Galo, com o coração e o espírito de Libertadores

Sem muitas invenções e com eficiência, o argentino Pratto se destaca no Atlético e marca o gol contra o Santa Fé pela Libertadores

A vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Santa Fé, nesta quarta-feira (18/3), em Bogotá, Colômbia, reascende o Galo na Copa Libertadores. Não como um candidato ao título, mas com plenas condições para passar pela fase de Grupos. As duas derrotas iniciais trouxeram insegurança. A recuperação veio na hora certa e dá nova credibilidade ao time. O problema é que alguns jogadores ainda estão errando muito. Na verdade há as limitações, mas poderiam ter um rendimento melhor. Maicosuel, por exemplo, na primeira bola demonstrou estar distante do clima quente do jogo. De repente fez duas jogadas e mostrou que ainda tem muito daquele atacante agudo dos tempos do Botafogo.  Ele pegava a bola e partia firme para o gol. Conseguiu duas investidas perfeitas. O destaque para Carlos fica apenas pela sua aplicação. Teve a bola do jogo e não a aproveitou. Edcarlos também se complica nos lances mais simples e que podem ser cruciais contra equipes mais qualificadas. Não que o Santa Fé não o seja.  Porém, não é aquele fantasma que estava sendo pintado como um bicho papão.  Invicto (sete jogos, com cinco vitórias e dois empates), contra times brasileiros em seus domínios conheceu a força do Galo, que ganhou com justiça.

Há outros fatos que não podem jamais serem omitidos. O primeiro, a competência de Victor. Muito seguro. Transmite muita confiança para toda equipe. Quando não foi possível defender, contou com a sorte, como nos seus melhores momentos. A bola na trave ele tirou do gol com os olhos. Tem de ser assim.  Marcos Rocha realmente dá outro equilíbrio ao setor defensivo. Pelo lado direito, o time foi seguro. Nem tanto pelo esquerdo. Douglas Santos sentiu um pouco a falta de ritmo e, ainda, o clima de Libertadores. Contudo, o Galo colocou o coração em jogo. Assim fica difícil perder por uma razão simples. Com a falta da técnica, a recompensa vem pela determinação e a luta. O espírito de Libertadores se fez presente.

Para fechar, temos de abrir um espaço especial para Lucas Pratto. Viram como é importante ter em campo um jogador capacitado e preparado para decidir? Futebol é assim. O time tem de ter o atleta que não desperdiça as bolas decisivas. O que ele fez ontem já havia observado nos treinamentos, com simplicidade. Não precisa de nada de extraordinário. Apenas saber fazer o certo sem invenções e objetividade. A cabeçada foi mortal. Muitos recebem estas bolas e não conseguem nada. Dez para Pratto.

A vitória do Tricolor

O São Paulo conseguiu uma vitória importante ao fazer 1 a 0 no San Lorenzo, no Morumbi. Não ganhou de qualquer um. Foram três pontos importantíssimos, que o credencia ainda mais no 'grupo da morte'. Na boca do povo, o Corinthians está absoluto.  Ainda não é o São Paulo dos sonhos, mas a experiência de alguns jogadores pode ser decisiva e levar o Tricolor para a outra fase. O jogo decisivo será contra os atuais campeões no Nuevo Gasômetro, em Buenos Aires.

Ainda o Brasil na Libertadores

Na postagem anterior exaltei o Corinthians, depois da vitória por 2 a 1 sobre o Danúbio, em Montevidéu e deixei de assinalar um ponto importante. Não foi um grande jogo. A vitória corinthiana foi alcançada sem muito esforço. E, nesta quarta (18/3), no Equador, o Internacional empatou por 1 a 1, com o Emelec. Segue a cartilha dos vitoriosos na Libertadores. Vencer em casa e buscar pelo menos um ponto fora. Está dando certo, depois da derrota na estreia para o The Strongest, na Bolívia. O Inter também sobe. Hoje vamos ter o Cruzeiro contra o Mineros, na Venezuela. Uma vitória e a equipe celeste estará na liderança do Grupo 3.

Tevez e Messi

Na Liga dos Campeões tivemos mais duas belas exibições de jogadores que encantam. Tevez, pela explosão, foi decisivo na vitória da Juventus por 3 a 0 sobre o Borussia Dortmund, enquanto Messi foi de novo show e colocou o Barcelona nas quartas de final, depois de passar pelo Manchester City por 1 a 0.  Neymar também fez das suas.