sexta-feira, 30 de maio de 2014

Victor - Uma justa homenagem



Os torcedores atleticanos fazem hoje, no Independência, uma justa homenagem ao goleiro Victor, um dos heróis da conquista da Copa Libertadores de 2013, se não o maior. Há um ano ele fazia a defesa espetacular ao defender o pênalti cobrado por Riasco que garantiu ao Atlético o empate por 1 a 1, contra o Tijuana, e a classificação para as semifinais. Foi um dos momentos mais importantes na vida dos atleticanos. De joelho, ou com as mãos para o alto, como esperando uma dádiva de Deus, outros com os olhos fechados, muitos ficaram esperando a cobrança. Foi uma explosão de alegria, algo jamais visto, quando a bola bateu no goleiro e não entrou. Ali Deus sentenciava: o título é do Galo.

Seleção Brasileira

Felipão começa a mostrar a cara de sua Seleção.  Hoje, em uma manhã agradável e finalmente com sol em Teresópolis, o técnico pôde movimentar mais os jogadores com a bola, num treinamento tático. Foram muitos gols. O treinador está apressando o trabalho com bola porque terá apenas 17 dias de preparação, enquanto para as Copas anteriores os técnicos tiveram muito mais tempo. Para a Copa de 70, no México, por exemplo, foram dois meses e o time entrou afiado para fazer 4 a 1 na Tchecoslovaquia. Não pode perder tempo, porque mesmo já tendo a base definida, o que mais vai precisar é de entrosamento afiado de todas as peças para que o futebol possa fluir. 

Clima ruim no Flamengo

O técnico Ney Franco não está perdido. Afinal, quando aceitou trocar o Vitória pelo Flamengo sabia perfeitamente o que encontraria na Gávea. O abacaxi não tem tamanho, diante da qualidade técnica que tem a sua disposição e que Jayme de Almeida soube, por algum tempo, levar a contento. O título da Copa do Brasil diz tudo. O empate por 1 a 1, contra o fraco Figueirense, no Morumbi, lhe mostrou que o desafio será muito maior do que estava imaginando. Domingo tem o líder Cruzeiro pela frente. Tem de obter a sua primeira vitória. Do contrário seus dias podem começar a ser contados, apesar de finalmente ter um longo tempo, aproveitamento a paralisação para a Copa do Mundo, para fazer o time jogar.

Morre Benjamin Abaliac

Estou com o coração partido. Nem sei quantas vezes respirei fundo a partir do momento que soube da doença do velho companheiro Benjamin Abaliac, um jornalista que fez de seu trabalho o casamento de sua vida, sem direito a intrusos. Durante 30 anos eu tive o privilégio de conviver com ele diariamente no Estado de Minas e quando soube de sua morte, ontem, veio o filme de sua vida e um sentimento forte de uma perda irreparável. O Fluminense perde um tricolor de primeira. Você, ao seu estilo, e eu sei perfeitamente como era, construiu a sua história. Era um dos mais queridos da Redação. Que descanse em paz. 





quinta-feira, 29 de maio de 2014

Um brasileirão para quebrar cabeça


A história do Campeonato Brasileiro mostra que há na disputa pelo título pelo menos dois paulistas, um representante gaúcho, mineiro e carioca. Os paranaenses e catarinenses fazem parte do grupo intermediário e esporadicamente surge uma equipe do Nordeste, onde o lema é jogar para não cair. Este ano não podemos dizer quem vai levar o título, no momento em que a competição segue para a nona rodada, mas podemos afirmar que será a mais acirrada disputa entre os dez primeiros.  Quem deseja chegar entre os quatro e ter uma vaga para a Copa Libertadores terá de correr muito. Vejam bem: escrevi correr, porque esta tem sido a tônica do nosso Futebol: suar mesmo a camisa. Agora, para disputar o primeiro lugar vai exigir quebrar a cabeça, alguma técnica, além de ter o que chamam de elenco bem apurado e com boas opções.

