Marrakech, mesmo na dor para jamais ser esquecida
Inexplicável a paixão do homem pelo futebol. Muito mais forte que o amor na relação humana. Na quarta-feira, quando terminou Raja Casablanca 3, Atlético 1, foi desfeito um casamento que parecia eterno: o da massa atleticana com seu time. Mais de 80 % dos torcedores anunciavam: estamos indo embora, chega de decepção. No dia seguinte, os olhares entre as partes já não estavam tão estremecidos. Por incrível que pareça está noite choveu em Marrakech e a água jogou o que restava de indignação. O amor venceu mais vez. Amanhã, não será aquela numerosa torcida de quarta-feira, mas a paixão entrará em campo.
Um fato que chama atenção, mostrando também que aqui existe muita paixão aliada ao business, alguns torcedores atleticanos exibiam faixas que sonhavam retornar como o maior símbolo de suas vidas: "Atlético Mineiro, Campeão Mundial de clubes da FIFA" em árabe. Um deles veio de Miami para ver seu Galo. Adilson Antines é agenciador de turismo nos Estados Unidos há dez anos.
Para encerrar, uma lição Marroquina: na saída do estádio, um torcedor árabe, eufórico pela vitória, foi cumprimentar um atleticano, o abraçando, recebeu um empurrão do derrotado. Imediatamente um policial interveio, detendo o torcedor árabe com algemas, revoltando os atleticanos que condenaram a atitude do agressor atleticano. Inclusive pediram que o marroquino fosse liberado, mas sem êxito.
A partir dai se revoltaram com o atleticano, autor da agressão, que cabisbaixo, percebeu o absurdo que tinha cometido.
No futebol, que a dor dos atleticanos seja amenizada neste sábado. Alguns torcedores afirmam que já contrataram pacote de viagem para Venezuela, na estreia do Atlético na Libertadores.

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