Nunca na história dos Mundiais (estamos na 20ª edição), uma Seleção considerada pequena conseguiu eliminar todas as previsões, tornando-se uma ameaça às grandes potencias do Futebol e pode pensar até em terminar entre os primeiros. Não tem ainda o futebol de campeão, mas aparece não como um fantasma. Tem o poder de assustar quem está dentro das quatro linhas, mesmo sem usar um arsenal pesado. Que digam Uruguai e Itália. Seria um novo gigante? O que lhe condena é a história como um pequeno. Esta Costa Rica é algo para um estudo sobre o comportamento dos atletas que pouco ou nada representam no Futebol, mas conseguem derrubar duas de nossas mais poderosas escolas campeãs com as vitórias por 3 a 1 e 1 a 0.
Até então, o mundo da bola vivia com a zebrona de 1950, no Independência, em Belo Horizonte, quando os Estados Unidos derrotaram a Inglaterra por 1 a 0. Claro que houve outros momentos surpreendentes, com derrotas de Seleções tradicionais. Mas, como agora, jamais. A Costa Rica está fazendo uma série. Se derrotar a eliminada Inglaterra, seu último adversário na primeira fase, chegará aos nove pontos, como primeiro absoluto do Grupo e com direito a anunciar para o mundo que tem bola para fazer outras vítimas, independente da cor da camisa. Bom para o Futebol.
Hoje o mais importante não é destacar a queda de mais um gigante, a Inglaterra, que arruma as malas. O destaque é a Costa Rica, com o futebol da América Central (tem quase 5 milhões de habitantes), sem qualquer tradição em termos de equipes e Seleções. Compete com Managua, Panamá, Honduras, Nicaraguá etc, sem uma maior exigência tática e técnica. Até então um verdadeiro saco de pancadas. Difícil evoluir, mas a globalização encarregou de nos proporcionar a maior surpresa de todos os tempos, exatamente no Mundial do Brasil. O futebol dos costarriquenhos é simples, com obediência tática. Depois, marcação. Uma boa condição física e vontade. A maioria dos jogadores atua no exterior, mas nenhum em um time de ponta. Não há um irreverente Balotelli, que muitas vezes canta de Galo e não resolve nada. Muito menos o talento de um Pirlo, referindo-se aos italianos. Ou ainda um Suarez ou Cavani por parte dos uruguaios, mas seu futebol vai atropelando. Foi assim nos dois jogos e como a humanidade é propicia a abraçar e carregar os mais humildes, pelo menos é o que se prega, chegou a hora da Costa Rica.
Mas cai nas Oitavas
ResponderExcluirA beleza do futebol está nestas surpresas. Quem diria que Costa Rica de mero coadjuvante poderia ser protagonista. Mostra mais uma vez que nome e oba oba não vence jogos. Pelo contrario engana e deixa uma falsa expectativa. Mas como jornalista experiente que é Melane deixo uma pergunta: O que é melhor para Copa do Mundo, uma Costa Rica, Chile e Bélgica ou Espanha, Inglaterra e Itália?
ResponderExcluirFrederico para o futebol o melhor são estas surpresas, Afinal, os tradicionais vencedores passam a ser mais exigidos, o que é importante para um Mundial. Pode escrever. Os grandes darão a resposta na hora certa. Apenas uma surpresa pode chegar nas quartas. Não mais do que isso.
ResponderExcluirMelhor. As quartas são o limite para os emergentes. É neste momento que realmente a Copa é Copa. Antes é só mais entusiasmo e acertos.
ResponderExcluir