Marrakech,
19/12/2013
2:21
De La
Palmeraie (artigo de Ronan Júnior, que está no Marrocos)
Torcida
A
lua cheia vista entre os ramos das palmeiras dá o tom e o charme ao deserto do
Marrocos. Deste cenário, sem voz, me atrevo a escrever sobre o Clube Atlético
Mineiro. Muito já se escreveu e mais ainda se falou sobre o Galo. Mas assim
como na poesia e na música, nunca haverá palavra suficiente o bastante para
descrever las coisas envolvidas com o amor. Prossigo.
Há
algo de diferente no torcedor do Atlético Mineiro que o diferencia das torcidas
do Cruzeiro, América, Raja Casablanca ou qualquer outro time. Não há uma
definição. Escritor houve que afirmou ser a torcida atleticana aquela que
acredita no improvável; o torcedor se acha doido, e os jogadores são só elogios
à massa.
Embora
qualquer torcida de futebol tenha semelhanças e diferenças, há algo de
diferente no torcedor do Galo. Hoje eu senti isso. Antes da partida, a torcida
alvinegra se tornou atração turística do Marrocos, fazendo a alegria até mesmo
do mais sereno fervoroso muçulmano e dando um show de gentilezas. Na derrota, a
torcida, unida, pacífica, em improvável grandiosa harmonia com a torcida rival.
Cenas de solidariedade na volta para a casa (ps para a família Mohamed),
companheirismo ao oferecer o ombro ao amigo decepcionado sentado ao chão do
estádio.
Esta
torcida entende o jogo. Conhece as regras, artimanhas, estratégias, pontos
fortes e fracos de seus jogadores, das estatísticas. E sabe que hoje em dia o
coração na ponta da chuteira continua a ser o diferencial dos campeões. Ela
sabe dos grandes equívocos do seu presidente, dos vacilos imperdoáveis de seu
técnico e do corpo mole dos jogadores.
Contudo,
a maior fonte de alegria da torcida não está no time, mas na própria torcida. Este
é o diferencial. É a força da torcida o maior patrimônio do clube. Para
conquistar um título, muda-se o treinador, entra e sai presidente, forma-se e
aproveita-se jogador de base, compra outros tantos, e pronto. Se a receita der
certo e houver motivação dos jogadores, sucesso. E quando isso não acontece,
percebe-se - há algo de diferente no torcedor do Galo.
Todos
os atores para além da torcida são passageiros no clube. A torcida não. E ela
sabe disto e aproveita todas as jornadas de seu time em elevado grau de auto-suficiência.
É assim no Horto, foi assim no Mineirão, sempre foi e será uma festa o ir e vir
do atleticano ao estádio. Somos felizes.
Custou-me
a compreender isto. Mas é assim no Galo, o mais importante é a sua torcida.
Aquela música "Galo forte e vingador" é o hino do time. O da torcida
é "Vou festejar", de Beth Carvalho. Pare um minuto e vá escutar essa
música.. A torcida fez sua parte em Marrakech, deu show. O resto é notícia de
jornal e de tevê, papel e pessoas
passageiras. Valeu massa! Vocês emocionaram o Marrocos.
Melaine, mais uma vez você se esconde e utiliza um texto de um torcedor para expressar a sua própria opinião. Na hora em que o lia achei que o texto era seu. Apenas depois de rir muito, vi que é de outra franguinha rosinha. WALMIR CHAVES
ResponderExcluirQuanta baboseira, quanta ilusão. Quanto blá-blá-blá. É fácil ver que a "paixão" das frangas rosinhas é resultado de 42 anos de abstinência, misturada com a inveja se querer que o timeco fosse igual ao Cruzeiro. O resto é cacarejo para iludir ainda mais as frangas.