segunda-feira, 31 de março de 2014

Por que não no Mineirão?


Cruzeiro e Atlético confirmaram, mais uma vez e sem dificuldades, a presença na finalíssima da 100ª Edição do Campeonato Mineiro. A vantagem do Cruzeiro será jogar por dois resultados iguais, mas não pode ser apontado como favorito, principalmente pelo fato de que nas competições anteriores quem acreditou que este seria um fator decisivo e procurou administrar a vantagem, se deu mal. O time que joga para não perder a história registra que é um derrotado. Para a grandeza do Futebol os dois jogos deveriam ser no Mineirão. Mas os interesses não permitem. Pior para os Clubes, mas também para o torcedor. Uma pena. A bola fica pequena, quando deveria atingir a grandeza de Minas. Uma situação que nos obriga a refletir a mais profunda analise de cada palavra quando o escritor Fernando Sabino escreveu: o mineiro não é solidário nem no câncer.

Mas vamos à bola. O Cruzeiro, sem um ritmo forte, apenas para confirmar a classificação, fez 2 a 1 no Boa Esporte, no Mineirão, quando se imaginava que poderia alcançar mais uma goleada. O dever já estava cumprido depois de ter feito 1 a 0 no primeiro jogo, em Varginha, e não podia perder o foco de quinta-feira quando vai jogar a sorte da temporada diante do Universidad de Chile, em Santiago. Aí sim terá de jogar. Que o espírito de união, tão proclamado pelos jogadores, esteja presente. As vaidades, vejam bem o que estou escrevendo, as vaidades, estejam em um plano que não tenham qualquer influência no futebol para que a vitória seja alcançada. O Cruzeiro joga a sua temporada. E tem capacidade técnica para sair vencedor.

O Atlético empatou com o América por 1 a 1 num jogo em que foi superior, criou todas as chances para repetir outra vitória (no primeiro jogo foi 4 a 1), mas não naquela empolgação e determinação da primeira decisão. Não que estivesse acomodado, mas sabia que o rival não tinha condições de vencer por quatro ou mais gols e administrou o que lhe interessava, também pelo fato de na quinta-feira, diante do Santa Fé, na Colômbia, ter um compromisso dificílimo. Ficou na obrigação de recuperar os dois pontos que deixou de fazer ao empatar por 1 a 1, no Independência, com o Nacional do Paraguai. Vejo o Santa Fé como o segundo melhor time tecnicamente do Grupo 4, mas é o lanterna. 




sábado, 29 de março de 2014

Cruzeiro sobrando


O Sada Cruzeiro passeou novamente em cima do Minas Tênis Clube, fazendo 3 a 0 sem maiores problemas, mesmo jogando hoje cedo na Arena do adversário. As semifinais da Superliga de Vôlei Masculino foram apenas uma melhor de duas, já que na primeira partida, exatamente com o mesmo panorama técnico, o time celeste fez 3 a 0 e mostrou sua superioridade. Finalista incontestável. Desta vez, o maior erro dos perdedores foi insistir no saque forçado. Se não deu certo, uma, duas, três vezes, porque insistir? Mas a verdade é que lhe falta vôlei para encarar o rival, com todos méritos, voando alto há algum tempo na Superliga. Não é por acaso que vai disputar outra vez a grande final. Agora vai se preparar para enfrentar o Sesi ou o Campinas na finalíssima. Bom para o Esporte Mineiro.



sexta-feira, 28 de março de 2014

André no Corinthians


Ainda não será desta vez que o atacante André vai emplacar no Atlético. Teve algumas chances no Campeonato Mineiro e não as aproveitou. Ofensivamente Guilherme, Neto Berola e Marion foram mais positivos e por este motivo estão sendo mais aproveitados. Até Carlos, que no ano passado estava na base, tem recebido uma maior atenção. A solução encontrada pelo Clube é uma negociação, e desta vez, com o Corinthians. Esteve, sem sucesso, no Santos, onde foi revelado para o Futebol brasileiro como destaque ao lado de Neymar e depois não vingou mais. No Vasco, emprestado pelo Atlético, foi um fracasso. Voltou para a vaga de Alexcsandro e pode-se dizer que ainda não se encontrou em campo. Sua capacidade é bem superior.

