O último momento de felicidade de Jô no Galo: o gol contra o Zamora
O mundo da bola dá voltas inimagináveis. O atacante Jô, que em
abril do ano passado estava praticamente fora do Atlético, negociado com o Borussia Dortmund.,
da Alemanha – o acerto foi antes do Mundial – vai comandar novamente o ataque atleticano,
depois de muitas idas e vindas. Por três vezes, depois do Mundial, esteve fora
do clube. Importante que vocês saibam que por indisciplinas que se tornaram
públicas. Fora as outras que os dirigentes e comissão técnica colocaram debaixo
do pano. No final do ano, aconteceu a terceira punição, por causa daquela festa
no hotel onde estava a delegação, em Curitiba, levando com ele André e Emerson
Conceição. Ficou dois meses voando por aí, a espera de uma proposta e visivelmente,
pelo que foi mostrado nas redes sociais, muito distante dos compromissos
profissionais. Após as férias recebeu
uma nova oportunidade – tinha de se colocar no mercado para ser negociado – e com
a contusão de Pratto, um estiramento na coxa – Levir Culpi o confirma para a estreia na Copa
Libertadores, quarta-feira, diante do Colo Colo, em Santiago do Chile.
Bola não se discute. Jô tem. Conhece. Tanto que foi uma peça
importantíssima na campanha de 2012 e, mais ainda, em 2013. Também pelo fato da
bola chegar com insistência na área, graças às performances de Ronaldinho
Gaúcho e de Tardelli. O time sabia chegar ao gol. Agora, o atacante perdeu a
confiança. Está em outro mundo. Jamais dentro de campo. Tanto que se tivesse
realmente comprometido, não ficaria quase um ano sem marcar. Seu último gol
(passe de Ronaldinho Gaúcho, nos instantes fiais) foi no dia 10 de abril do ano
passado, na vitória por 1 a 0 sobre o Zamora, estreia na Libertadores, na
Venezuela. E vejam que naquela época já estava quebrando cabeça. Só que a Copa
das Confederações lhe deu o suporte para manter se no Galo e, ainda, disputar o
Mundial de 2014.
O Clube não consegue negociá-lo. Seu histórico fora de campo
inibe os interessados. Mas, no futebol, tudo é possível. Mesmo sem jamais ter
sido um nota dez, pode desencantar no Chile, por ironia do destino, também em
uma estreia na disputa Continental, fazer gols e a luz novamente estar ao seu
lado. Não com a capacidade do brilhar de uma estrela, mas o suficiente para iluminar
o fundo do poço.
Sobre o time, nada acrescentar depois da vitória por 2 a 1
sobre o Democrata-GV. Nos dois primeiros jogos do Mineiro foi mais contundente.
Marcos Rocha, também com estiramento, não vai ao Chile. Jogará Patrick. Estou com
a afirmação de um velho amigo: é bom continuar com Carlos. Pelo menos, mais
produtivo defensivamente e movimenta muito. Quanto aos erros, natural para um
iniciante. Mas não pode levar muito tempo para virar realidade. Há outros
pedindo passagem.
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