A China mexe na estrutura do futebol brasileiro

Os chineses começaram mostrando seu poder no ano passado, quando levaram os melhores jogadores do Cruzeiro, bicampeão brasileiro. Atropelaram. Em 2016 vieram ainda mais veementes. A vítima desta vez é o Corinthians. Melhor, o futebol brasileiro, porque os chineses estão mexendo em nossa estrutura. Quem ainda não foi lembrado quer entrar no bolo dos milhões. É o que está na cabeça do jogador que está começando ou daquele que já fez história. Justo pensar assim, porque no futebol, muitas vezes, as chances são únicas para efetivamente se garantir um futuro promissor, devido ao fato de a carreira de sucesso ser curta. O rolo compressor chinês está tão eficiente que nem os técnicos escapam. Lá estão Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes, os três últimos treinadores da Seleção Brasileira. E irão outros, também sonhando com a mina de ouro. Há explicações para estas investidas: nossa técnica ainda ser respeitada e a desvalorização de nossa moeda. Levam o que desejam. O governo chinês decidiu dar total apoio ao que é lá também a paixão de um povo: a bola. Da nossa parte, é necessário, como disse Casagrande em um de seus últimos comentários na TV Globo, um planejamento da comissão técnica da Seleção Brasileira exclusivamente para aqueles jogadores que estão nos planos para as Eliminatórias e que não escaparam da cobiça chinesa. Como lá a exigência não é de um futebol de alto nível (são aprendizes) é importante que cada jogador tenha um programa (cartilha) de preparação a ser cumprido diariamente, independente do trabalho feito na China, para que possa se manter no  padrão mundial de alto nível. Do contrário, a principal perda ficará reservada para a Seleção Brasileira. Tardelli e Everton Ribeiro são exemplos. Há outros e agora não podemos abrir mão de Renato Augusto.