O Furacão agradece 

O fechamento da 5ª rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores não foi dos piores para o Atlético-PR, já que Universário e The Strongest empataram por 3 a 3, em Lima, no Peru. Agora, o time paranaense necessita apenas de um empate para confirmar a presença nas oitavas de final, contra o The Strongest, a quem venceu por 1 a 0, na primeira fase, em Curitiba. Mas os impossível tem acontecido na competição. Vejam bem: o Zamora, que nunca havia vencido e sequer feito um gol na Libertadores, é vice-líder no Grupo do Atlético. O Bolívar agora é o azarão do Grupo do Flamengo, depois que venceu o León por 1 a 0, no México, e o Universitário fez ontem os seus primeiros gols, depois de quatro jogos. Absurdo. Tem time aí que da dó de ver em ação. Este The Strongest, da Bolívia, é um. Mas tem mais.



quinta-feira, 27 de março de 2014

Libertadores, um perigo




A Copa Libertadores não é um primor técnico, mas valoriza seus destaques. Mesmo que muitos não queiram é a principal vitrine do continente. É o sonho de consumo dos clubes pelas arrecadações e dos torcedores.  É preciso ter um poder de concentração superior às disputas regionais e nacionais para não cair nas armadilhas. Vejam o caso do Grêmio e do Atlético-PR, que podem fechar a quinta rodada  fora das duas primeiras colocações, correndo o risco de não obter a classificação, caindo na Fase de Grupos.

O Grêmio, tido por parte da mídia como o grande time brasileiro na competição e apontado por enquete da Globo.com como o que tem maiores chances para disputar o título, terá um drama pela frente se não vencer o Atlético Nacional na próxima quarta-feira, na Colômbia. Será ultrapassado pelos colombianos e vai decidir sua sorte na última rodada. A seu favor, o fato de Enderson Moreira estar sabendo armar muito bem o time defensivamente, principalmente como visitante.

O Atlético-PR que começou a rodada como líder ficará na terceira posição, se hoje, no Peru, o The Strongest vencer o Universitário,  que não ganhou de  ninguém (é o mais fraco da Libertadores).  Há ainda outros  dramas como o do Flamengo, que já foi líder do Grupo e dificilmente vai conseguir ultrapassar o Bolívar, agora líder, com oito pontos, o León, do México e o Emelec, do Equador. 

Para fechar, a situação do Cruzeiro: depois da goleada por 5 a 1 sobre o Universidad de Chile, assumiu a ponta do Grupo 5 e está com a corda no pescoço. Tem de obter os 100% de aproveitamento nos seis pontos que vai disputar. Nem um empate vai salvá-lo. Também por parte da mídia, depois da bela campanha no último Campeonato Brasileiro, foi apontado como um dos candidatos a finalíssima, mas o espírito de Libertadores não pousou  na Toca.





quarta-feira, 26 de março de 2014

Libertadores | Atlético sem prêmio e sem briga no Cruzeiro


O Atlético não pagou o prêmio pelo título de 2013

Momento importante para que o torcedor tenha ideia do que está acontecendo nos três principais clubes do Futebol mineiro. O primeiro é o Atlético que ainda não pagou aos seus jogadores a premiação pelo título da Copa Libertadores do ano passado. Em julho completa um ano. Os jogadores não estão satisfeitos com esta situação, mesmo com o salário em dia e, ainda, porque receberam a premiação por etapas cumpridas na competição de 2013. Falta, porém, o dinheiro do título. Como trabalhadores estão à espera. O presidente diz que após a liberação do dinheiro retido na Receita Federal, referente à venda de Bernard, o compromisso será honrado. Inclusive, recentemente, prometeu que caso o Galo seja o primeiro da fase de grupos novamente, o que ficou complicado depois do empate por 1 a 1 contra o Nacional do Paraguai, no Independência, o Clube vai pagar a premiação extra pelo êxito . Importante que o torcedor saiba o seguinte: ninguém está fazendo corpo mole. Se o time ainda não jogou como no ano passado é porque está em uma fase de transição e se ajustando técnica e taticamente. Nos 4 a 1 sobre o América foi aplicado.

