O cerco fecha para Marco Polo Del Nero

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou novamente o cargo. Ele ficou apenas 48 horas na presidência e pediu hoje (07-01) licença, ao obter informações de que o cerco se fechou ainda mais para ele.  Assumiu interinamente o coronel Antônio Carlos Nunes. As acusações são muitas. Del Nero poderá ser banido do futebol pelo Conselho de Ética da Fifa ainda em janeiro e ser detido. Está supostamente envolvido no superfaturamento dos custos da obra da sede da CBF na Barra, no Rio de Janeiro; no recebimento de propinas de empresas para a concessão dos direitos de transmissões do Mundial 2014, Copa Libertadores e Copa do Brasil, dentre outras acusações. Quem vive o futebol espera uma ação efetiva para que haja uma moralização de cima para baixo. Mas os brasileiros, na verdade, anseiam por sua prisão e a devolução ao futebol dos valores desviados. Só assim vão acreditar que o futebol está sendo passado a limpo. No entanto, o dirigente, espertamente, depois que saiu às pressas da Suíça, em julho do ano passado, no momento em que José Maria Marin foi preso, nunca mais deixou o Brasil, porque poderá ser detido quando cruzar a fronteira. Ele tenta o impossível: se salvar, usando-se da velha malandragem, esperteza e da proteção dos velhos amigos. Só que as cobranças  são da Justiça norte-americana e ele não vai conseguir se safar.