sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Barro Preto, o que já foi show




No momento em que se fala muito na possibilidade do Atlético construir o seu estádio no bairro Califórnia, em Belo Horizonte, agora de uma forma mais concreta, é importante que as gerações que acompanham o futebol a partir dos Anos 50, saibam que o estádio JK (Juscelino  Kubitschek de Oliveira), do Barro Preto, pertencente ao Cruzeiro,  foi modelo para o Futebol. Se não nacional, a história aponta para os mineiros.  Até 1950, quando foi inaugurado o Independência, era o principal palco para os espetáculos esportivos no Estado, com capacidade para 15 mil telespectadores.

 São poucas as pessoas testemunhas do Barro Preto daquela época. Uma delas o engenheiro José Francisco Lemos Filho, vice-presidente do Cruzeiro. O estádio ditou os caminhos a partir de 1922, quando um grupo de jovens adquiriu o terreno. Um ano depois era local de jogos oficiais e, em 1945 o clube reconstruiu o velho estadinho e o modernizou.  As arquibancadas de madeira das gerais foram substituídas por 11 degraus de cimento e passou a ter uma extensão de 250 metros. Também as arquibancadas de madeira dos sócios foram substituídas por cimento e a área ampliada. A drenagem do campo passou a ter do centro até suas extremidades um declive de 35 centímetros para garantir o rápido escoamento da água, em dia de chuva. O declive era imperceptível. Foram construídos, debaixo da arquibancada, os quartos para a república dos jogadores. Para os sócios, piscina e as quadras de basquete e de vôlei.

O Estádio também recebeu postes de iluminação para sediar jogos noturnos. Até aquela época, todos os jogos em Minas eram disputados durante o dia. Aos domingos, a partir das 15h30. O projeto das reformas teve um custo de 100 mil cruzeiros, com recursos dos sócios. O presidente era Mário Grosso, que decidiu homenagear o cruzeirense Juscelino, ex-prefeito de Belo Horizonte, depois Governador e Presidente da República, com o nome do estádio. Seu principal assessor, que ficou no clube até a administração de José Greco, foi José Fialho Pacheco. Uma pessoa dinâmica, que mais tarde se tornou jornalista, e que fazia tudo para defender os interesses do Cruzeiro. Tanto que num período proibiu às transmissões das TV dos jogos no local. Como não foi atendido, espalhou lençóis ao redor do estádio, impedindo visibilidade do gramado. Na época não existia os prédios. Venceu a parada.











8 comentários:

  1. Gosto muito de ler o seu Blog, comentários e análises da atualidade esportiva,e, histórias do esporte.. acima de tudo com clareza e sabedoria de quem sabe o que escreve...e sabe tudo...bom demais !

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  2. Concordo parabens melane o melhor blog de esportes do brasil. Henrique

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  3. Não somos os melhores.O importante é que estamos atentando as expectativas dos torcedores e subindo nos acessos. Tenho de agradecer a Deus e também aos amigos que fiz no esporte pelas informações. Também aos patrocinadores. A credibilidade só vai aumentando.

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  4. Sensacional! Ver uma foto dessas, numa arquibancada dos anos 50, com gente saindo pelo ladrão dá pra imaginar o nivel de futebol jogado naquela época.

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  5. Sou suspeito para aumentar o côro. Acompanho o Melane desde o Blog no Estado de Minas. O que mais o destaca dos demais é sua imparcialidade com que trata os assuntos do futebol mineiro, diferente dos blogs de cariocas e paulistas.

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  6. Só não venha candidato nas próximas eleições

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  7. ...to com a galera, esse blog é muito bom! Alex

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  8. Boa Melane!!! Muito bom quando nos brinda com temas do passado.

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