Os resultados da oitava rodada não surpreenderam. No Canindé, em São Paulo, o Corinthians, mais aplicado, derrotou o mais técnico Cruzeiro por 1 a 0. O placar diz tudo. A equipe mineira mostrou que tinha condições de emplacar a sexta vitória em oito jogos, pelas chances criadas. O goleiro Walter trabalhou. Não se pode dizer que foram prejudicados pelo gramado, que foi ruim para ambos. A marcação foi o detalhe que marcou o futebol corintiano.

No Ipatingão, o Atlético derrotou o Fluminense por 2 a 0, mas também enfrentou perigo, porque o Tricolor, em alguns momentos, encaixou as peças e teve pelo menos duas boas chances para marcar. Destaques para o goleiro Giovanni, o armador Dátolo - difícil acreditar que ele está dando certo, porque há quase um ano não havia chegado ainda para o Galo - e Tardelli, como o coordenador, buscando a bola e chegando com firmeza na frente. Gostei de Carlinhos, lateral do Flu. Ele sabe jogar.

O São Paulo empatou por 2 a 2 com o Atlético Paranaense, num jogo em que chama muito a atenção para a performance de Rogério Ceni. Mesmo que ele tenha uma atuação regular, com certeza, os adversários jogam com confiança para chutar. Não por acaso o Tricolor Paulista levou 11 gols em oito jogos. Ceni é hoje o famoso "cheiro de gol". É chutar que entra. Não tenho os números com precisão, mas é o time que mais sofreu finalizações. Por este motivo, Muricy ontem fez duras críticas a marcação de sua equipe.

Os outros placares, com poucos gols, mostram as dificuldades. Não vai ser fácil. Pena que o torcedor gosta é de emoções e por enquanto vai pagar para não ver um punhado de gols.





quarta-feira, 28 de maio de 2014

Seleção Brasileira – Por enquanto, palavras...



A Comissão Técnica da Seleção Brasileira, através do coordenador técnico Parreira e do técnico Felipão, este sempre otimista em relação às perspectivas de seu trabalho, o que é absolutamente correto, tenta criar um clima bem favorável para o Futebol brasileiro. Agora estão extrapolando.  Há exageros. Nós, como críticos, que acompanhamos mais o Futebol ou que evidenciamos o dia a dia da bola, como diz o técnico Adílson Batista, precisamos estar seguros de que  o Brasil vai enfrentar talvez a pior de suas Copas. O fato dela ser no Brasil só cria mais absolutos, quando na realidade deveria ser um ponto positivo. O torcedor brasileiro é muito exigente, principalmente com a Seleção Brasileira. Não está nem aí pelo fato da disputa ser no País. Ele quer ver é futebol e se ele não vier na medida certa, com certeza, tome vaia. A história não nega.

Vejo ainda como grau de dificuldade o fato do Brasil ter uma seleção sem a qualidade técnica de outras épocas e, ainda, inexperiente em termos de Mundiais. Em outras épocas, saímos daqui por baixo e voltamos com o caneco, mas tínhamos jogadores para dar o respaldo e era possível acreditar mesmo diante do descrédito. Os nomes são fartos. Dá para encher um caminhão: Ronaldo Fenômeno, Romário, Pelé, Gerson, Tostão, Carlos Alberto, Jairzinho, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Taffarell, Newton Santos, Didi, Garrincha, Rivelino etc. Há muitos outros. Vejam que eu não citei nenhum técnico. É só observamos a capacidade técnica de cada um de nossos atletas e campeões, aliadas a experiência, para sabermos porque chegamos a glória. Tínhamos  qualidade. E agora? É só suposições ou o imponderável, como Tostão escreveu hoje no jornal o Tempo.

O Brasil tem de esperar o melhor, mas a cada dia fica mais difícil esperar a alegria da vitória, também pela revolta do povo com relação aos altos investimentos para a competição e a qualidade dos serviços que nos são oferecidos.  O padrão Fifa trouxe uma indignação.  Por enquanto, apenas acreditar nos sonhos daqueles que mais diretamente precisam desta vitória. Os homens do poder.

Jogos Olímpicos

As notícias ou boatos continuam pipocando. A última: Chicago, nos Estados Unidos, também está sendo consultada para ser sede dos Jogos Olímpicos. A cada dia, o Brasil, por falta de responsabilidade de nossa gente, vai perdendo aquele que seria o nosso maior espetáculo.





