quarta-feira, 29 de julho de 2015

Galo, cuidado com a língua dos adversários

 No futebol convivemos com duas situações. A primeira, quando uma equipe que não está localizada no eixo Rio-São Paulo e consegue predominar, são, inicialmente ignoradas. Mesmo o Cruzeiro tendo sido bicampão Brasileiro (2013-14), ainda ouvimos que o êxito foi alcançado por acaso. Os mais ousados até dizem: "timinho, ganhou por falta de concorrentes!". Para o Atlético, os recados são ainda piores, especialmente quando os cariocas estão em ação, afirmando que apenas nos Anos 80 o Galo foi grande, graças a Era Reinaldo, Cerezzo, Marcelo Oliveira, Paulo Isidoro, Éder e outros. A segunda situação são dúvidas mesmo diante dos resultados dos últimos anos, como a conquista da Copa Libertadores de 2013. Último brasileiro vencedor na competição continental. Quando o objetivo não é alcançado por eles, uma outra obra da criação humana entra em ação: o discurso auto valorizando nossos times, na expectativa de que eles ficarão no meio do caminho e cairão do Cavalo. O autêntico Cavalo Paraguaio, como neste Campeonato Brasileiro já definimos os times que chegaram a liderança ou se postaram nas primeiras  colocações: Ponte Preta, Atlético-PR e Sport. O alvo no exato momento é o Atlético.
                            
Os técnicos dos adversários fazem questão de exaltar o Galo, dizendo que é o melhor time, que está a frente tecnicamente dos demais etc.  Vanderlei Luxemburgo, Tite, Cristovão, Osório (técnico do São Paulo, que hoje (29-7) enfrenta o Galo no Mineirão) estão a frente destes perigosos “elogios”.  Os torcedores não fazem parte deste esquema, que vou chamar de máquina destrutiva.  Apenas estão atentos quanto a produção do time atleticano, destacando que joga como os outros, sem acrescentar nada de extraordinário para estar na ponta. Se ficarmos atentos às entrevistas ouviremos as farpas jogadas para o Galo escorregar. Recordam de 2012? Lançaram que o time campeão da primeira fase historicamente não leva o título, o que foi desmentido pelo Cruzeiro nos dois últimos anos. Então, mesmo ainda restando quatro rodadas para conclusão da primeira fase, esta história não cola mais. Mas há outra forte, um ditado popular, que ouvimos há décadas: “quem fala muito dá bom dia para cavalo”. Pior é para quem acredita. Leva um tombo e não consegue levantar-se. Cuidado Galo. Hora de continuar jogando e ter humildade.  Momento para sabedoria. Até o apito final do arbitro na última rodada suas respostas terão de ser com a bola.    

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