Não Houve briga

O Cruzeiro, depois do empate por 2 a 2 contra o Defensor do Uruguai, passou por uma turbulência psicológica, mas sem qualquer questão disciplinar, como alguns torcedores comentaram. Não houve brigas e nem discussão envolvendo Dagoberto com seus companheiros, muito menos com a Comissão Técnica nos treinamentos da última semana, quando se preparavam para enfrentar o Boa Esporte, em Varginha. Pelo contrário: o grupo está ainda mais unido, em busca dos objetivos. Chegar novamente a final do Campeonato Mineiro, o que está praticamente consolidado e obter os seis pontos que vai disputar na Libertadores para chegar entre os dois primeiros do Grupo 5. Muitos já estão se preparando para este jogo de quarta-feira, em Santiago do Chile, contra o Universidad de Chile. Borges é um deles. Marcelo Oliveira está analisando os mínimos detalhes do time, revendo jogos, analisando atuações individuais, para que a engrenagem esteja de volta. A cabeça não para de girar. Vê o time chegando forte ao campo do adversário, mas sem a precisão no fechamento das jogadas.

Time de ciganos

Questiona-se muito porque o América de 2014 não emplacou. Razão simples: é um time sem identidade, uma mistura de jogadores, cada um com um compromisso e assim fica difícil. Já tem uma nova barca chegando. A boca pequena se garante que o Coelho é um time de ciganos. A torcida reclama com razão porque não se dá mais oportunidades para os jogadores da base. Para obter os resultados dos últimos dois anos, os meninos teriam feito muito mais e ainda atingido a performance necessária para apresentar um futebol de qualidade. O mesmo aplica-se para os técnicos que passaram nos últimos anos pelo Coelho, depois de Givanildo de Oliveira. Todos fracassaram. É uma tarefa árdua. Os interesses são distintos. Enquanto não se mudar esta filosofia, vai continuar sendo humilhado dentro de campo e os resultados não virão.



terça-feira, 25 de março de 2014

Vai dar Cruzeiro



Quando o Minas Tênis Clube e o Sada Cruzeiro confirmaram a classificação para as quartas de final da Superliga Masculina de Vôlei estava convicto de que esta decisão seria espetacular, com algum equilíbrio, apesar da superioridade do time celeste. Este último, campeão de tudo, como faz questão de divulgar e comprovar nas quadras. O primeiro jogo das quartas de final, porém, mostrou que nada mudou. Pelo contrário, continua bem acima do rival, confirmando que seus resultados não são conquistados na pura sorte: competência de um time vencedor. Sem soberba na quadra. Simples e concentrado.

O duelo inicial, 3 a 0 para o Cruzeiro, veio confirmar tudo que as pessoas que acompanhavam o Vôlei previam: absoluto. Não deu chances, a ponto de no primeiro set o Minas só conseguir fazer pontos graça aos erros  do adversário. Pior: até o décimo quarto ponto não conseguiu colocar sequer uma bola no chão. Prova de que não tinha condições de vingar em nenhum dos sets. Em contrapartida, o vencedor seguia no mesmo ritmo, como que valorizando o adversário, para não lhe dar um minuto sequer de esperança.

Para o segundo jogo,  sábado, na Arena do Minas, a previsão continua sendo totalmente favorável ao Cruzeiro. Emocionalmente também está muito superior. Idem para o comprometimento. Assim caminha tranquilamente para mais uma finalíssima. Não acomodado, diante da sua  eficiência. Bom para Minas Gerais. Antes o Minas fez a sua história, com presença nas grandes finalíssimas, a partir de Yara Ribas, Martha Miraglia, Fernando Pavan, Décio Viotti, Sérgio Bruno, Urbano Brochado Santiago,  Luiz Eymard, Eliana, Hilma, Pirv, Aleixo, Mário Marcos, Pelé, Henrique Bassi, Helder, Eloi, Elberto, Zé Eduardo, Urbaninho, Cacau e outros. Agora quem reina é o Sada Cruzeiro.




segunda-feira, 24 de março de 2014

Adivinhe o que vai dar

O Mineiro se encaminha para mais uma final entre Atlético e Cruzeiro

Mais uma vez, mesmo ainda restando os jogos de volta das semifinais, Cruzeiro e Atlético caminham para mais uma decisão estadual, sem que hoje se possa dizer quem está em vantagem. O time celeste está invicto e poderá jogar a finalíssima por dois resultados iguais para conquistar o título. Ambos terão uma semana de preparação para que possam enfrentar novamente o Boa Esporte e o América.  Em Varginha,  mesmo não tendo massacrado no placar, o Cruzeiro foi muito superior para vencer por apenas 1 a 0. O Boa jogou apenas com a preocupação de defender.  Por pouco sua fórmula deu certo, mas o jogo são 90 minutos e o placar fez justiça pela proposta do Cruzeiro.