    

terça-feira, 27 de maio de 2014

Mundial - Há um perigo no ar



Não há como a partir de hoje dedicarmos o nosso espaço para o Mundial. A Seleção Brasileira viveu o seu primeiro dia de concentração. Ainda não houve treinamentos e o mundo vive a expectativa da bola rolar no dia 12 de junho, com Brasil x Croácia.  O que chama a atenção de todos são as manifestações  previstas por todo o País, por culpa de nossa cultura e, principalmente, de nossos comandantes, dirigentes, empresários e políticos corruptos, que não fugiram à regra. Fizeram as obras superfaturadas, algumas em fase de término, mostrando que não há o compromisso com o que assumimos. Nossa palavra perde o seu valor.  Não é por acaso que em outras partes do mundo se diz que este não é um País sério. Eles também têm os seus problemas, mas por falta de responsabilidade estamos permitindo as duras críticas e apreensões.  Na história do Brasil jamais se movimentou tanto dinheiro.

O povo está revoltado por razões óbvias. Enquanto se fala nas exigências do padrão Fifa, com investimentos de bilhões, continuamos sem programas eficazes para a Saúde, Educação, Transporte, estradas, etc. Pagamos impostos para vivermos no primeiro mundo e recebemos os piores serviços, ainda primários, em todos os segmentos. O que dizer dos Aeroportos? Mais de 25 milhões custaram. 


Nunca se investiu tanto neste País. Nem na construção de Brasília tivemos tantos gastos. Por este motivo, pessoas como o cantor Ney Matogrosso (vejam vídeo -www.youtube.com/watch?v=DqJ0kF1_oL0) e outras mostram a verdade para o Mundo e aqui são contestados, com a garantia, de algumas pessoas, de que tudo segue a mil maravilhas. Os organizadores da Copa querem esconder o atraso, a bagunça e a desorganização. Até o Ronaldo "Fenômeno" se rendeu a realidade e está tentando salvar sua imagem dizendo que está envergonhado. Infelizmente foi sempre assim.


Relato uma conversa que tive há alguns dias com minha sobrinha, uma pessoa pacata, que jamais se revelou com hábitos rebeldes no meio familiar e que me respondeu da seguinte forma quando a perguntei qual o jogo em ela estará presente no Mundial: “Não vou a nenhum. Estarei é na manifestação”. E ficou sorrindo. Ela é assistente social. As autoridades têm de entender que este é o compromisso que está reservado para grande parcela de nossa população. Alguns marginais vão tentar tirar proveito e tumultuar ainda mais. É preciso criar uma estrutura capaz permitir as manifestações ordeiras e condenar os atos de violência. Os outros países não estão isentos, porque  as manifestações estão presentes no caminhar da humanidade. O papa Francisco recentemente mandou o seu recado para os jovens: “Não sejam covardes. Saiam às ruas!”, estimulando protestos para que a nova geração seja a protagonista das mudanças sociais e políticas no mundo.

O Brasil terá a oportunidade de dar o seu passo mais importante da história e mostrar que o gigante acordou como um modelo em organização. Ainda há tempo.

Os dois últimos testes do padrão Fifa  foram na Copa das Confederações e no Mundial de Clubes, em Marrocos. Aqui, as manifestações superaram o  desempenho da bola. Em Marrocos, a bola foi curta, mas a segurança nota dez. Por todos os trechos envolvendo torcedores (acessos para os estádios) e ainda em locais de maior aglomeração havia a cada 500 metros quatro policiais ocupando uma linha vertical. Modelo simples e eficiente. Cinco mil policiais numa cidade de 1,1 milhões de habitantes e 50 mil turistas.  Neste item, os marroquinos foram perfeitos. Por que não no Brasil?      

Para encerrar, uma frase do Papa Francisco para os corruptos: “Não são os rebeldes que criam os problemas no mundo, são os problemas do mundo que criam os rebeldes”. Cuidado.

