O show está bem distante

Cada ser humano vê os fatos e os analisa a sua maneira. Não há uma uniformidade nas conclusões. Não fico feliz em destacar com insistência, o que faz com eficiência os adversários da bola. Nem batermos sempre na mesma tecla de que o nosso Futebol está abandonado pela qualidade. Realmente é incômodo, especialmente quando sentimos que é possível buscar uma evolução e mais rápido do que os outros possam imaginar. É necessário o trabalho com seriedade. Mas a qualidade do Futebol brasileiro assusta, especialmente quando num dia temos a oportunidade de acompanhar alguns jogos pela Champions League e, em seguida, dos campeonatos estaduais e nacionais ou da Copa Libertadores. O europeu preenche todas as nossas expectativas. É prazeroso ver os espetáculos. O jogo Chelsea 2 x 2 PSG foi um show. O que mais me chama a atenção, além da qualidade dos jogadores, é o fato dos poucos erros na troca de passes. Ambas as equipes começam as jogadas e a bola é perdida apenas próximo à área do adversário, quando este se fecha mais  para o combate. Ou ainda nas finalizações. No alvo ou próximo. São poucas as bolas sem destino.  Em resumo: é jogo de Futebol. Pena que custa caro ir lá ver estes jogos. E sabemos que no passado, estava aos nossos alcances, nos campos de todo o País. Aqui é que era o show.

Agora somos os responsáveis por erros primários. De fundamentos e como outro dia destacou o ex-zagueiro  Roque Junior, que agora tenta ser técnico: estamos jogando ainda por intuição. O acaso é que resolve. Praticamente todas as equipes, mesmo aquelas mais preparadas, perdem as bolas no meio de campo. Uma falha que não deveria ser repetida com constância. Mostra a deficiência. Se o objetivo do jogo é chegar ao gol, quando a bola fica no meio, podemos concluir que está tudo errado. Os gols acontecem nas tais bolas paradas, justiça seja feita, também estão presentes na Europa; ou em cima de erros primários. O último clássico Cruzeiro 1 x 1 Atlético foi gritante. No gol do Galo, erro de Fábio. Ele, porém, tem muito crédito pelos acertos ao longo e sua carreira. No lance lhe faltou concentração para devolver a bola e acabou chutando nas costas de Patrick. Já no gol do Cruzeiro, Edcarlos perdeu uma bola simples, próximo a área e ela foi para a lateral. Em seguida, outro erro e o lateral cobrado rápido para Joel, este tocou para Marquinhos, que encontrou Leandro Damião. Veio o gol. Portanto, o gol celeste tendo como origem os erros do Galo. É sempre assim. Em todos os jogos, só de passes são 60 bolas perdidas. Coitado do torcedor. Também dos críticos. Enquanto isso, os jogadores querem milhões e ficam se enfeitando para jogar. Ajeitam os cabelos e agora estão cheios de fintinhas no braço, como se aquilo seja uma garantia de que a produção será superior.

Parabéns, Marcelo Oliveira pelos 150

Na goleada por 4 a 0 sobre o Villa Nova, em Sete lagoas, Marcelo Oliveira completou 150 jogos no comando celeste. Uma marca que tem de ser exaltada, porque na cultura do Futebol brasileiro são poucos os técnicos que conseguem esta marca.  Alguns ultrapassam por um mesmo clube, com duas ou até mais passagens e Marcelo superou vários fatores, até mesmo em função de alguns erros cometidos ainda no tempo em que trabalhava no Atlético, para colocar o seu nome na lista dos técnicos top do Futebol nacional. Hoje é respeitadíssimo. Merece pelo profissional competente e sério. Melhor ainda para nós mineiros. O esperamos num patamar ainda mais superior.

O Boca vai em frente

O Boca Juniors foi o primeiro time a atingir os nove pontos na Copa Libertadores 2015 e encanta os argentinos, depois de fazer 5 a 0 no Zamora. Tem de ser avaliado que seus adversários foram fracos, mas os resultados demonstram firmeza numa competição traiçoeira. Fez nove gols e levou um. Antes da primeira rodada, o River Plate, que hoje faz jogo importantíssimo contra o Juan Aurich, buscando a primeira vitória, era o mais cotado entre os argentinos. Agora, 100%  acreditam no temido Boca, o que está na boca do povo. Bom para a competição, porque tem um gigante querendo chegar.