quinta-feira, 24 de março de 2016

Johan Cruyff, um dos privilégios de uma geração



                          Johan Cuyff, o craque imortal que encantou o mundo

Minha geração pode falar com orgulho que viu em ação os maiores gênios da bola. Quando menino ouvia os amantes do futebol exaltando Domingos da Guia, Leônidas, Zizinho, Di Stefano, Labruna e Puskás. Depois, claro que a imprensa cumprindo seu papel de florear e encantar, vieram outros jogadores e com uma majestade suprema: Pelé. Distantes de sua capacidade, mas diferenciados, Garrincha, o anjo das pernas tortas; Rivelino, Gerson, Didi,Tostão, Dirceu Lopes, Beckenbauer, Maradona, Eusébio, Bobby Charlton etc. Não elevo a geração seguinte, do Brasil, para o patamar de cima, na lista encabeçada por Zico, Sócrates, Rivaldo, Falcão, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Reinaldo, Romário e outros. Um ou outro talvez. Romário, por exemplo, que nos deu a Copa do Mundo de 1994 e Ronaldo Fenômeno, a de 2002.
 Mas o que desejo expor é que perdemos hoje, vitima de câncer, em Barcelona, na Espanha, alguém que a minha geração jamais poderá esquecer: Johan Cruyff, o líder do carrossel holandês. Posso dizer, com a mais absoluta segurança, que ele está presente na maior revolução do futebol que minha geração teve a oportunidade de reverenciar.
Em duas Copas do Mundo, 1974 e 78, nunca tínhamos aplaudido algo tão fantástico. Não havia esta cobertura da mídia. Foi assustador ver uma Seleção (Holanda) sair de seu campo com 10 jogadores se movimentando, em velocidade, tocando a bola com habilidade e voltando com a mesma sintonia. O chamado Carrossel Holandês da década de 1970. Foi um privilegio também do Ajax, da Holanda. Cruyff tentou repetir a dose no Barcelona, mas em parte, como jogador e técnico. Lá é um dos seus maiores ídolos.
Não sei se pelo fato de reverenciarmos mais o que vem de fora, Johan Cruyff era uma obra de outro mundo com a bola nos pés e tinha uma forma espetacular de fazer seu time jogar. Morreu aos 68 anos, depois de lutar contra um câncer no pulmão. Fumava muito.
Eu, um apaixonado, fui algumas vezes à Amsterdã para contemplar sua obra. Os europeus sabem perpetuar aqueles que realmente fizeram história. Fui também a Barcelona. Emocionado encerro com o que desejamos para todos os queridos que nos deixam: descanse em paz. Você será eterno em nossos olhos.

 

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