COI pressiona o Brasil
  

A notícia começa a tomar conta dos sites no mundo de que o COI - Comitê Olímpico Internacional está pressionando o Brasil. Quer tirar a Olimpíada de 2016 do País porque alguns compromissos para sediar os Jogos não estão sendo cumpridos. Por enquanto, não é oficial. Apenas boatos, mas onde há fumaça, com certeza há fogo. Este é o básico para o trabalho jornalístico e se fortalece ainda mais com a notícia de que Londres já teria sido consultada sobre a possibilidade de ficar com os Jogos. É para envergonhar. Sabemos que o código de conduta do COI não se encaixa com o da Fifa. Paciência tem limite. 








segunda-feira, 26 de maio de 2014

Brasileirão - A eficiência celeste


O Futebol  está feio mesmo.  As exigências, especialmente dos mineiros, aumentaram depois do desempenho do ano passado e ainda pelo fato de hoje, pela TV, recebermos imagens de belos espetáculos do Futebol europeu.  São transmissões que chegam a todo instante.  Não escapa nem quem não deseja ver. Mas é bom para aqueles que gostam de ver eficiência. A Liga dos Campeões, no sábado, foi o melhor exemplo. O Real Madrid fez um jogo de persistência, sem se preocupar tanto com a arte e no momento certo deu o golpe de misericórdia. Pegou o Atlético de Madrid nos instantes finais sem forças, liquidando quando partiu para o tudo ou nada. Muitos argumentam que alcançou o empate em cima da hora. Mas não esqueçam jamais de que o Futebol vai até o apito final do árbitro e nos instantes finais, quando as energias são ainda mais exploradas, se dá a definição da maioria dos jogos. Na prorrogação foi perfeito. Título merecido do Real.

Brasileiro 

O Cruzeiro soube jogar no contra-ataque e passou com competência pelo Internacional, fazendo 3 a 1, em Caxias do Sul. Agradou. Mostrou poder de reação e também futebol, como no segundo gol. Não foi obra do acaso. Foi graças ao trabalho e, acima de tudo, capacidade dos jogadores que participaram do lance. Quando se alcança um gol como aquele, com a bola sendo muito bem preparada para a conclusão final, todo time ganha maior confiança. Já são cinco vitórias em sete jogos, aproveitamento de quem vai decidir mais uma vez o título. Na mídia nacional é visto como candidato forte, ao lado do Fluminense e do Internacional. Em segundo plano aparecem Grêmio, Corinthians e São Paulo.

O Atlético, em Ipatinga, deixou a desejar e apenas empatou por 0 a 0, com o Criciúma, perdendo dois pontos importantes como mandante. Pontos positivos, se existem, apenas o fato de ter sido o quarto resultado sem derrota (três vitórias e um empate), depois de uma fase ruim. Para completar, as experiências com jovens, como Marion, que só vão atingir um nível ideal com uma sequência. Já o lateral Alex Silva não está sabendo aproveitar. Tanto que a torcida está com saudade de Marcos Rocha. Vejam bem: pedindo Marcos Rocha. Emerson Conceição também não agrada.  Um time que deseja chegar entre os primeiros não pode ficar na dependência da bola parada. Tem de ter outras alternativas  e no momento elas estão limitadas.

O Coelho segue sua trilha de eficiência, como líder da Série B. Foi bom o empate por 0 a 0 com o Santa Cruz, o sétimo dos pernambucanos, que ainda não venceram, mas também não perderam. Incrível.





sexta-feira, 23 de maio de 2014

Brasileirão - O bom início de Minas

         
Réver é o maior artilheiro zagueiro do Atlético, com 22 gols


A vitória do Atlético por 3 a 2 sobre o Vitória, em Feira de Santana, fechando a sexta rodada do Campeonato Brasileiro, veio confirmar o bom início dos representantes de Minas na competição. O Cruzeiro alcançou a quarta vitória (2 a 0 sobre o Sport) e aparece na ponta. Já o Atlético depois de um começo assustador, com duas derrotas, recuperou no comando de Levir Culpi e mesmo sem as peças principais, chega a terceira vitória consecutiva, sendo as duas últimas como visitante. Caso consiga o mesmo aproveitamento como mandante, com certeza, vai figurar entre os primeiros.

