A Caldense foi o destaque da primeira rodada
fazendo 6 a 1 no Mamoré
A bola já rola nos Campeonatos Estaduais, a cada
ano mais banalizado. Vale apenas pela rivalidade nos clássicos, já que é uma
disputa muito deficitária financeiramente. Os jogos são usados como preparação
para as disputas nacionais. Na visão dos dirigentes deveria ser Campeonato com
a duração de, no máximo, dois meses. E vejam o que é o futebol. No passado os
estaduais eram as disputas mais importantes no País, com o torcedor falando de
seus clássicos Inter e Grêmio, no Sul do País: Coritiba x Atlético-PR, no
Paraná; Atlético x Cruzeiro, Fla-Flu ou Vasco x Botafogo; Santos x
Corinthians, Palmeiras x São Paulo; o BAVI, na Bahia; Santa Cruz x Sport
ou um deles contra o Náutico, em Pernambuco; Fortaleza x Ceará, Paysandu x Remo,
no Pará, etc. Em resumo, nosso futebol era movido por estes duelos. Em Minas, o
América também marcava presença. Perdeu um pouco de sua luz a partir de
1965, com a chegada do Mineirão, mas já comandou. Não foi decacampeão por
acaso.
Agora, também por culpa dos dirigentes, os Estaduais não empolgam nem os
jogadores. Nas entrevistas eles não comentam a expectativa da disputa e a
possibilidade de mais um título. Os jogadores do interior não buscam mais as
grandes atuações contra os chamados grandes, na esperança de um dia vestir a
camisa de um da Capital. São vistos como meros participantes ou representantes
das equipes tidas como pequenas. No passado, enfrentavam estes jogos como um
vestibular e os aprovados sabiam que em breve estariam nos grandes clubes.
Atualmente, lutam para manter esta vitrine e vivem a expectativa de que algum
empresário esteja vendo os jogos para levá-los para o exterior. No mundo há
lugar para quem tem bola. Até o Brasil está com as portas abertas para os
estrangeiros.
No Rio, a Federação quer os estádios cheios e fixou, com o apoio dos
pequenos, preços populares para os ingressos, o que os grandes clubes
contestam. Eles são prejudicados, devido aos programas dos sócios-torcedor, com
mensalidades muito superiores. O imbróglio está formado para prejudicar ainda
mais o futebol do Rio. No Paraná, os mais tradicionais usam equipes
Sub-23. Por estas e outras, a maioria das equipes contrata jogadores
apenas por quatro meses. De Norte a Sul do País, este é o quadro. O que acrescenta
apenas o negativo.
Para o Campeonato Mineiro espera-se, mais uma vez, a disputa pelo título
envolvendo Cruzeiro, atual campeão, e o Atlético. Do interior, há um respeito
maior pelo Tombense e o Boa Esporte, um pouco a frente dos demais. Os outros
são do mesmo nível e já se prevê uma disputa acirrada contra o rebaixamento. O
América pode ser a grande surpresa, mas há quem não acredite. A tese defendida
é que terminou o ano em alta, manteve o comando técnico e há uma áurea
positiva. Para mim, muito pouco para quem pretende chegar à ponta.
6 a 1 como nao lembrar desse placar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Gabriel
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