Hora para o Cruzeiro projetar 2017

Com um preciso chute de fora da área, Wesley garantiu a vitória Tricolor

O torcedor celeste não pode iludir com os comentários otimistas do coração, inclusive de parte da imprensa, de que o Cruzeiro vai terminar 2016 com uma vaga garantida na Copa Libertadores 2017.  Alcançada com o título da Copa do Brasil ou como um dos quatro primeiros do Campeonato Brasileiro.

Pelo que jogou em 2016, impossível acreditar em uma destas hipóteses, nem depois dos 5 a 2 sobre o Botafogo pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O time viveu a temporada de bons momentos nos jogos. Apenas isso. Também temos de destacar que os outros não encantaram (baixa qualidade das equipes), mas quem está na ponta mostrou um pouco mais. Vejam os exemplos do Flamengo: compromissado. Pegador. E do Palmeiras, o líder. Joga pelo gol, com um diferencial: Gabriel Jesus. O torcedor celeste pode questionar que tem Ábila. Mas ele é pouco para voos mais altos. Outros vão dizer: “Mas e o Mano Menezes?”. A resposta que tenho: ele não tem capacidade de fazer milagres. O Cruzeiro está se estruturando devido os erros cometidos em 2016. Não é fácil.

Ontem (15-09), vivendo alguns dos bons momentos na partida, como ao longo da temporada, como destaquei (perdeu a 12ª no Brasileiro, em 25 disputas), para o São Paulo por 1 a 0, no Morumbi. Estava sem seus dois melhores jogadores (Arrascaeta e Ábila), mas o São Paulo levou o jogo ao seu jeito para não ter muita dor de cabeça. Foi o que fez todos os vitoriosos diante do Cruzeiro em 2016.

A sorte celeste é que domingo tem clássico contra o Galo. Se vencer, naturalmente voltam os momentos de paz e de acreditar em coisas melhores e não em sofrimento. Perdedor, a dor vai aumentar, porque a zona de rebaixamento mandou outro aviso: um ponto apenas o separa do 17º colocado. Exceto na sequencia de seis jogos sem perder, contra equipes inferiores, a temporada foi sempre assim. É bom projetar 2017, como outros grandes estão fazendo.