sábado, 5 de dezembro de 2015

Cadeia para os corruptos e que seja feita uma devassa



Estamos concluindo mais uma temporada com muito pouca coisa a acrescentar em termos de evolução tática e técnica no Brasil. A bola nos mostrou que os problemas são ainda mais graves do que poderíamos imaginar fora de campo, no comando da CBF e dos clubes. Estes ainda não tão públicos (chegaremos lá), abafados pelos interesses. O inédito foi à prisão de José Maria Marin, iniciando na Suíça e hoje domiciliar nos Estados Unidos. Algo até a bem pouco tempo muito longe de nossa imaginação. Com os dias contados para a liberdade estão também Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero. Em 24 anos, foram envolvidos 200 milhões de dólares em propinas, segundo o Serviço de Segurança dos Estados Unidos. E imaginávamos que a corrupção estava profunda apenas na política. O ano de 2015 entra na história, de certa forma, como um alento para aqueles que desejam o futebol sem tantos esquemas. Que seja feita uma devassa, apontando e punindo os corruptos com a CPI. Xadrez para eles, como na política. O problema é que a maioria é comprometida. Então quem vai apurar e denunciar? A Rede Globo fez até um editorial: "Nosso compromisso é com a paixão do povo pelo futebol".
Dentro de campo, o Corinthians foi o campeão, indiscutível, com uma larga vantagem em relação ao segundo colocado, no caso o Atlético, seguido pelo Grêmio e tudo encaminhando para o São Paulo em quarto, sendo rebaixados Joinville, Goiás, Vasco,  Figueirense ou ( Coritiba e Avaí). Na Série B, galgaram a elite, Botafogo, Santa Cruz, Vitória e América, com todos os méritos, com destaque para o Nordeste com dois clubes obtendo o acesso, sem dar chances para os times do Sul e do Sudeste, que normalmente dominam. Para fechar: engraçado é que com a vitória do Corinthians ninguém condenou o Brasileiro por pontos corridos. É só vencer um clube fora do Rio ou de São Paulo, para a mídia iniciar o movimento, abordando que não é a disputa ideal, garantindo que o melhor será o  mata-mata a partir das oitavas de final.  
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3 comentários:

  1. Melane, você poderia contar uma "estória" do Paulinho Kiss, falecido ontem

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  2. Melane, o que acha do Seedorf como técnico do cruzeiro?
    Ob.: sou um grande admirador do seu trabalho!
    Lucas

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  3. Vou contar a história do Paulinho Kiss nos próximos dias. Agora Lucas eu gosto do Seedorf. Acho que a diretoria do Cruzeiro não está pensando pequeno o que já é uma vantagem. O que não pode é investir em Deivid agora. O Cruzeiro é grande demais para ser uma experiência para treinador. Seedorf pode ser diferencial. Ele sabe muito. Agora é saber como será sua adaptação aqui se realmente for contratado.

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