A Copa Libertadores mais uma vez surpreende com dois resultados que colocam os visitantes bem perto das semifinais: o Bolivar, da Bolívia, com o empate alcançado por 1 a 1, diante do Lanus, na Argentina e o Defensor ao fazer 2 a 0 no Atlético Nacional, em Medellin. Se o Atlético-MG não teve capacidade para alcançar pelo menos um empate (perdeu lá por 1 a 0), os uruguaios, com um futebol baseado na aplicação, já que não contam com nenhum jogador diferenciado, conseguiram o melhor resultado das quartas de final. A cada jogo, a competição nos ensina que tem uma característica muito própria: vence quem está determinado, independente da qualidade técnica. É o espírito Libertadores, que nos outros países sul-americanos é muito forte.
Quando o Cruzeiro disputou, em 1975, a Copa Libertadores, enfrentando o Rosário Central e o Independiente, ambos argentinos, lembro que os adversários partiam para as disputas com uma ganância que eu não tinha visto ainda no futebol. Depois alguns jogadores brasileiros confirmaram que os adversários jogavam dopados (não havia exames de doping) e, por este motivo, argentinos e uruguaios dominaram por longos anos a competição. Os brasileiros só quando tinham grandes times. O melhor exemplo foi o Santos de Pelé, que deu show e foi bicampeão na época. Na arquibancada também havia uma sintonia dos torcedores com as equipes portenhas que encantava, com o seguinte refrão: “Esta Taça se mira mas não se toca”. Contagiava.
Notas
- O grego Themistoklis Lampropoulos, que trabalhou em 2004 como interprete da Seleção da Grécia na campanha vitoriosa na Eurocopa, chega a Belo Horizonte no próximo dia 31, e se coloca a disposição para trabalhar como tradutor. Domina quatro línguas: alemão, grego, inglês e italiano. Conhece um pouco também de português.
- O narrador Galvão Bueno, que há mais de dez anos anuncia a sua aposentadoria – quando mudou para Mônaco já antecipava a sua despedida da TV – renovou por mais cinco anos seu contrato com a Globo. Até 2019 vai continuar sendo o número 1 da emissora.
O Defensor mostrou tudo o que os times brasileiros não apresentaram nesta Libertadores. Em especial os times de Minas. Organização, disciplina, conhecimento e técnica. Se posso vencer para que sustentar um placar que não me garante nada, pelo contrario, coloco em risco a competição. O Defensor demostrou que jogar pelo resultado é jogar para vencer. Infelizmente o nosso futebol caminha para o medo. Tirando assim a vontade de vencer. Enquanto na europa os técnicos argentinos e chilenos conquistam espaço, os brasileiros são esquecidos pelo pouco conhecimento e técnicas ultrapassadas.
ResponderExcluirFrederico,
ResponderExcluirO Defensor é um bom time. Mas seu destaque fica para a disciplina. Nossos técnicos estão realmente superados. Outro dia Roque Júnior deu uma sabia entrevista e fez uma declaração que mostra a realidade do conhecimento de nossos comandantes: "Só joguei por intuição. Aprendi o que é jogo coletivo na Europa".