Com o gol olímpico de Petkovic, o Flamengo fez 3 a 1 no Galo e chegou ao terceiro lugar
O Flamengo é o responsável pela última arrancada espetacular
no Campeonato Brasileiro. Foi em 2009, com um time que não tinha muito crédito.
Afinal, Maldonado, Petkovic (37 anos na época), Adriano, Zé Roberto, Ronaldo Angelim
estavam em fim de carreira. O técnico Andrade ocupava o cargo como tapa buraco.
O forte eram as noitadas. E que noitadas, comandadas por Adriano, o Imperador;
Emerson Sheik, Zé Roberto, Íbson, Toró, as vezes Obina, e o goleiro Bruno, este
que cumpre pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de
Santa Luzia, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, pela morte de
Eliza Samudio. Houve um pacto, depois de uma campanha
desastrosa no turno. O Flamengo visitava a zona de rebaixamento e de repente foi
buscar nos 19 jogos finais uma reação heroica. Foram quatro empates, duas derrotas
e 13 vitórias. Para felicidade da nação rubro negra, 17 anos depois o título do
Brasileiro foi para a Gávea. O zagueiro Álvaro, um dos últimos contratados,
disse que quando trocou o Internacional pelo Flamengo, ouviu em Porto Alegre: “Trocou o Colorado pelo rebaixado. Seu Bobo. Vai
ver que ferro este Mengão vai levar”. Na
reta final, Álvaro e Maldonado contam que jamais viram um grupo tão
fortalecido. Dentro e fora de campo. Foram muitas as noitadas do campo para a
farra, uma semana sem interrupção. Da madrugada para o campo. Andrade observava
tudo. Quando alguém estava mais bombardeado pela noite, recomendava um repouso.
Lá estava sempre Adriano e malandramente soube usar o discurso motivador para
mexer nos brios do grupo: “Estão dizendo que este time é de segunda”. Em seguida,
alertava: “Vejam as manchetes. O “Celso
Roth já falou que o Galo vai levar. Faltam cinco jogos para papar essa”... E
completou: “Este Galo vai papar a gente”. Deu Flamengo, no Mineirão, 3 a 1. Andrade
conseguiu levar o grupo no gogó e o Flamengo viveu o seu último momento mágico.
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