Atlético-PR, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Atlético e ontem o Cruzeiro retrataram os piores momentos do Futebol brasileiro na história da Copa Libertadores. Não conseguiram levar nenhum representante do País para as semifinais, como em 1991, quando Flamengo e Corinthians, nossos dois representantes ficaram no meio do caminho, ambos eliminados pelo Boca Juniors, nas oitavas e quartas de final. O Flamengo foi o último a cair. Agora é o reflexo da realidade do nosso Futebol. Claro que haverá os questionamentos. Afinal, apenas três dos jogadores que estarão no Mundial participaram da competição: Victor e Jô, do Atlético; e Jefferson, do Botafogo. Já o Fluminense de Fred não conseguiu a classificação. Mas os que estarão em campo com a camisa brasileira, não estão muito acima tecnicamente. Exceto, Neymar e Thiago Silva. Os demais podemos afirmar apresentam uma maior experiência, a rodagem que é tão necessária no Futebol. Mas a bola é curta para que possamos sonhar.
O último vexame brasileiro, melhor chamarmos de decepção, foi o Cruzeiro, que não conseguiu passar pelo San Lorenzo, da Argentina, perdendo por 1 a 0, em Buenos Aires e empatando por 1 a 1, no Mineirão. Aqui, mesmo o Cruzeiro criando as maiores chances, foi um jogo igual. Os argentinos poderiam liquidar o jogo na primeira etapa, em dois contra-ataques fulminantes. Na segunda etapa, também desperdiçaram outra chance. A questão é que o Cruzeiro perdeu aquele ímpeto de seus grandes momentos. Não tem mais aquela velocidade para fazer a diferença. Seus jogadores não são mais decisivos. Faltam as pernas. O técnico Marcelo Oliveira destacou que o time não teve competência, mas a experiência nos ensina, que apesar de acreditarmos que é possível reverter alguns resultados, tudo está favorável para aquele que tem melhor trabalho e um retrospecto de chegada. Já o Cruzeiro deu sinais várias vezes de que esta Libertadores não era a sua praia.
No duelo diante dos argentinos, no primeiro jogo, ficou claro que os celestes foram buscar um empate, jogando muito atrás. Mas o que marcou realmente aquela atuação foi à apatia. Se o Cruzeiro fosse mais aplicado, com certeza, teria voltado com outro resultado. Já ontem, depois de alguns dias de mistérios, a formação foi anunciada com mudanças, que apontam a insegurança. Se chegou até aquele momento com um time que apresentava altos e baixos, mas que seguia em frente, por que então mudar? Entendo que teria de ser uma alteração para fazer a diferença. Um jogador diferenciado que estivesse contundido e finalmente estaria pronto para jogar. Mas nada, foi o famoso seis por meia dúzia. A torcida queria Moreno, mas ele não é mais o definidor de 2008. Gosto de Júlio Baptista. Sempre digo que é o melhor jogador do Cruzeiro, mas seu futebol não permite que enfrente uma carga tão pesada, a sequência de jogos. Fica sem força. Só os desejos não resolvem.
O Cruzeiro ainda optou por ficar sem Ricardo Goulart. Não é um jogador que podemos chamar de craque, mas é muito mais importante que muitos craques, por sua aplicação. Fez muita falta, porque exerce múltiplas funções e a equipe celeste fez um futebol que podemos resumir da seguinte forma: cada um na sua, não mais do que isso. Não houve superação e a partir do momento em que a bola rolou estava claro a insegurança: será que vai dar ? Quem já esteve lá dentro de campo sabe perfeitamente o resultado final: o objetivo jamais será alcançado. Triste história para o Futebol brasileiro, especialmente para Minas, que tinha dois representantes para a reta final e poderia construir o nosso momento mágico na 55ª edição da Libertadores. Fica para 2015. Agora é lutar pelas vagas da Copa do Brasil e do Brasileiro. Na atual conjuntura, interrogação. Em uma das primeiras postagens este ano, antecipava: não esperem que 2014 seja como o ano que passou.
