O desmaio de Marquinhos Paraná na Toca, um assunto nacional
O Cruzeiro começou a temporada de 2008 com caras novas dentro e fora de campo. A direção trocou o técnico Dorival Júnior por Adílson Batista, que trouxe três jogadores pouco conhecidos em Minas: o lateral Elvinho, que nem jogou devido às contusões; mais os volantes Henrique, Marquinhos Paraná e, para fechar, Fabrício, este já com alguma história por ter sido jogador do Corinthians. Os quatro foram comandados por Adílson no Jubilo Iwata, do Japão. Ficou uma interrogação. Com estes jogadores, o Cruzeiro estaria realmente se preparando para disputar mais uma Copa Libertadores. Foi eliminado nas oitavas de final pelo Boca Juniors. No dia 8 de janeiro, o volante Marquinhos Paraná finalmente foi apresentado na Toca da Raposa II. Foi um prato cheio para os incrédulos, especialmente para os que estavam desconfiados e queriam motivos para destacar os erros nos investimentos. O jogador treinou, posou com a camisa do Cruzeiro e em seguida sentiu uma tontura, passou mal e desmaiou.
Marquinhos Paraná precisou ser atendido pelo médico Sérgio Freire Júnior na
sala de imprensa. Ele teve uma crise de hipoglicemia por má alimentação,
recebeu o atendimento no local. Explicação do médico: “O jogador sofreu um
mal-estar. Nos últimos dias ele se alimentou mal, como ele falou, além de
passar por viagens prolongadas (vindo do Japão). Então o seu organismo está um
pouco debilitado e ele teve uma crise de hipoglicemia. Passamos para ele uma
alimentação para ganhar um pouquinho mais de açúcar e ele já está bem”.
O assunto tomou conta da mídia nacional. Até o Jornal
Nacional, da Rede Globo, mostrou as imagens do desmaio. Uma chacota para o Cruzeiro. Marquinhos Paraná,
porém, estava muito seguro do acontecido e aproveitou para se preparar ainda
mais e, em seguida, ser um destaque nas quatro temporadas seguintes, como um
exemplo de profissional e uma obediência técnica irretocável. A torcida também
custou a entendê-lo. No começo, como foi improvisado também como lateral e a
preferência do torcedor para a posição era para o veloz Apodi (estava chegando
do Vitória-BH, onde impressionou pela rapidez) foram muitas as vaias. Depois,
sua passagem pelo Cruzeiro, em números, diz tudo o que ele representou. Foram
232 jogos e quatro gols marcados.
Hoje o pernambucano Antônio Marcos da Silva Filho, com 37
anos, vive como aposentado da bola, bem financeiramente, no Recife. Mas o
coração ainda diz que se receber uma boa proposta, vai continuar insistindo.
Carregador de piano
ResponderExcluirFoi muito mais. Graças ao seu profissionalismo se tornou um líder sem gritar. Deixou um exemplo.
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