Falar o nome de Zezé Perrella (foto) para os atuais dirigentes celestes, especialmente aqueles que trabalham para que haja uma mudança no estatuto do clube, oferecendo condições para que Bruno Vicintin seja candidato à presidência, incomoda e muito. O Senador é visto como um fantasma. Sua sombra está em todos os lugares. Como este é o último ano do mandato da atual diretoria, o ambiente está tenso. Não há agressões verbais, mas uma vitima: o futebol do Cruzeiro. Como se diz nas ruas: nem o Rural ele tem capacidade para ganhar.
São muitos os detalhes que apontam o futebol como o maior prejudicado e dentro deste processo eleitoral, o Cruzeiro está em uma encruzilhada. O presidente Gilvan de Pinho Tavares terá de respaldar todas as ações daqueles que têm hoje a responsabilidade de gerenciar o clube ou então caminhar para um ano que vai revoltar toda a gente celeste. As grandes vitórias e as conquistas ficarão apenas nos sonhos.
Há quatro meses, o torcedor cruzeirense Eduardo Henrique De Almeida Almeida, que por um bom período foi frequente em seus comentários no blog, questionou sobre uma briga interna. Já era sacramentada, mas que vantagem o bloguista teria de mostrar que o Cruzeiro estava se afundando com os conflitos internos? Importante ver os resultados para entrar no assunto. Sérgio Rodrigues não aceitava as ordens de Vicintin; Thiago Scuro, que foi embora, um fantoche; outros apenas exercendo as atividades burocráticas e Gilvan certo de que muda o estatuto para eleger seu preferido.
Os Conselheiros querem mudanças após a eleição no final do ano. A maioria não aceita, em hipótese alguma, Vicintin (conselheiro efetivo a partir 2009 e teria de ter três mandatos como nato ou cinco alternados) seja o candidato da situação. O presidente já relevou que não tem outro nome para indicar. Palavras deles: "Vou até o final com o Bruno. Dei a minha palavra".
Duas pessoas salvaram o futebol do Cruzeiro até o momento, Mano Menezes, por sua lisura, experiência e competência e Tinga, que passou por este processo eleitoral no Internacional, o clube de sua referência e que hoje está rebaixado para a Série B do Brasileiro. Ele sabe trabalhar os jogadores, cuidando da união e deixá-los distantes dos problemas eleitorais. Se Mano soubesse que iria enfrentar um ano com tanta turbulência, não teria voltado. Outra certeza: se Cuca não aceitasse retorno ao Palmeiras, é o local onde Mano estaria hoje. Estou muito na suposição do "Se". Bom deixar de lado e seguir a verdade dos fatos.
O certo é que Gilvan até novembro vai convocar o Conselho para fazer a reunião obrigatória exigida para mudança no estatuto (não relativa às regras para postulantes à presidência) para atender as exigências do Profut. O clube já recebeu da rede Globo, R$30 milhões de sua cota do Brasileiro, que representa um total de R$100 milhões até 2022. Caso não atenda o que termina as regras do Profut, não terá direito a nenhum centavo. E sem esta cota, não haverá como gerir o futebol.
Não é fácil administrar um clube grande. Não é só comprar determinado jogador, contratar tal técnico, que as vitórias virão. Puro sonho. Primeiro você tem de arrumar a sua casa e a celeste subiu para as alturas.
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