A última imagem de um gigante dos ringues e que fora dele foi maior ainda, desafiando os EUA
Não é por acaso que os jornais do mundo e as mídias sociais
destacam hoje (04-06) que mais uma lenda do esporte nos deixou. Em um dos
textos, a abertura diz: morre o homem e fica a lenda. Acrescento: o mito.
Alguém que com sua capacidade e coragem superou tudo o que podemos afirmar
sobre lenda, mito, ídolo ou como a geração atual sentencia: o cara. Muhammad
Ali marcou gerações. Que o digam os negros e aqueles que um dia pensaram em
desafiar a superpotência Estados Unidos. Ele venceu e ficou na história.
Sua despedida da terra foi nesta madrugada, aos 74 anos,
derrotado pelo Mal de Parkinson, doença que o acompanhou por 32 anos. O
ex-campeão mundial dos pesos-pesados foi fantástico. Nem sei em quantas
madrugadas minha geração ficou ligada na TV para assistir ao seu espetáculo. Um
falastrão, mas que possuía uma técnica para derrubar o adversário como ninguém
viu. Sem violência e sem sangue. Na arte.
Seu histórico: 57 vitórias, 37 delas por nocautes e 5 derrotas.
A geração de hoje não pode imaginar o que foi Muhammad Ali. Ele nasceu em
Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, sendo batizado com o nome de
Cassius Marcellus Clay Jr. Menino iniciou-se no boxe e com pouco tempo já derrubava
os mitos pesos pesados. Aos 18 anos foi campeão olímpico. Em 1964, o mundo do boxe ficou sem entender
como aquele garoto tornou-se campeão mundial, ao derrotar Sonny Liston. Ele
gritou: “Eu sou o maior”. Aliou-se a Malcom X, defensor do nacionalismo negro e
anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando seu nome para Muhammad
Ali.
Em 1967, perdeu o título mundial e ficou afastado do boxe por três anos. Ali
se recusou a servir ao exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã e criticou
seu País pelo envio de militares para o conflito com os vietcongues. Cumpriu a
pena de três anos pela recusa e quando voltou para recomeçar no boxe, o mundo parou para ver
suas lutas. Foi neste exato momento que ele nos comoveu,um líder como Martin Luther King, assassinado em 1968 e que nos deixou frases históricas. Uma delas: "Eu tenho um sonho que um dia meu povo não seja julgado pela cor de sua pele mas sim pelo conteúdo de seu caráter".
O retorno de Ali foi ainda mais especular. A história registra. Ele tornou-se um herói dos negros oprimidos e dos simpatizantes da luta contra o racismo. O combate contra George Foreman, em 1974, no Zaire (antiga República do Congo), no qual recuperou o título mundial, foi tão espetacular que virou filme, "Quando Éramos Reis".
O retorno de Ali foi ainda mais especular. A história registra. Ele tornou-se um herói dos negros oprimidos e dos simpatizantes da luta contra o racismo. O combate contra George Foreman, em 1974, no Zaire (antiga República do Congo), no qual recuperou o título mundial, foi tão espetacular que virou filme, "Quando Éramos Reis".
Ali, que seu descanso seja em paz. Com orgulho digo que
tenho uma foto ao seu lado, tirada em 1987, numa noite, em um ginásio em
Indianápolis (EUA), durante um dos jogos de basquete dos Jogos
Pan-Americanos. Procurei em meus alfarrábios
e não a encontrei. Este texto é a minha simples homenagem a aquele que
estará cravado eternamente em minha mente, como o meu pai, que pediu licença e
também partiu no último dia 18 de outubro.
Parabéns Melane. Bela homenagem àquele que despertou a auto estima nos negros americanos e de todo mundo
ResponderExcluirGrande mensagem Melane, um texto que homenageia um mito do esporte e presta o seu tributo emocionante para esse grande atleta e exemplo de ser humano. Sem dúvida estamos mais pobres e carentes com essa perda. E Deus não procura por pessoas perfeitas, mas acessíveis de coração. abs.
ResponderExcluirGrande mensagem Melane, um texto que homenageia um mito do esporte e presta o seu tributo emocionante para esse grande atleta e exemplo de ser humano. Sem dúvida estamos mais pobres e carentes com essa perda. E Deus não procura por pessoas perfeitas, mas acessíveis de coração. abs.
ResponderExcluirMelane, parabéns pela matéria!
ResponderExcluirWhen we were kings, assisti ainda criança, com meu pai e meu tio Mauro, no Rio de Janeiro, em VHS, inesquecível!
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