O temor do
rebaixamento existia porque no comando de Paulo Bento, o time celeste
estava sem poder de reação e não atingia uma sequencia de bons resultados. Agora, tudo sepultado. A chegada de Mano
Menezes (foto), que inicia amanhã (27-07), com toda sua equipe, o trabalho no Cruzeiro,
mudou o astral. O time nem jogou e já é visto com outros olhos, mesmo sem
se saber quais serão os titulares no domingo, na estreia do
técnico, contra o Santos na Vila Belmiro.
O otimismo é
fundamentado no trabalho de 2015 de Mano Menezes na Toca. Ele estreou na 23ª
rodada do Brasileiro, com a vitória por 5×1 sobre o Figueirense, no Mineirão.
Dali em diante, foram 16 jogos, tendo vencido 9,
empatado 6 e perdido 2. Desempenho de campeão. Se chegasse um pouco antes (entrou
no lugar de Vanderlei Luxemburgo), a história poderia ter sido outra.
A China entrou no caminho do técnico e o
Cruzeiro ficou sem a sua principal esperança para a temporada de 2016 e lamentando não ter alcançado a
tão sonhada vaga para a Copa Libertadores, porque terminou o Brasileiro em oitavo, com 51 pontos.
Agora, retornando em uma situação ainda pior (o time com apenas 15 pontos e
na zona de rebaixamento), o otimismo está estampado na cara dos cruzeirenses.
Vejam o que o Mano conseguiu nos 16 jogos do Brasileiro de 2015: 30 pontos,
oito vitórias, seis empates e duas derrotas, aproveitamento de 62,50% . Neste
período, o desempenho do campeão Corinthians foi o seguinte: 32 pontos, nove
vitórias, cinco empates e duas derrotas, aproveitamento de 66,67%.
A China não
fez bem para o ex-técnico da Seleção Brasileira. No Shandong
Luneng seu desempenho foi inferior ao de Paulo Bento, com aproveitamento de 33,3%, com sete vitórias, sete empates e sete derrotas em 21 jogos. Já
Paulo Bento deixou o Cruzeiro após seis vitórias, três empates e oito derrotas
ao longo de 17 partidas, o que lhe garantiu um aproveitamento de 41,1%.
Posso
afirmar, porém, que o Cruzeiro está nas mãos de quem sabe. Não podemos condenar Bento. Só que sua
leitura é boa para o futebol português, onde os jogadores tem outra concepção
tática. No Brasil, nossos atletas confiam demais na capacidade técnica
e pouco se ligam para o jogo tático e coletivo.
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