Dentro de 48 horas, Tite começa o maior desafio de sua vida
Claro que é
um privilégio ter acompanhado o trabalho dos técnicos da Seleção Brasileira a
partir de 1958, com Vicente Feola. A imprensa destacou que ele dormia no banco
(até foi publicada uma foto) e ele caiu. Depois vieram os irmãos Zezé e Aimoré
Moreira, Oswaldo Brandão, Zagalo, Cláudio Coutinho, Telê Santana, Parreira,
Luiz Felipe Scolari, Lazaroni, Vanderlei Luxemburgo, Leão, Evaristo Macedo,
Dunga e outros. Estejam certos, alguns enganadores. Alguns acompanhei in loco.
Hoje o
comando é de Tite, um técnico que é respaldado por todos e tem condições de
fazer um bom trabalho, mas sem milagres. O primeiro desafio será quinta-feira
(1ºde setembro), contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias. Vejo que
haverá melhoras na Seleção, mas que ainda teremos muitas dificuldades para
alcançarmos uma classificação para o Mundial, por uma razão óbvia: nossa Seleção
há mais de dez anos não pratica um futebol de primeira. Tite
fez uma convocação que não é perfeita na visão de muitos, mas que também não
pode ser condenada, porque esta é nossa qualidade.
Agora, o
profissional Tite agrada pela transparência, pelo papo de boleiro (conhece
tudo que rola entre eles) e pelos conhecimentos. A dúvida fica pelos trabalhos
em que não foi bem sucedido, até mesmo no Corinthians, depois de ganhar o
Mundial e ser crucificado por alguns resultados (voltou melhor no ano passado depois
de fazer uma reciclagem). Ele mesmo diz que a decepção maior foi ter fracasso no
Atlético-MG, mas há outros momentos de insegurança. O importante é que ele é
um estudioso, humilde (sem a arrogância do antecessor), trabalhador e persistente, remédios que nossa Seleção
necessitava há mais de uma década. Sucesso. A atmosfera não poderia estar melhor.
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