A Copa do Brasil é a competição que mais surpreende. São 25 anos de disputa e se ainda estivéssemos no tempo em que a zebrinha apresentava os resultados dos jogos da Loteria Esportiva, pela televisão, aos domingos, com o tradicional chavão, olha eu aí, à noite de ontem teria sido de êxtase. Num só dia, nunca tivemos tantas surpresas no Futebol brasileiro. Ou melhor, a nova realidade, que fazem com que equipes não conhecidas como vencedoras obtenham vitórias e que deixam seus torcedores acreditando que é possível alcançar os degraus do alto do pódio. Se foi uma noite desastrosa para os grandes, com certeza, maravilhosa e histórica para os vencedores Ceará, América de Natal e Bragantino. Assim é o Futebol. No Mundial disputado no Brasil, este foi o exemplo da Costa Rica, derrubando os poderosos Uruguai, Inglaterra e Itália, classificando como o primeiro de seu Grupo.
Na Copa do Brasil já tivemos momentos de glória também para o modesto Asa de Arapiraca ao eliminar o Palmeiras, no Parque Antártica. Perdeu em casa por 2 a 1 e venceu como visitante por 1 a 0. Fora os títulos de Criciúma (campeão invicto), Juventude, Paulista, Santo André e outras façanhas. O Brasiliense só não foi campeão em 2002 porque o árbitro Carlos Eugênio Simon não permitiu. Optou pelo Corinthians. Estes modestos nunca apareceram na lista dos que poderiam chegar a uma reta final. Que fenômeno é este? Muito simples para quem acompanha Futebol. O nivelamento técnico, por baixo. Emerson Leão, não sei que podemos chamá-lo de ex-técnico, prega que para ser eficiente o jogador tem de contar com três requisitos fundamentais: técnica, físico e mente. E chega a dizer: “Se não tiver cabeça, não adianta insistir. Ela é que determina tudo”.
Acrescento hoje as informações. Mesmo os pequenos clubes, aqueles que ainda têm uma estrutura amadora, podem obter as mesmas informações dos grandes. A diferença fica apenas para as condições de preparação – os treinamentos. Vou recorrer novamente às palavras de um técnico, Marco Aurélio, aquele que foi jogador da Ponte Preta e depois trabalhou no Cruzeiro, Atlético, Palmeiras, América-MG e outros clubes: “Se o jogador quer viver num hotel 5 estrelas, tem de pensar em Atlético, Cruzeiro, São Paulo, Corinthians etc. Agora, se quer de apenas 1 estrela, tem muito clube aí, do interior, que não paga nem um salário mínimo, que deseja seu futebol. Os treinamentos são em verdadeiros pastos. Não é vida fácil, porque às vezes nem este mínimo eles recebem”.
Parabéns ao Ceará, por ter eliminado o Internacional (duas vitórias); América de Natal, que mesmo surpreendido pelo Fluminense, na Arena, em Natal (3 a 0), conseguiu a façanha de tirar o Tricolor dentro do Maracanã; e do Bragantino, que fez o São Paulo novamente encontrar o seu momento: está mais para gatinho manso perdido na floresta do que uma fera. Todo mundo chega e tira uma casquinha. Tem de ser repensado. Dói, porque quem ama o Futebol gosta de ver espetáculos de primeira grandeza e eles só podem ser proporcionados pelos grandes times, graças aos seus talentos. Mas é bom ver a alegria de quem sempre sonha e numa noite arranca as lágrimas de heróis.
Deu San Lorenzo
O campeão argentino comemora o título da Copa Libertadores 2014. Ganhou com justiça, por 1 a 0, do Nacional do Uruguai, no jogo de volta, e fez o Futebol grande. É o que interessa. Pena para o Futebol brasileiro, que não quis manter a tradição de vencedor dos últimos anos com 17 títulos na competição, enquanto os argentinos chegaram aos 23. Agora, que o San Lorenzo crie uma estrutura para não chegar a Marrocos e dar vexame, principalmente se encontrar um Real Madrid na final.
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