Fica claro, apesar de estarmos ainda no começo do Brasileiro, que Cruzeiro e Atlético têm amplas possibilidades na luta pela ponta. Jamais posições intermediárias. Muito menos, na parte de baixo da tabela. São sete vitórias de Minas, enquanto o futebol paranaense tem apenas uma, com o Atlético-PR. O todo poderoso futebol paulista, com quatro representantes, nove. E o carioca, com três times, são seis, destaque para o Fluminense, com quatro resultados positivos.  Repetindo é apenas o começo, o que escrevi em outras postagens. A previsão é que depois do Mundial teremos as reais definições, mas é importante ir somando pontos.


O Atlético foi objetivo, especialmente na primeira etapa, contra o Vitória, aproveitando as bolas pelo alto para fazer os gols. É o que faz a diferença hoje no futebol, diante do equilíbrio técnico das equipes. Depois de fazer o terceiro gol, diminui o ritmo e o Vitória aproveitou para fazer seus gols. Não houve um destaque individual. Foi um time coeso, jogando pelo resultado, sem impressionar.  Não se pode exigir mais. Afinal, as estrelas estão sendo preparadas e quando o técnico tiver à disposição todo o grupo então é que saberemos se este Galo vai brigar na parte alta do poleiro. Veja o que falou o capitão Réver: “Mostramos que podemos lutar pelo título ou uma das vagas para a Libertadores”.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Campeonato Brasileiro – Os números não enganam



Futebol, para ser campeão brasileiro, nenhum time ainda jogou. Os especialistas, inclusive, apontam que apenas depois do Mundial, décima rodada em diante, é que será possível antecipar o que acontecerá em termos de disputa do título. Mas mesmo não sendo matemático, os meus números jamais falharam para quem faz a projeção de vitórias para ser o campeão. Quem soma mais de 21 em 38 jogos disputados está na briga pelo título e as três primeiras equipes (Cruzeiro, Grêmio e Fluminense), com quatro vitórias cada, com certeza já deram o primeiro passo para que possam chegar à reta final em plenas condições para comemorar. Ainda disputarão 32 jogos e caso obtenham aproveitamento de 53% neles, chegarão aos 21 resultados positivos.  Neste caso não podem ser descartados da disputa pelo primeiro lugar.

O Cruzeiro depois da vitória por 2 a 0 sobre o Sport, se fortaleceu na caminhada pelo bicampeonato, apesar de ter ainda seus momentos de insegurança, naturais depois da eliminação na Copa Libertadores, porque foi muito irregular e, ainda, pelo fato de em 2014 ainda não ter abrilhantado o torcedor com um futebol para encantar ou pelo menos a regularidade. Tentou inicialmente jogar com muita movimentação e jogadores mais técnicos na frente (Júlio Batispta, Ricardo Goulart, William, Éverton Ribeiro e Dagoberto), sem um fixo. Os resultados não foram os esperados, porque não houve a tão necessária velocidade nas jogadas para se chegar ao gol. Apenas nos 5 a 1 sobre o Universidad de Chile, pela Libertadores, é que podemos dizer que na frente o Cruzeiro foi nota dez. Agora Marcelo Oliveira tenta jogar com um fixo na área. Naturalmente há mais bolas cruzadas, passes longos e não se vê tanto entrosamento. Também pela dificuldade que Éverton Ribeiro tem encontrado para jogar.

Tem de ser esta a nova fórmula celeste de jogar (acreditava que com Borges, mas o técnico optou por Moreno), porque a anterior, que foi sucesso em 2013, já está mais do que manjada pelos adversários. Importante também ter a sua válvula de escape. Caso não dê certo com Moreno ou Borges fixos, o time pode jogar a moda antiga, que não é tão antiga assim, e chegar aos objetivos. É necessário ter suas armas e o Cruzeiro as têm. O detalhe é o aproveitamento 100% das características de cada um dentro de um esquema tático. Não pode é apresentar um futebol perdido. Se o torcedor da arquibancada percebe que não está funcionando, imagine quem está dentro de campo, especialmente seu adversário. Vai para cima mesmo, como o Sport fez na primeira etapa.

Rogério Ceni

Declaração do goleiro Rogério Ceni: “O jogador tem de ter grandeza para saber a hora de parar”. Só que esta regra não se aplica para ele. Pior é que anuncia para 2015 iniciar como dirigente do São Paulo.  Se insistiu tanto jogando, naturalmente vai perpetuar como cartola. Um novo Juvenal Juvêncio.







quarta-feira, 21 de maio de 2014

Seleção - Até quando, Parreira?



