28 de dezembro de 2014

Chutes precisos mandam fracassos para longe


Normalmente ao final de uma temporada, os clubes ficam em alvoroço diante da necessidade de reforços e, ainda, porque os torcedores pressionam. Eles acham que tem pouca influência nos momentos das decisões, mas são os termômetros. Um simples questionamento em um dirigente é capaz de mudar rumos. Mas o Futebol mineiro, através de seus dois principais clubes, Cruzeiro e Atlético, estão dando a cada temporada chutes fortes para deixar bem distantes os fracassos.  As contratações são apenas pontuais. Enquanto isso, os clubes de outros Estados investem, mesmo sem recursos. Buscam um jogador aqui, outro ali e os resultados não são os desejados. Raramente se atinge o objetivo. A engrenagem não é fácil de ser atingida, quando as mexidas são profundas. Em Minas felizmente o momento é outro e tem tudo para se consolidar ainda mais, diante dos bons resultados e, acima de tudo, a estrutura criada a partir de 2011, quando os dois principais clubes tiveram graves problemas na Série A do Brasileiro e foram  ameaçados de rebaixamento.

A tranquilidade de investir apenas em contratações pontuais e não mais em jogadores na esperança que dê tudo certo é o diferencial dos Clubes mineiros. Vejam que Atlético e Cruzeiro ainda se preparam para mais uma Copa Libertadores e terão o privilégio de começar a Copa do Brasil apenas a partir das oitavas de final. Privilégio em termos, porque muitos caem exatamente nesta etapa da competição. Tem de ter time para seguir em frente. Enquanto isso, o São Paulo está desesperado em busca de reforços. Melhor, tentativas ou como dizem: apostas. Talvez sua única real contratação tenha sido do zagueiro Breno, que cumpriu a pena por ter colocado fogo em sua casa na Alemanha e finalmente pode voltar ao Tricolor. Não esperem aquele rendimento inicial da carreira do jogador, porque ele ficou dois anos sem jogar e emocionalmente seguramente não é o mesmo. E estes são dois dos requisitos principais para jogar em alto nivel. O outro é a bola, Isso ele tem é de sobra. Gosto de seu estilo.

O Corinthians corre contra o tempo, também inseguro por ter mexido no comando técnico,  contratando Tite, uma unanimidade no Clube. Mas não há a certeza de que tudo vai dar certo. O que esperar do Internacional, que será o outro representante brasileiro na Libertadores? Não muito, porque não conseguiu ainda os jogadores que podem dar um algo mais ao time. Está liberando aqueles que não conseguem um rendimento satisfatório. Wellington Paulista, um deles.  É bom  que os Colorados estejam atentos e precavidos. Não se faz uma boa campanha esperando que Rafael Moura e Nilmar sejam a solução para competições que exigem muito, como Libertadores e o Brasileiro. Os vejo como bananeiras que já deram cacho. Ou estou errado. 

Para fechar, é bom colocarmos os olhos no Futebol carioca. Que momento complicado. O Flamengo fala, fala e não contrata ninguém. Agora quer Jobson e Jadson. O Fluminense perde aqueles que poderiam dar alguma esperança. Será difícil manter Fred e Conca. O Botafogo tenha mudar seu rumo, com Carlos Alberto Torres, há mais de dez anos fora das ações no Futebol, e com Antônio Lopes como gerente de Futebol. Aí fica ainda mais complicado. Mas há espaço no para estas tentativas, especialmente para os perdedores. Feliz é o Futebol mineiro que subiu no pedestal e pode ficar olhando de cima os outros, atitudes que no passado foram constantes nos clubes mineiros, mas que agora fazem parte do passado. Exceto para o América, que precisa fazer um time a cada temporada. Também para os times do interior, não só aqui, mas pelo mundo, porque Futebol profissional é apenas para os grandes.   





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