Grêmio, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro, o pesado fardo das incertezas

 A temporada está ainda no começo. Nenhum título foi disputado, mas fica claro pelas primeiras atuações e algumas derrotas, que 2016 não será um ano glorioso para Grêmio, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro. Não ganharam nada no ano passado e este ano começam carregando o pesado fardo das incertezas. Pior quando esta insegurança se estabiliza.  O fardo fica ainda mais pesado quando é necessário vencer a desconfiança. Outras equipes vivem este mesmo quadro, tudo porque não souberam investir ou ainda seguem com a política de outras temporadas sem êxito. Uma mesmice, que está muito materializada no futebol brasileiro. De pouca qualidade e os clubes sem condições financeiras para buscar o diferencial, que hoje é raro em nossos gramados. Um bom jogador, como Clayton, do Figueirense, é alvo dos grandes. Vejam bem: não é nada de especial. Apenas um bom atacante e é tratado como um diamante que ainda nem foi lapidado. Precisa vestir a camisa de um grande para sabermos se é tudo isso que falam.

As causas do baixo desempenho de Grêmio, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro são muito obvias. O Grêmio buscou o equatoriano Bolaños, outro apenas bom atacante. Nada de espetacular. Se o fosse, estaria na Europa. Manteve a base de 2015, o que considerou uma façanha e começa quebrando cabeça. Sua torcida está muito desconfiada, principalmente depois da derrota por 2 a 0 para o Toluca, estreia na Libertadores. O São Paulo há várias temporadas não passa de tentativas. Problemas internos, dívidas, investimentos em jogadores sem capacidade e, ainda, lideranças negativas impedem o equilíbrio. Nem Edgardo Bazua está tento capacidade de arrumar a casa. Teve dificuldades na pré-Libertadores e a derrota em casa para o The Strongest, da Bolívia (estou dizendo da Bolívia) na abertura da fase de Grupos está sentenciada como um dos maiores vexames de sua história. O momento é para lavar a roupa suja em público. Michel Bastos (foto) puxa o negativismo. 

O Flamengo vive do sonho de que Muricy Ramalho vai recoloca-lo na rota vitoriosa dos Anos 80 e 90. Também das fantasias da mídia e ainda dos reforços. Mancuello e Cuéllar estão mostrando que não tem todo este poder que os flamenguistas desejavam. Os outros clubes que estavam interessados em ambos estão se gabando. Afinal, ficaram possivelmente livres de duas bombas e, para completar, o Cruzeiro de 2016 não decola. Deivid no comando enfrenta seus problemas. Tem na cabeça altos projetos. Tem conhecimento, mas a prática está distante de toda sua teoria, por falta de qualidade técnica e Inteligência de alguns jogadores. Quando se tenta quebrar um padrão tático e técnico, é necessário, acima de tudo, contar com jogadores com capacidade mental acima da média.