sexta-feira, 6 de março de 2015

Raposa x Galo. O que vale neste clássico?

Judivan e Dodô têm chances de se afirmarem ainda mais no clássico do próximo domingo (8/3)

Inicialmente é um clássico que pouco representa em termos de disputa direta pelo título mineiro de 2015, mas tem sua tradição e sua história. Ninguém gosta de perder. O torcedor diz que ele é o que mais sente, mas dentro dos Clubes sabemos perfeitamente o que representa uma derrota, mesmo no começo de temporada. Para o vencedor, a alegria. Para o perdedor, muitas vezes, consequências drásticas. O jogador nem quer saber. Entra para vencer, principalmente aqueles que viveram desde a infância as rivalidades dos grandes times. Não importa onde. Em qualquer parte do mundo, os desafios envolvendo os principais clubes dos grandes centros são empolgantes. Mexem diretamente com a cidade. E Belo Horizonte se prepara para mais um Cruzeiro x Atlético, domingo (8/3), pela sexta rodada do Campeonato Mineiro (primeira fase). Quem vencer pode conseguir uma boa vantagem para a disputa a partir das semifinais, especialmente se for o Cruzeiro, que já tem um ponto a frente do seu principal rival na classificação. Em princípio, este desejo pela vantagem é o que move este clássico. Mas há muitos outros ingredientes. 

O vencedor naturalmente vai se habilitar para seguir em frente com maior segurança para a Copa Libertadores, especialmente o Atlético, que já na quarta-feira (11/3) enfrentará o Santa Fé, em Bogotá, na Colômbia e sabe que se perder ficará praticamente fora da disputa das oitavas de final. Será uma humilhação para um Clube que há dois anos disputava o título e teve de fazer muito esforço para conseguir esta vaga, com a conquista da Copa do Brasil. Já o Cruzeiro terá maior tempo de preparação até enfrentar o Mineros, na Venezuela, no dia 19. O empate por 0 a 0 contra o Huracán só trouxe insegurança em função do time não ter tido a capacidade para fazer os gols. Marcelo Oliveira terá tempo para acertar a pontaria. Esta é uma de suas especialidades. Também preparar outras opções. No tempo de Éverton e Ricardo Goulart jogava forte pelas laterais, com Goulart fechando, mas também havia jogadas pela esquerda (agora mais pela direita), com Egídio. E quando estava jogando contra equipes que visivelmente jogam para empatar, como o Huracán, é decisivo ter estas variantes. Uma hora a casa cai. Só que a Raposa não teve esta felicidade.


Agora, é um clássico para os jovens que estão chegando e buscam afirmação, como Jemerson do Atlético, a cada dia mais produtivo, apesar de não ter sido nota dez nos dois jogos da Libertadores (contra o Atlas, sentiu a saída de Leonardo Silva logo no começo)  e, ainda, Carlos e Dodô. Isto por parte do Galo. Quem deseja crescer, não existe uma melhor oportunidade. Pelo lado celeste, podemos destacar Mayke, que é uma válvula de escape pela direita, normalmente o mais acionado e quando seus cruzamentos acertam são decisivos; Alisson, que finalmente parece estar 100% e sempre se deu bem nos clássicos, desde a base e, ainda, Judivan. Este ficará no banco, mas carrega no sangue um desejo forte. O de se transformar em um dos grandes atacantes do Futebol brasileiro. Qualidades ele tem. As chances estão chegando e ele não está deixando a pegada cair. Pode ser este, da nova safra de atacantes mineiros, o que tem maiores chances para ser um diferenciado. O porte físico lhe ajuda muito. Dodô é outro que tem muitos requisitos para chegar muito longe. Só que não tem a força de Judivan. Um é mais talento. O outro, decisivo.



2 comentários:

  1. Acredito que este clássico será muito truncado. Será jogo duro, sem grandes emoções, onde temos de ambos os lados jogadores que conduzem a bola. Nenhum jogador criativo, que crie jogadas, pense no meio de campo. Será um perde ganha danado. O que preocupa muito para os próximos compromissos da Libertadores. O classico deve ser de poucas emoções.

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  2. Frederico,
    Realmente falta o criador

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