Não foi fácil para o Cruzeiro recuperar depois de sofrer o golpe como o da última quarta-feira, quando vencia o Defensor por 2 a 0 e permitiu o empate. Resultado que pode ter lhe custado muito caro. Ficou difícil chegar entre os dois primeiros do Grupo 5 da Copa Libertadores. Razão simples: se em 12 pontos disputados ganhou quatro, como agora em seis terá 100% de aproveitamento? Se estivesse jogando com a eficiência do ano passado poderia ser possível, mas não na atual fase.

Já o Atlético foi mais aplicado em relação aos últimos jogos, passando com tranquilidade pelo fraco América. Em certos momentos ficou claro que é preciso mais qualidade quando se joga explorando tanto a velocidade. O time foi um todo, com movimentação de todos os setores e não limitado à obrigatoriedade de a bola encontrar sempre um determinado jogador; no caso, Ronaldinho Gaúcho, ausente devido a problemas musculares. O importante, porém, é que o Atlético convenceu. Claro que alguns vão questionar, mas ganhou de um adversário fraco tecnicamente, mas o futebol, mesmo não sendo uma ciência exata, tem suas verdades. Uma delas: dê chance para um inferior para ver o que vai acontecer. Lições recentes: Raja Casablanca, Tombense, o próprio América (3 a 2 da primeira fase), Nacional do Paraguai (duas vezes) e assim por diante. Quem é superior tem que entrar para  atropelar, como o Atlético de 2013 na fase de grupos da Libertadores.




sexta-feira, 21 de março de 2014

Os golpes da Libertadores



Na quarta-feira foi o Atlético. Um time sem determinação e perdido. Longe do espírito que o fez campeão da Copa Libertadores. Ontem foi a vez do Cruzeiro também cair na armadilha dos uruguaios. Incrível como algumas coisas acontecem com as equipes brasileiras, mesmo diante de tantos avisos. O Cruzeiro, até fazer 2 a 0, estava seguro, mesmo com alguma irregularidade. A partir daí ficou tocando a bola, visivelmente satisfeito com o resultado. Nem mesmo depois de levar o primeiro gol acordou. E o golpe veio na hora em que ninguém esperava. Mérito para o Defensor, que sempre acreditou. Os 2 a 2 custaram caro. Agora cada um vê um defeito, quando na realidade é a vez da tranquilidade e dar sequencia ao trabalho. Se perder o foco, com certeza, vai embora tudo que de bom construiu em 2013.

Libertadores é exatamente isso. Tem que jogar com determinação. A segunda bola tem de ser sempre sua, jamais permitir que seja do adversário. Sinais de atenção e aplicação. O time pode perder a primeira bola, mas jamais a segunda. Esta é a regra da competição. Não é necessário ter jogadores de alta qualidade. Apenas um ou outro para cadenciar o jogo, mas ligados. Para vencer é necessário estar com os 11 bem integrados. E não foi o que vimos no Cruzeiro depois de fazer a vantagem. Faltou o espírito de Libertadores. Para o Defensor, sobrou.

Se são competentes, Marcelo Oliveira, os dirigentes e jogadores mais experientes, como Fábio, Dedé, Dagoberto, Júlio Baptista, Borges, Ceará, Tinga e outros, vão, a partir de hoje, com muita conversa, tirar todas as lições. Do contrário, infelizmente é esperar o pior, num ano em que todos imaginavam que seria de muita alegria para o futebol mineiro.


 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Ficou difícil

Paulo Autuori está na mira dos torcedores como responsável pelo desempenho do Atlético

Quando todos esperavam uma vitória incontestável no Independência para o time apresentar suas reais credenciais na Copa Libertadores, como no ano passado, o Galo tropeçou feio. Não perdeu, mas o empate por 1 a 1, diante do Nacional do Paraguai é mais do que uma derrota. O time não jogou com precisão, foi confuso, errou muitos passes e permitiu que um fraco adversário crescesse no jogo. Ganhou coragem, e até em certos momentos jogou para vencer. Quem deseja ser campeão, jogando em casa, não pode passar uma segunda etapa nulo. Não ameaçou. Agora ficou difícil ser o primeiro geral da fase de grupos como pretendia. A bola que está jogando o coloca no lugar que merece.

