Estou lendo a notícia sobre o espanhol Rafa Benitez, técnico
demitido há pouco mais de um mês do Real Madrid. Agora ele cuida dos passeios de
seus cachorros, a vida de pai presente, as tarefas domésticas e acompanha pelo
menos três jogos por dia pela televisão, esperando receber a multa rescisória
de R$ 20 milhões. Lembrei-me dos técnicos brasileiros. Será que a vida deles é
diferente? E como, principalmente aqueles que não têm marketing e história como
vencedores. Aqueles que são de ponta, melhor dizer os mais caros, Levir Culpi,
Cuca, Paulo Autuori, Celso Roth, Adílson Batista, René Simões, Renato Gaúcho, os que aparecem
na lista dos medianos, que topam qualquer parada (apagam incêndio) e ainda
aqueles que insistem em não se aposentar, como Joel Santana, Jair Pereira e outros. Seus empresários ficam plantando notícias do
interesse de determinados times, claro que para os de ponta, mas há uma
história muito interessante, os envolvendo, que testemunhei por muitos e muitos
anos nas redações dos jornais. Os técnicos dizem para os amigos que estão
esquecidos e precisam ter o nome em evidência. Em seguida, alguém liga para o
jornal, dizendo: “Vocês estão sabendo que fulano morreu hoje? Podem apurar”. É
aquela história. Falem mal, mas falem de mim. Se é que a morte é tão ruim
assim.
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