sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Paulo Isidoro, só poderia ser ele


O atacante Paulo Isidoro, que fez sucesso jogando pelo Atlético, Grêmio, Santos, outros clubes e ainda Seleção Brasileira – seu auge foi na Copa do Mundo de 1982, na Espanha – é um personagem que não pode ficar de fora quando o assunto são as histórias do Futebol. Revelado pelo Unidos da Brasilina, time amador do bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte, rapidamente ganhou as manchetes, graças ao seu ímpeto. As arrancadas fulminantes em direção ao gol, com raça e técnica que não eram um primor, mas tinha seus lampejos e impressionava. O narrador Vilibaldo Alves, já falecido, aquele do jargão “Adivinhe”, quando acontecia o gol, ia ao delírio para transcrever seus lances. Seu nome fez história. Surgiram outros Paulo Isidoro no Futebol brasileiro, como aquele que jogou no Bahia, Palmeiras, Cruzeiro e outros clubes, especialmente do Nordeste do País. Era respeitado pela mídia. Durante a Copa do Mundo de 82, o apresentador Jô Soares criou a frase: “ Bota ponta Telê”, referindo-se também ao seu futebol,  o que não tardou para estar na boca do povo.

É uma praxe no Futebol criar algumas histórias e introduzidas em determinadas pessoas por seus hábitos, o jeito de falar e, principalmente, pela simplicidade. E não teve como Paulo Isidoro ser o prato predileto para algumas situações. Os companheiros gostavam. Lacy, que jogou no Atlético (foi um dos 40 relacionados para a Copa do Mundo de 1970) e que escorregava como quiabo quando partia para o gol, era alvo das brincadeiras dos companheiros, quando tentou  explicar como foi a sua jogada em direção ao gol: “Fui fondo, fui fondo e quando cheguei dentro da área, chutei forte para marcar”. Depois o criador passou a ser Paulo Isidoro. Mas houve muitos outros. Lembro que diziam ser Fio Maravilha, que jogou no Flamengo – hoje vive nos Estados Unidos, o autor; Claudiomiro, ex centro-avante do Internacional;  etc. Paulo Isidoro simplesmente acha graça quando alguém garante que foi ele o dono da frase.

Mas, não tem como escapar de duas histórias. A primeira acontecida nos Anos 80, quando o Atlético foi jogar em Belém, contra o Remo, pelo Campeonato Brasileiro. O repórter, gravando, perguntou-lhe como estava se sentindo em jogar em Belém: “Muito emocionado. Será uma honra jogar na cidade onde nasceu o Menino Jesus”. Outra dele foi depois de uma partida no Mineirão, também pelo Atlético, logo no começo da carreira. Os jogadores, destaques das partidas, eram premiados pelas emissoras com um motoradio. O repórter perguntou-lhe: “Vai colocar o rádio em seu carro Paulo Isidoro?” Ele foi incontinente: “Não. A moto vou dar para minha mãe e o rádio será meu”.

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