A experiência é fundamental no mundo da bola. Com mais de 30, ainda maior

Plagiando Marcos Valle na música “Não confie em ninguém com mais de trinta anos. Não confie em ninguém com mais de trinta cruzeiros. O professor tem mais de trinta conselhos” com certeza pode aplicar no futebol. Quem tem mais de 30 fez história na última rodada do Campeonato Mineiro. O adversário foi confiar e se deu mal. Quem tem mais de 30, com a bola, tem a manha para fazer a diferença.

No Mineirão, na vitória do Cruzeiro por 3 a 2 sobre o Villa Nova, os dois gols do Leão do Bonfim foram marcados por jogadores com mais de 35 anos (Fábio Júnior e Mancini). E a favor do Cruzeiro, o zagueiro Bruno Rodrigo, de 30. Vai completar 31 no dia 12 de abril. Em Juiz de Fora, onde o Atlético fez 3 a 0 no Tupi, dois dos gols atleticanos foram marcados por Robinho, com mais de 30. Em Uberlândia, o gol da vitória do Tricordiano sobre o Uberlândia por 1 a 0, foi de Leo Guerreiro, com 32. Em Poços de Caldas, na vitória da Caldense por 2 a 0 sobre a URT, um dos gols foi de Everton Moradona, com 33. 

Exceções na rodada apenas para a vitória do Tombense sobre o América (gols marcados por jogadores com menos de 25) e, no empate Guarani 2 x 2 Boa Esporte, em Divinópolis, onde os artilheiros também foram de jovens com pouco mais de 20 anos de idade.

A longevidade está muito presente hoje no futebol. Vejam alguns exemplos para quem já fez 40 e insiste estar correndo: Zé Roberto, do Palmeiras;  Luiz Alberto, da Cabofriense;  Marcelinho Paraíba, Paulo Baier , Edílson, Lima (ex-São Paulo e Roma), Dimba, Magno Alves, Amaral, Viola, Muller e outros anônimos por este Brasil agora. Alguns garantem que jogam pelo prazer. Outros, pela sobrevidência. A verdade é quem esteve lá dentro sabe que largar a redonda é duro. Caem (exceções) no ridículo, mas continuam pedindo mais uma oportunidade. Afinal, os mais jovens não ocupam o espaço por falta de qualidade e quem tem mais de 30 segue o seu reinado.