terça-feira, 10 de março de 2015

Acreditem: nem os 7 a 1 serviram para mostrar que tudo está errado


Nunca na história um país sede de um Campeonato Mundial de Futebol, mesmo aqueles sem grandes tradições, foi tão humilhado como nos 7 a 1 diante da Alemanha. Fato inédito. Para um país cinco vezes campeão do mundo, pior ainda. Tão avalastador que não será possível repetir em um Século. Nem por isso podemos observar que depois de nove meses houve uma política capaz de determinar uma nova postura para o nosso Futebol.  Não é preciso ser tudo bonito no papel. Apenas ações. Hoje até a nossa categoria de base está englobada neste processo de inoperância. Os resultados recentes mostram um País como iniciante. Na noite de ontem (9/3), no Campeonato Sul-Americano sub-17, que está sendo disputado no Chile, o Brasil perdeu por 3 a 2 para a Venezuela. Isso mesmo, para a Venezuela, de virada. Uma vergonha. Antes, havíamos vencido a Colômbia por 3 a 2 e empatado por 2 a 2, com o Paraguai. Aqueles que nós  humilhávamos, agora nos pregam cada peça. No Sul-americano sub-20 não foi diferente. Vencemos Peru (5 a 0), Paraguai (2 a 0), empatamos com o Uruguai (0 a 0) e fomos derrotados pela Argentina (2 a 0) e pela Colômbia (3 a 0). O Brasil terminou em quarto, atrás, pela ordem, da Argentina, Colômbia e Uruguai. O técnico Alexandre Gallo  há mais de um ano estava era sonhando com o lugar de Felipão. Deu no que deu. Por pouco, não foi dispensado. Sua Comissão Técnica mudou. Sobrou apenas ele, mas se ouve que seus dias estão contados.



Há explicações para tantos maus resultados. Vivemos na base um jogo de interesses. Claro que somos um País continental e fica praticamente impossível implantar um programa para ser seguido por todos os quase 30 mil clubes do Brasil. Deveríamos ter uma gestão pelo menos com  diretrizes, o que não existe, porque um empresário determina quem será o técnico, quem será aprovado nos testes e quem vai jogar. Não se trabalha na formação das jovens promessas. Tudo é feito pelos resultados. Os empresários do Futebol são tão poderosos que a partir de agora, clubes formadores como o América-MG decidiram investir nos garotos a partir dos 14 anos e não mais com 11. Por uma razão simples: se investem a partir dos 11, quando o jogador atinge 15 anos e tem potencialidade, um empresário garante seus direitos e o clube perde o investimento feito ao  longo deste período. Agora, com a nova política, aos 18 anos, caso o clube tenha realmente nas mãos um jogador para crescer e até já sendo aproveitado entre os profissionais, estão com contratos assinados, impedindo que os clubes sejam lesados. Há muito mais. A cada dia se ouve uma história que assusta.

Por este motivo, o Brasil está batendo palmas para os adversários na Libertadores, exceção para o Corinthians (no ano passado também foi assim), nossos estádios estão vazios, alguns clubes falidos e, mesmo assim, sendo explorados pelos dirigentes e quem é dono do osso não quer largá-lo, mesmo  os clubes desportivos, incluindo os de profissionais como os de Futebol são considerados para os fins tributários como entidades sem fins lucrativos.



Nos outros esportes, não é diferente. Há os casos de corrupção para aqueles que estão melhores estruturados, com bons patrocínios e o dinheiro rolando, como no Futsal, Vôlei, Tênis, Taekwondo etc – e mesmo as vésperas de uma  Olimpíada um clube tradicional como um Minas TC e outros, ainda não foram procurados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para se saber a estrutura que eles apresentam e têm a oferecer. E de que forma estão sendo preparados os atletas. Tudo apenas verbalmente. Vocês  já  podem prever os resultados. Não será muito diferente do que está acontecendo com nossas Seleções de Futebol de base e do inesquecível 7 a 1.   


2 comentários:

  1. Quase tudo. As namoradas dos caras são gostosas.

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  2. ….aceita que dói menos…por falas iguais a essa do Wagner é que nós atleticanos não consideramos como “torcida”os simpatias azuis….como pode 1000 calarem 35000?…o “amor incondicional” de uma torcida não vem de uma hora pra outra, ele passa por sofrimentos, por batalhas épicas, por lutas memoráveis e por uma determinação em nunca desistir e dizer “EU ACREDITO”….por isso meus caros amigos cruzeirenses, vcs que só torcem na boa , qdo tudo está bem , não sabe o que é ser torcedor no mais profundo significado dessa palavra….não torcemos por títulos, carregamos um time nas costas e por muitas vezes o nosso time não foi merecedor da nossa torcida….mas , finalmente “o GIGANTE”acordou e voltou a ser protagonista como sempre foi….eu sei que a verdade dói, mas o Wagner pra mim não disse nada de mais, normal…Alex

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