Tite já escalou o Brasil. Você acredita que vai dar certo?

    Com a visão de um técnico que não vê fantasmas, Tite já escalou o Brasil

Sem mistérios, o técnico Tite confirmou hoje (31-08), a escalação do Brasil para enfrentar o Equador, amanhã, em Quito, em sua estreia no comando da Seleção Brasileira. A formação inicial terá Alisson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos, Marcelo, Casemiro, Renato Augusto, Paulinho, Willian, Gabriel Jesus e Neymar.

Você gostou? Claro que alguns torcedores têm outras opções. Até de nomes que não fazem parte do grupo. Posso dizer que o técnico acertou muito mais do que errou. No meu entendimento, dois jogadores deveriam fazer parte deste grupo: Elias, que seria meu titular e Douglas Costa. Os demais são realmente os que estão no melhor momento e merecem a oportunidade histórica.

Agora, se preparem porque o Brasil não vai enfrentar qualquer um. O Equador é o melhor das Eliminatórias, invicto em casa, com 13 pontos (mesma pontuação do líder Uruguai), com quatro vitórias, um empate e uma derrota. Perdeu por 3 a 1 para a Colômbia, em Barranquilla. Joga com o reforço de 2.850 metros da cidade de Quito.

 O momento, porém, como já destaquei, é bom para a Seleção Brasileira, que ficou livre de Dunga e não é preciso ser profeta para antecipar que agora vamos em frente. Só que teremos de recuperar o longo período jogado fora e, ainda, a classificação fora das quatro primeiras colocações, com nove pontos, em sexto lugar,  um adversário a mais. Não qualquer adversário. Os rivais não respeitam mais o Brasil. Voltar a ter credibilidade dentro de campo vai levar tempo e sem milagres.

Cruzeiro confirma venda de Bruno Viana

Depois de seis anos no Cruzeiro, Bruno Viana vai jogar no Olympiacos, da Grécia


 O Cruzeiro só não anuncia oficialmente a transferência do zagueiro Bruno Viana, de 21 anos, para o Olympiacos, da Grécia, porque os documentos não estão todos assinados, mas o jogador já pode  se considerar mais uma revelação celeste no futebol europeu. Ele está viajando para Atenas, na Grécia e amanhã haverá o anuncio oficial.

A venda só foi possível porque Bruno Viana caiu no encanto do técnico Paulo Bento que há dois meses deixou o Cruzeiro, mas foi coerente com os investimentos feitos na Toca. Bruno foi sua principal aposta, contra tudo e contra todos (Leo era o preferido), e está levando o zagueiro para seu novo clube, por por dois milhões de euros. Em uma negociação futura (tem tudo para crescer) o Cruzeiro terá direito a 25¨%. 

Manoel no Besiktas

Conforme divulguei na postagem do dia 21 de junho, há mais de dois meses, o Besiktas está interessado no zagueiro Manoel. Há algum tempo o negocio estava praticamente fechado, com o Cruzeiro recebendo 50% dos direitos e os outros 50% do Atlético Paranaense. Agora, como o clube celeste tem poucas opções para  a zaga, dificilmente haverá o acerto. Mas os turcos podem aumentar os valores e todos sabem que no futebol os euros determinam os caminhos e não descartem um acordo.

   

Douglas Santos no Hamburgo. Amanhã podem sair Carlos e Clayton

    

Usando a camisa do Galo ou da Seleção, Douglas Santos mostrou que é bom jogador

Conforme confirmei aqui há algum tempo, o Atlético oficializou hoje (30-08), a venda do lateral Douglas Santos para o Hamburgo, da Alemanha. Os valores não foram divulgados, mas a negociação pode ter sido fechada por 10 milhões de euros, quantia que os passarinhos passaram há algum tempo. Só não conseguiram fixar o nome do clube, hoje revelado pelo  Atlético. Bom reforço para o futebol alemão. O jogador não vai decepcionar. É muito profissional, como exigem os alemães e, melhor ainda, tem boa técnica. Um futebol bem apurado.

Mais dois jogadores do Galo aguardam com ansiedade para amanhã a conclusão da negociação para a Rússia. Os atacantes Carlos e Clayton estão certos de que serão vendidos. Amanhã fecha o mercado europeu para  transferências. Com o dinheiro, o Atlético vai seguir tranquilo com sua administração até o final do ano e buscar reforços para 2017. A meta é disputar mais uma Copa Libertadores e para isso os dirigentes prometem buscar pelo menos um jogador de ponta. O nome todos sabem: Tardelli.

Confiante no trabalho de Tite na Seleção Brasileira, mas sem milagres

       Dentro de 48 horas, Tite começa o maior desafio de sua vida

Claro que é um privilégio ter acompanhado o trabalho dos técnicos da Seleção Brasileira a partir de 1958, com Vicente Feola. A imprensa destacou que ele dormia no banco (até foi publicada uma foto) e ele caiu. Depois vieram os irmãos Zezé e Aimoré Moreira, Oswaldo Brandão, Zagalo, Cláudio Coutinho, Telê Santana, Parreira, Luiz Felipe Scolari, Lazaroni, Vanderlei Luxemburgo, Leão, Evaristo Macedo, Dunga e outros. Estejam certos, alguns enganadores. Alguns acompanhei in loco.

