No programa “A Útima Palavra”, exibido na noite desta segunda-feira (19/5), pela Fox, o ex-árbitro e agora comentarista Carlos Eugênio Simon, num ato de grandeza, disse que o maior erro que cometeu nos quase 20 anos de carreira foi prejudicando o Atlético no jogo pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Botafogo, em 2007, no Maracanã. Ele falou: “Não marquei o pênalti em Tchô (foi derrubado por Alex Bruno dentro da área). Foi o maior erro que cometi em minha carreira”. Depois acrescentou: “Não tirei o título nacional do Atlético porque não era uma final e seria muita pretensão querer ganhar a Copa do Brasil com Tchô e Danilinho”. Alguns atleticanos gostaram. Disseram que realmente foi um ato de grandeza de Simon, mas foram taxativos: não lhe dão perdão. Pior são os outros, José Roberto Wright, o gaúcho Rosa Martins, José de Assis Aragão (quando apitava em Minas era chamado de Aragalo), Romualdo Arpi Filho, Arnaldo César Coelho que não admitem que prejudicaram muitos times que não estão no eixo Rio-São Paulo, especialmente Aragão (final do Brasileirão de 1980, no Maracanã, Flamengo 3 x 2 Atlético) e o Wright, em 1981, quartas de final da Copa Libertadores, no jogo do Serra Dourada, quando terminou a partida com 37 minutos de jogo. Ele expulsou cinco jogadores do Atlético na decisão diante do Flamengo.
Moreno ou Borges. Eis a questão
O que os cruzeirenses mais comentam, no momento, depois da decepção pela eliminação na Copa Libertadores, é a decisão que o técnico Marcelo de Oliveira terá de tomar, já a partir de amanhã, em escolher entre Marcelo Moreno e Borges para comandar o ataque no jogo contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro. Vejo como um privilégio, mesmo ambos não estando no melhor da forma física. Moreno, de 26 anos, demonstra estar mais inteiro, mas não é mais aquele eficiente atacante da última década, que sabia fazer gols e ainda era uma peça importantíssima para impedir que os adversários começassem as jogadas em seu campo. Ele tinha pernas para acompanhar e marcar forte. Os técnicos ficavam encantados com sua disposição e, principalmente, eficiência. Já Borges tem o problema da maior idade (33 anos), o que naturalmente tem reflexos na produção e, ainda, enfrenta constantes contusões. Não marcava desde novembro do ano passado quando o Cruzeiro venceu o Grêmio por 3 a 0, no Mineirão, pelo Brasileiro. O gol diante do Coritiba não o ressuscita, porque ele jamais esteve morto, mas lhe dá muita força para iniciar amanhã novamente como o dono do ataque. O técnico deve fazer a opção por ele, por uma questão simples: nos melhores momentos do Cruzeiro no ano passado Borges estava presente e terá a chance de readquirir seu ritmo de definidor.
Não há no Futebol brasileiro um clube da Série A que tenha dois centroavantes à disposição para comandar o ataque. É um bom sinal, porque eles também são símbolos de gols e só levam a taça os times que contam com goleadores. Melhor quando se tem duas opções e o técnico sabe aproveitá-las bem.
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