É importante que a geração que acompanha o Futebol a partir de 2000 saiba que, a exemplo do “Dream Team” de basquete dos Estados Unidos, um show, encantando com conquistas e mudando o patamar do Basquete nos Jogos Olímpicos, o Brasil também teria condições de viver a mesma fase áurea, a partir do título Mundial de 1958, na Suécia. Foi bicampeão em 1962, no Chile, deu vexame em 1966 na Inglaterra, recuperou-se em 1970, no México, depois foram 24 anos sem conquistas; voltou a ganhar em 1994, nos Estados Unidos e em 2002, no Japão. Se não partir para um novo rumo poderá ficar outro longo período sem a alegria da vitória, exclusivamente devido aos nossos erros.

São muitos os culpados. A CBF sempre alvo de críticas, resistiu ao tempo. Tanto que houve várias pressões para que sua sede saísse do Rio de Janeiro, com destino a Brasília e lá se mantém. Os paulistas querem que ela seja em São Paulo. Há também as péssimas escolhas e apadrinhamentos. Uma delas: Carlos Alberto Parreira. Este sim é um dos fenômenos do Futebol. O conheci na Copa do Mundo de 70, no México, como um dos auxiliares da Preparação Física. Agora está sabendo exercer “bem” a sua função de coordenador da Seleção Brasileira, ao parabenizar a CBF pelo prédio construído na Barra daTijuca – foram consumidos R$ 70 milhões – e por elogiar a entidade pela organização da Copa. Recebeu cartão vermelho de um de seus maiores amigos: Rivelino. "Exagerou nos elogios. Não é esta sua função".

É bom que vocês saibam que muitos técnicos não aceitam Parreira. Alguns chegaram a ironizá-lo, dizendo que está tão preocupado com o Futebol e os estudos da bola que nem cabelos brancos ele possui. Já chegou aos 71 anos. Por estas e outras, quando o polêmico Paulo César Caju ao ouvir seu nome teve uma saída clássica: “Vamos seguir em frente. Não dá para falar deste senhor. Ele não aposenta nunca”.  O experiente treinador, rodado como poucos, campeão do mundo, bom de conversa, poliglota, com um monte de Copas nas costas, não precisava mais viver tais situações, como a de assalariado do governo de Minas até recentemente como um dos organizadores do Mundial na capital. 

Saiu duas vezes do Mundial, como técnico, em situações pouco convencionais e que marcaram negativamente sua carreira. Na Espanha, em 1982, no comando do Kuweit, sua primeira aventura como treinador em Copas do Mundo, foi goleado por 4 a 1 pela França na primeira fase, em jogo que praticamente enterrou as chances da Seleção Asiática e teve a inusitada invasão ao gramado de um sheik, que incrivelmente conseguiu anular um gol francês. Em 1998, aí sim a maior humilhação, quando treinava a Arábia Saudita. Foi demitido no meio do Mundial, na França, após a segunda derrota seguida, em uma partida justamente contra a França e que terminou com o placar de 4 a 0. É o único técnico dispensado, em plena competição, na história dos Mundiais.  Tem o meu respeito, mas até quando Parreira?





terça-feira, 20 de maio de 2014

Carlos Simon - Ato de grandeza

 





No programa “A Útima Palavra”, exibido na noite desta segunda-feira (19/5), pela Fox, o ex-árbitro e agora comentarista Carlos Eugênio Simon, num ato de grandeza, disse que o maior erro que cometeu nos quase 20 anos de carreira foi prejudicando o Atlético no jogo pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Botafogo, em 2007, no Maracanã. Ele falou: “Não marquei o pênalti em Tchô (foi derrubado por Alex Bruno dentro da área). Foi o maior erro que cometi em minha carreira”. Depois acrescentou: “Não tirei o título nacional do Atlético porque não era uma final e seria muita pretensão querer ganhar a Copa do Brasil com Tchô e Danilinho”. Alguns atleticanos gostaram. Disseram que realmente foi um ato de grandeza de Simon, mas foram taxativos: não lhe dão perdão. Pior são os outros, José Roberto Wright, o gaúcho Rosa Martins, José de Assis Aragão (quando apitava em Minas era chamado de Aragalo), Romualdo Arpi Filho, Arnaldo César Coelho que não admitem que prejudicaram muitos times que não estão no eixo Rio-São Paulo, especialmente Aragão (final do Brasileirão de 1980, no Maracanã, Flamengo 3 x 2 Atlético) e o Wright, em 1981, quartas de final da Copa Libertadores, no jogo do Serra Dourada, quando terminou a partida com 37 minutos de jogo. Ele expulsou cinco jogadores do Atlético na decisão diante do Flamengo.