A torcida está a espera de um algo novo para acreditar que o time vai engrenar e, ainda, esperando que o crescimento venha na hora certa, apesar de que na campanha de 2013, já a partir da primeira rodada, diante do São Paulo, mostrou  força. O que fazer? O técnico Marcelo Oliveira, depois da derrota do Cruzeiro por 2 a 0 para o Defensor, no Uruguai, foi claro: “Precisamos trabalhar e vamos trabalhar”. A receita aplica-se também para o Atlético. Para muitos, o grande culpado é Paulo Autuori. Não vejo assim: são todos. Afinal, o que está jogando Ronaldinho Gaúcho, Tardelli, Fernandinho, Jô, Leonardo Silva e outros? Nada.  No futebol quando o coletivo não resolve, o individual tem de fazer a diferença, mas isso não pode ser aplicado a equipe que está jogando a Libertadores.  Os jogadores gostam  apenas dos elogios, mas a campanha de vencedor, dentro das condições oferecidas ao Atlético no Grupo 4, o mais fraco da competição, é lastimável, mesmo como líder.


 

quarta-feira, 19 de março de 2014

E se a moda pega?


Incrível esta manobra de Ary Graça Filho, agora ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei - CBV, para ajudar os seus amigos do “Vôlei”. Se é que podemos afirmar que são pessoas realmente comprometidas com o esporte. E não foi com uns trocados. Dinheiro mesmo. Tão vergonhoso que nos obriga até ao sugestivo título: E se a moda pega? Sabemos que já pegou há anos. Faz parte da cultura brasileira dos mais espertos para não dizer outra coisa. Um absurdo. Infelizmente o esporte está cheio destes esquemas. A política dos amigos. Estejam certos de que não há bobo nesta corte. O Vôlei é que vai pagar um preço muito alto lá na frente.

Acompanho o Vôlei há décadas e lembro que foi uma luta conseguir emplacá-lo como esporte de alto nível, já que a preferência no País era por outros esportes coletivos. Estava atrás do Futebol,  Basquete e do Futebol de Salão. Era visto como o esporte dos ricos. Um lazer. Motivo de chacota nas disputas internacionais.

Graças ao trabalho de Carlos Arthur Nuzman chegou ao topo, com grandes vitórias nas quadras e alcançando os melhores patrocínios.  Derrubou preconceitos, quebrou hierarquias e ultrapassou barreiras. Não é Nuzman? Uma delas: tirou do COB, com o apoio de toda a mídia nacional, o major Sylvio de Magalhães Padilha. E por incrível que pareça, hoje aqueles que revolucionaram o vôlei, modelo para outros esportes no Brasil, usam da mesma moeda para que possam perpetuar. São mais de duas décadas usufruindo do poder, constituindo riquezas pessoais. 

Na época das vacas magras, a CBV obrigava todo atleta, que pretendesse ir para o exterior, a pagar uma taxa que variava de 50 a 150 mil dólares para que obtivesse a liberação de transferência. O caixa ficou abastecido. Mas ninguém viu o dinheiro. E dos patrocíníos há mais de duas décadas do Banco do Brasil? Alguém viu. Enquanto isso, os clubes estão a cada dia mais pobres, devido às altas taxas. Muitos de pires nas mãos, enquanto a CBV faz sua ciranda entre os amigos, distribuindo milhões. Dá vergonha.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Bela reação do América

E o América chegou...

Não acreditava e o América chegou entre os quatro e deve fazer dois bons jogos contra o Atlético. Trabalho do técnico Moacir Júnior e de um grupo experiente, comandado por  Obina, Leandro Guerreiro e outros. Faz a diferença. Mesmo que muitos não queriam aceitar, a qualidade dos clubes da capital é muito superior, incluindo o América. O interior tenta, tenta e não consegue chegar, por falta também de estrutura.  Apostava que as duas vagas nas semifinais seriam do interior, com Caldense, Tupi ou Tombense, pelo que jogaram contra Atlético e Cruzeiro, mas na hora da decisão abriram o bico.

