Minha teoria é a de que goleiro é o melhor indicado para avaliar goleiro por ser uma posição muito específica. É preciso ter cuidado ao afirmar que o goleiro falhou em tal bola. Não estava no posicionamento correto e daí por diante. Não vou entrar no mérito da técnica, posicionamento, reposição de bola, liderança etc. Ele tem de ter uma visão ampla do que está acontecendo para orientar seus defensores. Quando um goleiro, principalmente aqueles que já estiveram dentro de campo e hoje podem expressar suas opiniões sem prejudicar A ou B, estão falando dos atuais goleiros, fico atento. Sempre aprendemos. Agora jogam como líberos. Rogério Ceni foi o nosso precursor, mas esqueceu à hora de parar. É uma posição que requer tantos requisitos, que muitos se tornam grandes treinadores. Pepe Guardiola é o melhor exemplo.
Gostei quando Gilmar Rinaldi, ex-goleiro da Seleção, agora diretor de todas as Seleções do Brasil, antes da Copa, como empresário, destacou a regularidade de Diego Alves, ex-Atlético, hoje do Valência, da Espanha. Afirmou que ele tinha de estar no Mundial como um dos três goleiros de Felipão. Avaliou também Fábio, do Cruzeiro; Cavaleri, do Fluminense e Vitor do Atlético. Se fosse o responsável pela escolha, garantiu que Júlio César e Jefferson não estariam lá. Agora está de bico fechado. Sua função não permite que ele determine nomes, apesar de sabermos que será ouvido e naturalmente terá respaldo.
Mas se Dunga seguir o seu antecessor, Taffarel é que terá a missão de fazer as escolhas para o gol, e não podemos deixar de aproveitar a frase que mais marcou a sua carreira: “ Vai que é tua Taffarel”. Se for com mão mole, vão aproveitar e fazer de você mais um bobo da corte. Ele tem personalidade e antecipou o que pretende: “Eu já tenho alguns nomes, mas a partir de agora vou acompanhar muito mais. Até pedi aqui para o pessoal do Galatasaray - onde trabalha - um sistema que mostra tudo sobre o goleiro com imagens. Eu gosto muito do Rafael Cabral, ex-Santos e agora no Napoli. No ano passado nós fizemos um amistoso contra o Napoli e eu conversei com ele depois. Eu disse: ‘'aproveita essa oportunidade porque a Itália tem um futebol sério, disciplinado, exigente. Aproveita porque você tem muito a aprender. Você é goleiro de Seleção. Será uma sugestão ao Dunga”.
Muito bom. Há quatro anos, quando Rafael era goleiro ainda dos juniores, no Santos, e disputou a Copa São Paulo, o ex-goleiro Luizinho, que trabalhou como preparador de goleiros do Atlético e do América, está aposentado, disse que estava encantado com aquele menino: “Ele pega muito. Em breve vai estar na Seleção”. Mas não é cedo afirmar isso, Luizinho? “Não. A gente sabe. Ele faz com que o gol fique pequeno. Toma conta de todos os espaços”. Se um grande time começa por um grande goleiro, então a nova Seleção, que teve sempre boas safras em praticamente todas as Copas (em 1970, Félix era contestado, mas acabou campeão do mundo e fazendo belas defesas), vai começar muito bem. Vamos esperar as outras opções. Pelo que falou Rinaldi, Diego Alves terá sua vez. Pena que continuam omitindo Fábio. E ele merece estar lá, pela sua história. Mas o futebol é injusto também com algumas de suas estrelas com luz para brilhar em qualquer situação.
Uma certeza, a partir de agora, os adversários não vão chutar mais de longe, como no Mundial, porque sabem que no gol do Brasil não estará mais um produto com rotulo vencido.
Concordo com a suas observações Melane , mais eu particulamente acho que o goleiro Fabio deva ter algum problema relacionamento em grupo ou tecnicamente ele não seja lá essas coisas , de qualquer forma treinador de goleiros com historio e experiência a seleção tem .
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