domingo, 1 de fevereiro de 2015

Os banalizados estaduais querendo a salvação


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A Caldense foi o destaque da primeira rodada fazendo 6 a 1 no Mamoré 
 

A bola já rola nos Campeonatos Estaduais, a cada ano mais banalizado. Vale apenas pela rivalidade nos clássicos, já que é uma disputa muito deficitária financeiramente. Os jogos são usados como preparação para as disputas nacionais. Na visão dos dirigentes deveria ser Campeonato com a duração de, no máximo, dois meses. E vejam o que é o futebol. No passado os estaduais eram as disputas mais importantes no País, com o torcedor falando de seus clássicos Inter e Grêmio, no Sul do País: Coritiba x Atlético-PR, no Paraná;  Atlético x Cruzeiro, Fla-Flu ou Vasco x Botafogo; Santos x Corinthians, Palmeiras x São Paulo; o BAVI, na Bahia;  Santa Cruz x Sport ou um deles contra o Náutico, em Pernambuco; Fortaleza x Ceará, Paysandu x Remo, no Pará, etc. Em resumo, nosso futebol era movido por estes duelos. Em Minas, o América também marcava presença.  Perdeu um pouco de sua luz a partir de 1965, com a chegada do Mineirão, mas já comandou. Não foi decacampeão por acaso.
Agora, também por culpa dos dirigentes, os Estaduais não empolgam nem os jogadores. Nas entrevistas eles não comentam a expectativa da disputa e a possibilidade de mais um título. Os jogadores do interior não buscam mais as grandes atuações contra os chamados grandes, na esperança de um dia vestir a camisa de um da Capital. São vistos como meros participantes ou representantes das equipes tidas como pequenas. No passado, enfrentavam estes jogos como um vestibular e os aprovados sabiam que em breve estariam nos grandes clubes.  Atualmente, lutam para manter esta vitrine e vivem a expectativa de que algum empresário esteja vendo os jogos para levá-los para o exterior. No mundo há lugar para quem tem bola. Até o Brasil está com as portas abertas para os estrangeiros.

No Rio, a Federação quer os estádios cheios e fixou, com o apoio dos pequenos, preços populares para os ingressos, o que os grandes clubes contestam. Eles são prejudicados, devido aos programas dos sócios-torcedor, com mensalidades muito superiores. O imbróglio está formado para prejudicar ainda mais o futebol do Rio. No Paraná, os mais tradicionais usam equipes Sub-23.  Por estas e outras, a maioria das equipes contrata jogadores apenas por quatro meses. De Norte a Sul do País, este é o quadro. O que acrescenta apenas o negativo.

Para o Campeonato Mineiro espera-se, mais uma vez, a disputa pelo título envolvendo Cruzeiro, atual campeão, e o Atlético. Do interior, há um respeito maior pelo Tombense e o Boa Esporte, um pouco a frente dos demais. Os outros são do mesmo nível e já se prevê uma disputa acirrada contra o rebaixamento. O América pode ser a grande surpresa, mas há quem não acredite. A tese defendida é que terminou o ano em alta, manteve o comando técnico e há uma áurea positiva. Para mim, muito pouco para quem pretende chegar à ponta.    








Um comentário:

  1. 6 a 1 como nao lembrar desse placar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Gabriel

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