Moreno ou Borges. Eis a questão

O que os cruzeirenses mais comentam, no momento, depois da decepção pela eliminação na Copa Libertadores, é a decisão que o técnico Marcelo de Oliveira terá de tomar, já a partir de amanhã, em escolher entre Marcelo Moreno e Borges para comandar o ataque no jogo contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.  Vejo como um privilégio, mesmo ambos não estando no melhor da forma física. Moreno, de 26 anos, demonstra estar mais inteiro, mas não é mais aquele eficiente atacante da última década, que sabia fazer gols e ainda era uma peça importantíssima para impedir que os adversários começassem as jogadas em seu campo. Ele tinha pernas para acompanhar e marcar forte. Os técnicos ficavam encantados com sua disposição e, principalmente, eficiência. Já Borges tem o problema da maior idade (33 anos), o que naturalmente tem reflexos na produção e, ainda, enfrenta constantes contusões. Não marcava desde novembro do ano passado quando o Cruzeiro venceu o Grêmio por 3 a 0, no Mineirão, pelo Brasileiro. O gol diante do Coritiba não o ressuscita, porque ele jamais esteve morto, mas lhe dá muita força para iniciar amanhã novamente como o dono do ataque. O técnico deve fazer a opção por ele, por uma questão simples: nos melhores momentos do Cruzeiro no ano passado  Borges estava presente e terá a chance de readquirir seu ritmo de definidor.

Não há no Futebol brasileiro um clube da Série A que tenha dois centroavantes à disposição para comandar o ataque. É um bom sinal, porque eles também são símbolos de gols e só levam a taça os times que contam com goleadores. Melhor quando se tem duas opções e o técnico sabe aproveitá-las bem.     





segunda-feira, 19 de maio de 2014

Campeonato Brasileiro - Vitórias que fortalecem



Ainda é cedo para se falar em previsões para o Campeonato Brasileiro, especialmente dos times que vão lutar pelo título ou aqueles condenados ao rebaixamento, mas as vitórias de Atlético e Cruzeiro, na última rodada, fortalecem muito o momento atual de ambos. O Cruzeiro vinha de uma tempestade pela desclassificação na Copa Libertadores.  Os torcedores imaginavam a Raposa disputando a finalíssima e de repente veio o naufrágio, com a eliminação pelo San Lorenzo, da Argentina, nas quartas de final. Poucas horas depois, mesmo sem estar jogando o fino da bola, como no ano passado, superou o Coritiba por 3 a 2 e se fez presente. Se perdesse  para o Coxa seria aquele "Deus nos acuda".  As histórias fantásticas de bastidores, algumas fantasiosas, pelo fracasso na Libertadores estariam na boca do povo e nas redes sociais. Por enquanto, estão abafadas e possivelmente jamais vão fluir caso o time siga progredindo. Não pode é parar no tempo. Precisa buscar fórmulas para crescer.

Já o Atlético, depois de vencer o clássico diante do Cruzeiro por 2 a 1,de virada, repetiu a dose contra o Santos, na Arena Pantanal. Só que não quer enxergar que há problemas na relação dos jogadores com o técnico.  Levir Culpi é muito experiente e sabe perfeitamente como se portar e introduzir os seus métodos sem tantos traumas e dar ao time um padrão vitorioso. Está tendo oportunidade, graças ao tempo e a disposição nas preparações, para aproveitar os jogadores que saíram recentemente da base e que apresentam algum potencial. Estes meninos querem jogar e as “impossíveis” vitórias estão chegando, mesmo sem o que podemos chamar as estrelas do Galo. Tudo graças a uma estrutura. Se o Atlético não tivesse um grupo com tantas opções, para muitos ainda fraco pelas alternativas de banco, o técnico estaria hoje num beco sem saída. Mas vai remando o barco, com quem pode contar e quer subir. Seus números começam a mostrar que ele está no caminho certo e como afirmou Roger, hoje comentarista da Sportv, conta com o aval do mandatário Alexandre Kalil. Precisa de mais o que?