O Coelho chegou com todos os méritos.  Sempre que houver a engrenagem não tem como ficar de fora das decisões em Minas. Já o Boa Esporte chegou pela regularidade. Mas fica claro que não é páreo para o Cruzeiro.

Os clubes têm que valorizar o Campeonato Mineiro, especialmente Atlético e Cruzeiro, mesmo com a Copa Libertadores acontecendo, numa fase de disputa pelo primeiro lugar dos Grupos, quando estar no topo pode facilitar para ambos a partir das oitavas de final. Mas chegou o momento também de pensar lá na frente. Como são muito superiores aos demais, a lógica seria disputar as semifinais com equipes reservas. No máximo fazer uma mesclagem, para que estejam inteiros também na finalíssima.  Aí sim, com times completos. Vejam bem: estou apostando novamente numa final com Cruzeiro, melhor campanha e sobrando na competição, e o Atlético. Não tem como pensar em outra hipótese. 



quinta-feira, 13 de março de 2014

Jogou fora dois pontos

Jô marcou um dos gols do empate do Atlético diante do Nacional do Paraguai pela Libertadores

O Atlético teve tudo para completar 100% de aproveitamento diante do Nacional do Paraguai. Poderia ter definido o jogo até na primeira etapa. Deu a impressão de que era fácil demais e iria decidir quando desejasse e pagou um preço alto, depois de tentar segurar a vantagem de um gol. O empate por 2 a 2 lhe deixa ainda numa posição confortável no Grupo 4, mas poderia mostrar para os demais concorrentes que está crescendo e a proposta é tão consolidada como a do ano passado. Mas há um velho chavão no futebol: empate fora de casa é bom resultado. Só que não nestas circunstâncias. Não discuto se foi pênalti ou não. A questão é que o Galo deu chance para que os paraguaios chegassem.

O time continua sem objetividade. Apenas em alguns relances, graças a capacidade de um ou outro, o futebol aparece. Mas é pouco para quem pretende disputar novamente o título. E vejam bem: este Nacional é fraco. Tem caixa para levar uma goleada no Independência, mas como é Libertadores é bom tomar todos os devidos cuidados. Os atleticanos não podem esquecer jamais de um 2 a 2 contra o Tijuana, no México, resultado alcançado nos instantes finais e, depois no jogo de volta no Horto, a certeza de que ganharia com certa facilidade. E foi aquele drama. Nem é necessário lembrar os detalhes. Não por ser uma Libertadores, mas o que aconteceu em Ciudad del Este não pode repetir. Continuam devendo todos os jogadores e a Comissão Técnica.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Agora é na pressão

"Estamos perdendo a segunda bola" gritava o técnico Marcelo Oliveira a seus comandados

A segunda derrota como visitante (2 a 0 diante do Defensor, do Uruguai) colocou o Cruzeiro na pressão para os dois jogos que fará em casa. Terá de golear e, ainda, diante do Universidad de Chile, como visitante, buscar pelo menos um empate para obter a classificação no Grupo 5. Melhor seria uma vitória no Chile, onde normalmente obtém bons resultados. O que todos perguntam é o que aconteceu com o Cruzeiro. A resposta é simples: não jogou. No primeiro tempo apenas Dedé e os volantes Nilton e Rodrigo Souza mostraram um pouco de futebol, o que pode chamar de padrão Libertadores. No segundo tempo foi um desastre. Vocês ouviram Marcelo Oliveira gritando: “estamos perdendo a segunda bola”. Mas não foi só isso: faltou a harmonia. O time ficou sem força e apático. Não parecia estar disputando três pontos de Libertadores. Jogadores experientes como Borges e Júlio Baptista fazem muita falta. Mesmo que seja apenas no banco.

Claro que o resultado assustou, mas nada para imaginar que o time já está fora da competição e que aquele grande futebol do ano passado e, também, deste, que já foi eficiente no toque de bola em alguns jogos para chegar ao gol adversário, não existe mais. É tanto que se o Cruzeiro fosse um time sem base, estaria hoje vivendo um drama. Um Deus me acuda. Mas como tem uma boa estrutura naturalmente está preparado para jogar sob esta pressão e chegar com todas as condições para brilhar a partir das oitavas de final. O bom é que os avisos de que a equipe não é tudo aquilo que alguns julgam, vieram na hora certa. O caminho está aberto para obter os nove pontos que vai disputar. É trabalhar como falou Marcelo Oliveira.