sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Marrakech, mesmo na dor para jamais ser esquecida

Inexplicável a paixão do homem pelo futebol. Muito mais forte que o amor na relação humana. Na quarta-feira, quando terminou Raja Casablanca 3, Atlético 1, foi desfeito um casamento que parecia eterno: o da massa atleticana com seu time. Mais de 80 % dos torcedores anunciavam: estamos indo embora, chega de decepção. No dia seguinte, os olhares entre as partes já não estavam tão estremecidos. Por incrível que pareça está noite choveu em Marrakech e a água jogou o que restava de indignação. O amor venceu mais vez. Amanhã, não será aquela numerosa torcida de quarta-feira, mas a paixão entrará em campo.

Presenciei o relato de um torcedor que faz tratamento de hemodiálise em BH, também com o coração ferido, permanecerá até domingo e reiniciará o tratamento. Vejam como é sólido este casamento, acima de todas as perdas.

Um fato que chama atenção, mostrando também que aqui existe muita paixão aliada ao business, alguns torcedores atleticanos exibiam faixas que sonhavam retornar como o maior símbolo de suas vidas: "Atlético Mineiro, Campeão Mundial de clubes da FIFA" em árabe. Um deles veio de Miami para ver seu Galo. Adilson Antines é agenciador de turismo nos Estados Unidos há dez anos.

Para encerrar, uma lição Marroquina: na saída do estádio, um torcedor árabe, eufórico pela vitória, foi cumprimentar um atleticano, o abraçando, recebeu um empurrão do derrotado. Imediatamente um policial interveio, detendo o torcedor árabe com algemas, revoltando os atleticanos que condenaram a atitude do agressor atleticano. Inclusive pediram que o marroquino fosse liberado, mas sem êxito.

A partir dai se revoltaram com o atleticano, autor da agressão, que cabisbaixo, percebeu o absurdo que tinha cometido.

No futebol, que a dor dos atleticanos seja amenizada neste sábado. Alguns torcedores afirmam que já contrataram pacote de viagem para Venezuela, na estreia do Atlético na Libertadores.




Nenhum comentário:

Postar um comentário