Para fechar a rodada, gostei muito de Pato, no primeiro tempo, na vitória do São Paulo sobre o Flamengo por 2 a 0 e, nos 90 minutos, mais ainda de Ganso. Sabe das coisas. O que não nos agrada é ver uma rodada com média inferior a dois gols por partida e, ainda, 84 erros de passes em 90 minutos (Flamengo x São Paulo), quase um por minuto. Isso não é futebol.

Coelho

O América vai subindo, com atuações convincentes e vitórias. Líder absoluto da Série B, tem amanhã diante do Joinville a chance de se manter ainda mais isolado no topo da classificação. Finalmente o Coelho chegou ao patamar desejado por sua torcida. Agora os torcedores terão também de fazer a sua parte comparecendo aos jogos. Não um minguado de gatos pingados.









sexta-feira, 16 de maio de 2014

Seleção Brasileira - Efeito Mundial


Incrível como uma não convocação para a Seleção Brasileira interfere na vida profissional de um atleta, especialmente aqueles que acreditam que têm condições de disputar um Mundial. Mais ainda quando à competição é em seu País. A história mostra que muitos fracassaram depois que foram renegados. Posso dizer de cadeira que Dirceu Lopes, lenda celeste, depois que foi barrado por Zagalo para 1970, no México, jamais foi o mesmo. Vejam também o caso de Ganso. A mídia nacional pediu seu nome para 2010 e Dunga disse não. Façam as reflexões e terão suas conclusões de muitos nomes que até sepultaram a carreira em fase de ascendência e foram para a decadência..



Agora, nossos principais exemplos são Leandro Damião, Hernane (Flamengo), Éverton Ribeiro, Tardelli, Jean (Fluminense), Jadson, Alexandre Pato, Réver, Kaká, Robinho e outros . Depois que as portas foram fechadas, não foram mais os mesmos.Tornaram-se irreconhecíveis, mesmo com muito potencial técnico. Há ainda aqueles como Luiz Fabiano, Lúcio e Júlio Batispta que retornaram ao País na esperança de novamente uma convocação. Sem falar no nome que mais acompanhou nossa mídia nos últimos anos: Ronaldinho Gaúcho. Deu os primeiros passos no Flamengo para voltar a ser majestade dentro de campo, no final fracassou, recuperou-se no Atlético e depois caminhou ladeira abaixo. É assim o Futebol. Uma carga muito forte emocional para os imortais. Têm de ter muita estrutura para superar estes duros encontros com o destino.

Libertadores

Aconteceu o que não estava na previsão dos torcedores. Nenhum brasileiro nas semifinais, apenas um argentino e o Bolívar pela primeira vez em sua história chegando a esta fase da competição. Fato histórico e que fortalece os bolivianos, apesar do Futebol fraco e o seu principal homem gol ser a altitude de La Paz. Teremos San Lorenzo x Bolívar e Defensor x Nacional. Impossível prever quem vai passar.

Visão carioca

Um atleticano, residente no Rio, encontrou ontem com um torcedor do Fluminense e este fez as seguintes análises: “Eles (cruzeirenses) estão reclamando do azar nos lances perdidos? E a sorte que tiveram no ano passado de não ter nenhum carioca ou paulista brigando pelo título, e o monte de gols que fizeram no finalzinho dos jogos, tanto do Brasileiro, quanto da Libertadores este ano?. Que azar que vocês (atleticanos) deram domingo hein? Se o Galo perde vocês ficariam livres do técnico antes da Copa”. Importante vocês observarem como pensam os torcedores fora de Minas. Alias, não é apenas um. Ele tem poderes em um dos grandes clubes do futebol carioca. Contrata e manda embora quando necessário.