segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Nossa homenagem para os 63 anos de Nélson Piquet

                       


                                                
                        Antônio Melane com Nélson Piquet na redação do Estado de Minas

Um dos personagens da nossa história recente do esporte faz aniversário hoje (17-08), o tricampeão mundial de Fórmula-1, Nélson Piquet. Completa 63 anos, sem o glamour dos tempos da velocidade, mas cercado e admirado pelos amigos. Por meio do Jornal Estado de Minas, que abriu as portas para que eu pudesse chegar a todos os continentes, conheci Piquet. Foi precisamente no GP do México, disputado no dia 26 de outubro de 1986, na Cidade do México, vencido por Gerhard Berger, com Alain Prost, em segundo (foi o campeão da temporada); Ayrton Senna, em terceiro e Piquet, em quarto. Estava dando os meus primeiros passos em coberturas internacionais. Fui criado no Parque Riachuelo e Caiçara, na época bairros da periferia de Belo Horizonte, com recursos limitados e enfrentei dificuldades para entender o que era aquele show, um dos esportes economicamente mais poderosos do mundo. Vejam as empresas que participam dos eventos. Só perde para o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos. E, por obra do Criador, fiz uma amizade com o piloto a partir daquela tarde. Assustou-se quando disse que estava ali fazendo a cobertura para o Grande Jornal dos Mineiros. “Mas como? O Estado de Minas agora vai acompanhar a F-1. Verdade?”. Contou-me a corrida que fez alguns anos antes, muito moleque e irresponsável (veio com um Fusca de uma pessoa que deixou o carro em uma oficina em Brasília para alguns ajustes), na pista da área externa do Mineirão; de alguns detalhes de sua vida, claro que dos fenômenos que o acompanhava (estou falando de mulheres) e foi em frente.  Encerrou com o sinal que me deu segurança para o trabalho: “Conte Comigo”. Nélson tirou as pedras do caminho e pude fazer durante dez anos, a cada GP, coberturas que foram bem postas nas páginas. Fiquei encantado. Afinal, ali estava um dos maiores ídolos de toda a história do nosso esporte. Um menino rebelde, mas que alcançava através de sua irreverência, os sonhos de toda uma geração, com carrões, motos, iates, belas modelos e dinheiro. Histórias fantásticas que deixaram os jovens brasileiros encantados. Voava para a glória.  A rivalidade com Senna, evidente com certa dose de ciúmes, mudou um pouco o rumo do estrelato de Nélson, mas ele está perpetuado na história. Chegamos a fazer uma homenagem para ele em 1991, em Belo Horizonte. Mas, com certeza, a maior ainda fará parte do calendário daqueles que o respeitam como ídolo. Será em praça pública, em Belo Horizonte. Encerro com uma das lições obtidas nas conversas que tínhamos no período do ronco dos motores: “Meu amigo. Não queira ser o melhor. Tem é de se preparar para ser o melhor. Aqueles que só desejam muitas vezes conseguem chegar, mas os ventos mudam de rumo, nem é necessária uma tempestade para eles não serem mais os melhores”.  
                                

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