Depois de deixar o comando da Seleção Brasileira em alta e muito cobiçado, Mano Menezes (foto) foi para o Flamengo e lá durou apenas três meses. Divulgado na época (2013) que ele foi derrubado pelos jogadores, por exigir reforços e eles (jogadores) não entenderem o que era determinado. Mano pediu demissão, o time cresceu e ganhou a Copa do Brasil. No Programa Bola da Vez da ESPN Brasil, que irá ao ar esta noite (30-05), deu a sua versão, a qual consideramos próxima da verdade em relação a sua saída: "Acontecerem fatos que me levaram a tomar uma atitude radical".
Mano deu detalhes inicialmente sobre a relação com os jogadores: "Os fatos que me levaram a tomar uma atitude radical, porque não é comum um técnico pedir para sair. Tive que pagar multa rescisória. Dei uma declaração e entendo porque foi deturpada, porque eu também não dei todas as explicações. Quando a gente não dá todas as explicações, as pessoas também têm direito de especular. Disse que a filosofia que tinha sobre futebol não estava sendo entendida sobre os jogadores e as pessoas disseram que os jogadores não estavam entendendo aquilo que eu queria de futebol".
Depois o técnico falou sobre as festas: "Fatos que ocorreram depois com o grupo do Flamengo, depois em algumas festas. Para quem estava atento, viu que era disso que eu estava falando. Porque nós havíamos eliminado o Cruzeiro da Copa do Brasil, um resultado importante, e aconteceram fatos naquela semana que eu achava que não deveriam ter sido comemorados. E alguns jogadores entenderam que poderiam comemorar fora do limite que eu acredito do profissionalismo do futebol".
São estes os jogadores que faziam parte do time titular: Felipe, Luiz Antônio, Chicão, Wallace Reis, João Paulo, Victor Cáçares, Paulinho, Elias, André Santos, Hernane, Carlos Eduardo, Adryan, Rafinha e Marcelo Moreno. Eles comandavam as festas. Este grupo derrotou o Cruzeiro por 2 a 1 e garantiu classificação paras às quartas de final. O gol da vitória foi marcado pelo agora atleticano Elias. O Cruzeiro era dirigido por Marcelo Oliveira.
Outro problema foi com o dirigente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, ex-vice-presidente de marketing do Flamengo, que queria determinar com quem Mano falaria. "Eu tinha marcado duas entrevistas com dois colegas de vocês (jornalistas) e, quando essa pessoa do Flamengo descobriu, não queria permitir. E aí eu tive um desgaste para mostrar para ele que eu estava treinador do Flamengo, mas que o Flamengo não ia decidir minha vida profissional em todos os aspectos. Mesmo assim, fiz as duas entrevistas, e ele, internamente, considerou aquilo uma traição".
Assim é o futebol. Todos os dias há fatos que exigem habilidade e, principalmente, sabedoria para contorna-los. Do contrário, dentro de campo acontecem os resultados indesejáveis.
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