Décio Teixeira e Wilson Almeida depois do choque caíram dentro da área
A inauguração do Mineirão ocorreu em 5 de setembro de 1965 e
trouxe um novo status para o Futebol mineiro, que antes viveu por 15 anos a Era
do Independência, construído para o Mundial de 1950, no Brasil. A capacidade do
então gigante do Horto era para 30 mil pessoas. A nova casa para 120 mil torcedores, um modelo Nacional, não era tão gigantesca como o Maracanã,
este com capacidade para 122 mil, sendo que quase 200 mil pessoas viram a
derrota do Brasil, no Mundial de 1950, para o Uruguai. Mas o Mineirão era seguramente
o mais moderno do País. Tudo novo e bonito.
Já na construção havia um encanto, com caravanas para as
visitações. Na Pampulha se erguia a principal obra de concreto armado da
história do Estado. Foram 347.260 sacos de cimento, quatro milhões de barras de
ferro, 140 mil quilos de tubos, etc. Na época, não se usava os concretos
usinados. Os dirigentes dos clubes prepararam
os times para viver aquele novo tempo. Até os do interior. O Siderúrgica, de
Sabará, campeão mineiro em 1964, lutava pelo bicampeonato, mas já era
impossível concorrer com a nova estrutura do América, Atlético e Cruzeiro. Os
celestes, graças à visão privilegiada do presidente Felício Brandi, foi o que partiu
à frente. De terceiro clube de Minas, na
preferência do torcedor, ultrapassou o América e ganhou títulos, alcançando hegemonia. Foram quatro conquistas
consecutivas nos cinco primeiros anos do estádio, mostrando exatamente sua
força, algo inédito para o Clube (antes três vezes tricampeão, sendo uma delas
ainda no tempo de Palestra Itália), enquanto o Atlético conquistou o Campeonato
de 1970.
O primeiro clássico no Mineirão, jogo válido pelo Campeonato
Mineiro, foi cercado de muita expectativa, algo jamais visto na cidade. Até
então esta era a principal disputa para os Clubes mineiros, mesmo com a
existência da Taça Brasil em que participavam como meros coadjuvantes. O
árbitro escolhido pela Federação Mineira de Futebol foi o espanhol Juan de La Passion
Artez, radicado em Minas. Foi no dia 24 de outubro, um mês e 19 dias depois da inauguração
do estádio. Está registrado nos livros e sites como sendo esta a decisão do Estadual,
mas na realidade restavam pelo menos mais cinco rodadas.
Com público de 47. 530 torcedores pagantes, recorde para o
Estadual, fora os penetras que pularam o muro, o Cruzeiro vencia por 1 a 0, gol
de Tostão, na primeira fase, quando aos 34 minutos do 2º tempo, o árbitro
marcou um pênalti. Falta cometida por Décio Teixeira em Wilson Almeida. Houve
uma revolta dos atleticanos. Dirigentes, o técnico Mário Celso de Abreu (Marão),
todos os jogadores reservas invadiram o campo para agredi-lo, aliados aos 11
que já estavam dentro de campo. Foi terrível. Confronto também com os
policiais. Os atleticanos alegaram que a falta foi fora da área e que o árbitro
não tinha condições de marcar a penalidade porque estava do outro lado do
campo. As imagens não confirmaram,mas os dois jogadores caíram dentro da área.
Resultado de tudo. O jogo terminou com nove jogadores que estavam em campo expulsos,
todos os reservas, dirigentes, técnicos e Boletim de Ocorrência para alguns
devido às violentas agressões ao árbitro. A punição foi severa. O volante Buglê,
por exemplo, foi suspenso por um ano. Com a sequência da competição, o Cruzeiro
confirmou o título.
Escalações
Cruzeiro
Tonho; Pedro Paulo, Willian, Vavá e Neco; Ílton e Dirceu
Lopes; Wilson Almeida, Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira
Técnico: Airton Moreira
Atlético
Luiz Perez; João Batista, Vander, Bueno e Décio Teixeira; Buglê e Viladonega;
Buião, Toninho, Roberto Mauro e Noêmio
Téc: Marão
Cartão vermelho
Luiz Perez, João Batista, Vander, Bueno, Décio Teixeira,
Buglê, Viladonega, Roberto Mauro e Noêmio
Tem que dar porrada mesmo.
ResponderExcluirSe bobear o Leão Donizete vai sair cuspindo sangue da raposa hoje. Vamo lá Galão da massa
ResponderExcluirtriste esse futebol apresentado
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