terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um gol "ala" Ronaldinho


Ainda Marrakech. Afinal, por muito tempo, é uma cidade que ficará na memória dos torcedores. Dos atleticanos especialmente, já que havia o  sonho de voltar para a casa com o título mundial e o time conseguiu  apenas um terceiro lugar. Na sabedoria dos homens, os que profetizam a  fé, o resultado veio na medida exata do Criador e do real merecimento para uma conquista Mundial. Para os personagens dentro de campo e para a massa torcedora que fez um dos mais belos espetáculos pelas ruas marroquinas e, depois, no estádio ficou a decepção. Para os  cruzeirenses, nada melhor a derrota dos rivais. Então muita água ainda  
vai rolar por tudo que vimos em Marrocos.

A estranhar o fato do Atlético, com uma estrutura de ponta do Futebol brasileiro, iniciar a competição com um grupo, especialmente o comando técnico, e terminar com outro. Um novo técnico contratado. Não dá para entender, justamente em um Mundial. Nem se fosse em um Campeonato  Amador. Cuca vai fazer falta. Na mesma dosagem, Pierre e Luan. Cada um  
em sua função: Pierre é um bom jogador para destruir, mas seus recursos técnicos são limitados. Por este motivo se torna nulo do meio campo para frente. Luan tem a cara do Galo. Um galo doido. Corre de um lado para o outro e de repente suas loucuras dão certo. Vamos lembrar de três lances: o pênalti sofrido na final do Campeonato Mineiro, no Mineirão, contra o Cruzeiro (Ronaldinho aproveitou e marcou); o gol do empate por 2 a 2, contra o Tijuana, nos instantes finais no México e ainda o da vitória sobre o Guangzhou. Nunca será um primor, mas
decide. Os técnicos gostam de ter um jogador como ele como opção, essencialmente devido a velocidade, hoje um dos pontos fundamentais do futebol. Vejam bem: tão importante que supera até a técnica. Mas eu  vou morrer batendo na tecla de que o talento é o essencial.

Foi realmente espetacular a festa dos torcedores em Marrakech. Apenas os alemães ficaram indiferentes. Raramente se manifestaram, mas limitando-se a um simples sorriso. Já os marroquinos entraram no ritmo dos brasileiros. Chegaram a usar os mesmos gritos da arquibancada para provocar os rivais. Mas nada de violência. Foi muito bonito. O resultado final, todos sabem: o Bayern de Munique absoluto e incontestável. O silêncio dos alemães era o dos vencedores. Parabéns.

Encontrei no Aeroporto, em Marrakech, com Muriqui e Conca, este levando seu filho de apenas dois anos. Conversamos, elogiei Conca por seu talento e depois falei com o Muriqui: "Justamente você fazendo gol no seu ex-Galo". Ele sorriu. Já Conca não perdeu tempo: "Foi um gol "alá" Ronaldinho". Conca disse que está muito feliz por voltar ao Fluminense. Espera ajudar o time a conquistar o título carioca e voltar a disputar o do Brasileiro. Com 30 anos, sem jamais ter sido convocado para a Seleção Argentina, se considera fora do Mundial no Brasil. Para ele, sua grande chance foi mantida até sua saída do Fluminense para o Guangzhou. "Quem estava no Brasil, foi convocado na preparação para a Copa das Confederações e ainda nos jogos das Eliminatórias. Agora, é bom pensar apenas no Fluminense e cumprir o meu papel. Sei o quanto a torcida espera. No dia 8 de janeiro estarei  
nas Laranjeiras". Ele demonstrou ser uma pessoa muito simples.

Um bom Natal para todos!


2 comentários:

  1. Estou tentando entender algumas passagens do texto... "a massa torcedora que fez um dos mais belos espetáculos pelas ruas marroquinas". "Para os cruzeirenses, nada melhor a derrota dos rivais".
    Olho para o conteúdo e não consigo entender os respectivos significados. Vejamos a primeira frase. O Melaine fala em "massa". Qual a definição de massa? Certamente não é por causa do tamanho da torcidinha. Então por que massa?. Adicionalmente, um dos mais belos espetáculos... Quais foram os demais espetáculos que serviram como parâmetro de comparação.
    A última frase é de uma riqueza psicológica impar: os cruzeirenses adoram a derrota dos rivais... Será que o Melaine está chamando os cruzeirenses de maus? Malvados? Desalmados? Será que ele insinua que as frangas rosinhas agem diferente? Que as frangas rosinhas não torcem contra o Cruzeiro, pois são seres superiores.
    Que vexame Melaine! Um abraço e feliz Natal: Walmir Chavez

    vai rolar por tudo que vimos em Marrocos.

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  2. Walmir,
    Grato por estar prestigiando este novo espaço. Feliz natal. Melane

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