Carlos Alberto Silva também nos deu um até logo

Foi enterrado ontem (21-01), em Belo Horizonte, o técnico Carlos Alberto Silva (foto), de 77 anos. Figura notável para seus familiares, amigos e o mundo do futebol. Nos levou ao pranto. Cada um tinha uma bela história para contar sobre aquele moço detalhista e amante do futebol, que conheci na Redação do Jornal Estado de Minas, nos Anos 60, levando notícias para o repórter Zezinho Bonifácio, que fazia cobertura dos times do interior.

 Ele saiu do futebol amador de Belo Horizonte (Vila do Carmo) para ser assistente de Martim Francisco, no Villa Nova e, depois, ganhar o mundo. Lembro que era admirado por Januário Carneiro, José de Mattos, Jairo Anatólio Lima, Oswaldo Faria, Cornélio Franco, Ronan Ramos, Gilberto Santana, Paulo Roberto Pinto Coelho, Luiz Carlos Alves, Rogério Perez, Hélio Fraga, Fernando Sasso, Walter Luiz, Paulo Celso, Assad de Almeida, Roberto Elísio e muitos outros da crônica esportiva. Foi na Caldense, em Poços de Caldas, seu primeiro trabalho de destaque. Depois passou pelos grandes times de Minas e do Brasil; Seleção Brasileira, por Portugal, Espanha e no Japão, onde me recebeu por duas vezes, quando dirigia o Yomiuri Kawasaki. Um gentleman. O clube japonês comanda um dos principais jornais do País.

Fiquei esperando sexta-feira, dia 20, que a notícia de sua morte ganhasse um espaço no Jornal Nacional, da Globo, pela sua obra e por ter sido técnico da Seleção Brasileira. Mas foi ignorado. Pouco importa, porque seus amigos  jamais vão esquecer o quanto fez pelo futebol brasileiro. De suas mãos, para quem não sabe, surgiram alguns fenômenos, como Ronaldo (no Cruzeiro), Taffarel, Raí, Ricardo Rocha, Dunga, Jorginho, Romário, Bebeto e outros na Seleção Brasileira. 

Descanse em paz prof. (formou em educação física em uma das primeiras turmas da UFMG)  Carlos Alberto Silva.