O San Lorenzo foi bem superior..........mas sou CRUZEIRO!
ResponderExcluirA torcida celeste não ficou tão decepcionada. Tanto que aplaudiu os jogadores depois da partida. Apenas a tristeza pela desclassificação, porque se o time jogasse, com certeza, teria feito o resultado para seguir em frente. Abraços, Melane
ResponderExcluirOntem no campo deu para perceber certos fatores que na tela ficamos restritos. A superioridade dos técnicos estrangeiros em relação aos brasileiros. Todos mostraram que nao é necessários elencos grandiosos para realizar um grande trabalho. É necessário uma profunda análise dos nossos técnicos, eles não conseguem fazer o óbvio, são facilmente envolvidos por táticas simples. É necessária uma reciclagem dos nossos distribuidores de coletes. O Marcelo caiu em seu próprio erro, que por sinal foi o mesmo do ano passado. Jogou pelo regulamento e o quis levar ate as ultimas consequências. Acho que no Mineirão era imbatível e que conhecia seus jogadores. Mero engano. Dede, Nilton, Egídio, Willian e JB mostraram o que não se pode fazer na Libertadores. Foram apáticos. Everton e seu malabarismo não convence mais. Goulart não é mais o mesmo. Dagoberto esta resumido ao seu físico. Algumas peças se destacam como a garra do Moreno, a dedicação de Henrique, a doação do Ceará e o verdadeiro mito Bruno Rodrigo. Não faltou raça, faltou futebol. Somos enganados, é vendido ao torcedor que Libertadores é raça, não futebol , é técnica e principalmente estudo. Somos um país a parte da América. Não conhecemos nossos adversários e muito menos os jogadores. Temos medo do intercambio com outros treinadores. Temos medo de sair de um sonho, do melhor futebol do mundo. Mero sonho, que acordamos no empate do Mineirão. Agora é juntar o que sobrou e voltar ao nosso mundinho, do famoso melhor futebol do mundo. Pena que iremos demorar um pouco mais a sair dele.
ResponderExcluirÉ Frederico,
ResponderExcluirSeu coração está ferido.Observei em suas analises, incluindo as outras, que sempre mostrou pessimismo, não só em relação ao Cruzeiro. Não tem como dizer que vc acertou em cheio, mas esteja certo de que, apesar de tudo que vc analisou, podemos chegar na cabeça do Brasileiro. Não temos mais o melhor futebol do mundo, mas vencer novamente um brasileiro não será nada ruim para o futebol mineiro e as chances existem, porque os outros não são lá estas coisas. Mas estão dizendo apenas depois do Mundial é que teremos a realidade da competição. Grato por estar sempre presente em seus comentários que só fortalecem e dão credibilidade ao blog. Obrigado, Melane
Frederico,
ResponderExcluirPara encerrar. Estou vendo aqui agora o Bolívar. Que festa em La Paz. Clima realmente de Libertadores que nós não temos. Agora, quanto ao Marcelo que vc considera o maior culpado não vejo da mesma forma. Claro que foi engolido, mas diante de um técnico experiente e que já conquistou aLibertadores. O Marcelo está chegando e eu acredito que ele será um dos grandes do futebol brasileiro por dois motivos simples: é objetivo e tem humildade em todas as suas ações. Sempre haverá espaços para técnicos como ele. Torci para que ele desse ao Cruzeiro este título da Libertadores. Todos os domingos encontramos pela manhã na igreja (Belvedere) e sei o quanto sonhou para levar o Cruzeiro a outra final. Mas como falei: ele e o Cruzeiro foram engolidos. O resultado escapou foi na Argentina. Cheguei a falar para algumas pessoas que tinha certeza de que o San Lorenzo faria gol aqui. Só não esperava que fosse de saída, o que quebra emocionalmente qualquer equipe. Mais uma vez, muito grato.Melane