terça-feira, 27 de maio de 2014

Mundial - Há um perigo no ar



Não há como a partir de hoje dedicarmos o nosso espaço para o Mundial. A Seleção Brasileira viveu o seu primeiro dia de concentração. Ainda não houve treinamentos e o mundo vive a expectativa da bola rolar no dia 12 de junho, com Brasil x Croácia.  O que chama a atenção de todos são as manifestações  previstas por todo o País, por culpa de nossa cultura e, principalmente, de nossos comandantes, dirigentes, empresários e políticos corruptos, que não fugiram à regra. Fizeram as obras superfaturadas, algumas em fase de término, mostrando que não há o compromisso com o que assumimos. Nossa palavra perde o seu valor.  Não é por acaso que em outras partes do mundo se diz que este não é um País sério. Eles também têm os seus problemas, mas por falta de responsabilidade estamos permitindo as duras críticas e apreensões.  Na história do Brasil jamais se movimentou tanto dinheiro.

O povo está revoltado por razões óbvias. Enquanto se fala nas exigências do padrão Fifa, com investimentos de bilhões, continuamos sem programas eficazes para a Saúde, Educação, Transporte, estradas, etc. Pagamos impostos para vivermos no primeiro mundo e recebemos os piores serviços, ainda primários, em todos os segmentos. O que dizer dos Aeroportos? Mais de 25 milhões custaram. 


Nunca se investiu tanto neste País. Nem na construção de Brasília tivemos tantos gastos. Por este motivo, pessoas como o cantor Ney Matogrosso (vejam vídeo -www.youtube.com/watch?v=DqJ0kF1_oL0) e outras mostram a verdade para o Mundo e aqui são contestados, com a garantia, de algumas pessoas, de que tudo segue a mil maravilhas. Os organizadores da Copa querem esconder o atraso, a bagunça e a desorganização. Até o Ronaldo "Fenômeno" se rendeu a realidade e está tentando salvar sua imagem dizendo que está envergonhado. Infelizmente foi sempre assim.


Relato uma conversa que tive há alguns dias com minha sobrinha, uma pessoa pacata, que jamais se revelou com hábitos rebeldes no meio familiar e que me respondeu da seguinte forma quando a perguntei qual o jogo em ela estará presente no Mundial: “Não vou a nenhum. Estarei é na manifestação”. E ficou sorrindo. Ela é assistente social. As autoridades têm de entender que este é o compromisso que está reservado para grande parcela de nossa população. Alguns marginais vão tentar tirar proveito e tumultuar ainda mais. É preciso criar uma estrutura capaz permitir as manifestações ordeiras e condenar os atos de violência. Os outros países não estão isentos, porque  as manifestações estão presentes no caminhar da humanidade. O papa Francisco recentemente mandou o seu recado para os jovens: “Não sejam covardes. Saiam às ruas!”, estimulando protestos para que a nova geração seja a protagonista das mudanças sociais e políticas no mundo.

O Brasil terá a oportunidade de dar o seu passo mais importante da história e mostrar que o gigante acordou como um modelo em organização. Ainda há tempo.

Os dois últimos testes do padrão Fifa  foram na Copa das Confederações e no Mundial de Clubes, em Marrocos. Aqui, as manifestações superaram o  desempenho da bola. Em Marrocos, a bola foi curta, mas a segurança nota dez. Por todos os trechos envolvendo torcedores (acessos para os estádios) e ainda em locais de maior aglomeração havia a cada 500 metros quatro policiais ocupando uma linha vertical. Modelo simples e eficiente. Cinco mil policiais numa cidade de 1,1 milhões de habitantes e 50 mil turistas.  Neste item, os marroquinos foram perfeitos. Por que não no Brasil?      

Para encerrar, uma frase do Papa Francisco para os corruptos: “Não são os rebeldes que criam os problemas no mundo, são os problemas do mundo que criam os rebeldes”. Cuidado.

COI pressiona o Brasil
  

A notícia começa a tomar conta dos sites no mundo de que o COI - Comitê Olímpico Internacional está pressionando o Brasil. Quer tirar a Olimpíada de 2016 do País porque alguns compromissos para sediar os Jogos não estão sendo cumpridos. Por enquanto, não é oficial. Apenas boatos, mas onde há fumaça, com certeza há fogo. Este é o básico para o trabalho jornalístico e se fortalece ainda mais com a notícia de que Londres já teria sido consultada sobre a possibilidade de ficar com os Jogos. É para envergonhar. Sabemos que o código de conduta do COI não se encaixa com o da Fifa. Paciência tem limite. 








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