Hoje o comando é de Tite, um técnico que é respaldado por todos e tem condições de fazer um bom trabalho, mas sem milagres. O primeiro desafio será quinta-feira (1ºde setembro), contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias. Vejo que haverá melhoras na Seleção, mas que ainda teremos muitas dificuldades para alcançarmos uma classificação para o Mundial, por uma razão óbvia: nossa Seleção há mais de dez anos não pratica um futebol de primeira. Tite fez uma convocação que não é perfeita na visão de muitos, mas que também não pode ser condenada, porque esta é nossa qualidade.

Agora, o profissional Tite agrada pela transparência, pelo papo de boleiro (conhece tudo que rola entre eles) e pelos conhecimentos. A dúvida fica pelos trabalhos em que não foi bem sucedido, até mesmo no Corinthians, depois de ganhar o Mundial e ser crucificado por alguns resultados (voltou melhor no ano passado depois de fazer uma reciclagem). Ele mesmo diz que a decepção maior foi ter fracasso no Atlético-MG, mas há outros momentos de insegurança. O importante é que ele é um estudioso, humilde (sem a arrogância do antecessor), trabalhador e persistente, remédios que nossa Seleção necessitava há mais de uma década. Sucesso. A atmosfera não poderia estar melhor.

                       

América de MG, a ilusão de quem iria disputar uma vaga para Libertadores

Quando acabou o Campeonato Mineiro de 2016, com a conquista do América, alguns de seus dirigentes não foram nada modestos: “Agora vamos disputar uma das vagas para a Copa Libertadores 2017”. Começaram os jogos do Brasileiro (claro que havia a chance também pela Copa do Brasil, onde foi eliminado pelo Fortaleza) e o time começou a quebrar cabeça. Alguns ainda persistiram na tese de que na pior das hipóteses o Coelho poderia não atingir o objetivo, mas ficaria com uma classificação bem próxima e com o lugar na Copa Sul-Americana.

 O técnico Givanildo Oliveira caiu, começaram as mudanças no grupo e a verdade é que o Coelho saiu de seu habitar, onde dava uns saltos interessantes, para cair em um balaio de gatos.

Hoje quando aparece o nome do clube na classificação do Campeonato Brasileiro já podemos estampar a tarja de rebaixado. Vai disputar, depois da derrota de ontem (28-08) para o Vitória por 2 a 1, na Fonte Nova, em Salvador, mais 48 pontos e apenas os grandes da história conseguem um aproveitamento de 90%. Impossível para o Coelho. No futebol brasileiro, algo assim, só o Santos, mas no tempo de Pelé. Indiscutivelmente o maior time de todos os tempos do futebol brasileiro. Jogava por prazer. Jamais no desespero.

Os dirigentes silenciaram. Nem falam mais em escapar do rebaixamento, porque eles sabem que são os grandes responsáveis por mais um vexame para a história do América.  Caso não ganhe um jogo aqui e outro ali, o vexame será ainda maior. Está com 13 pontos e apenas três vitórias. O pior da história do Brasileiro por pontos corridos é desempenho de outro América, o do Rio Grande do Norte, rebaixado em 2007, com apenas 17 pontos e quatro vitórias. Páreo duro para o Coelho, que na atual trajetória, não chegará nem  aos 20 pontos. Só para recordar. Em 2007 foi rebaixado também o Corinthians, com 44 pontos e dez vitórias.

Sem sofrimento não é o Galo. Agradeçam a Robinho

 A bola persegue quem tem estrela e talento. Robinho chega a 10 gols no Brasileiro

Já estava com o título pronto: “Grêmio faz a diferença em cima do Galo, com seis pontos”. Para justificar o resultado da primeira fase, quando venceu por 3 a 0, no Independência. Com mais uma vitória em cima do rival (estava encaminhada), eram seis pontos para sua contabilidade. A sorte, porém, estava ao lado do Galo. Melhor, de Robinho. Incrível como um jogador que tem experiência e qualidade sabe se colocar para fazer a diferença. No momento decisivo (ele entrou aos 13mim da segunda etapa) marcou o gol do empate por 1 a 1 hoje (28-08), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

O futebol pega cada peça nos críticos que deveriam ter cuidado para opinar. Eles garantiam: o Atlético está com caixa para levar até uma goleada. Horrível, não joga nada. O jogo é do Grêmio etc. Mas quando se joga contra um time experiente e com jogadores decisivos, é preciso ter cuidado nas palavras. Os jogadores do Grêmio, após o jogo, reconheceram. Sabiam que corriam o risco e deveriam ter ampliado, mas não tiveram capacidade. Também a auto confiança pela vantagem que fizeram em Belo Horizonte atrapalhou. Estavam seguros de um resultado positivo, com boa diferença de gols.

Resumo do jogo: o Grêmio teve a posse de bola, mais de 25 finalizações, jogou no campo do Atlético e não teve objetividade para concluir em gols sua superioridade. O Atlético só defendeu. Inexistente na primeira etapa e, na segunda, até os 20 minutos, jogando para não levar o segundo gol. Mas Robinho, inteligente, aproveitou bem um cruzamento de Douglas Santos (de quem sabe) e empatou. E o Galo teve ainda a bola para virar, com Lucas Pratto.

No futebol, o melhor é ser profeta do fato acontecido, papel que estou exercendo. Antecipar goleada é cair no ridículo e perder credibilidade.