Em 2009, o Cruzeiro estava em alta. Tanto que chegou à finalíssima da Copa Libertadores e, depois, a classificação para a competição continental em 2010 . No ano anterior, marcou a campanha com goleada em cima do Atlético e com belas atuações. O técnico Adílson Batista estava com tudo. Aproveitava o Campeonato Mineiro para fazer as experiências. Tinha muito respaldo. Mas confidenciava que havia jogadores no “mundo da lua”. Fazia questão de exaltar dois como bons exemplos de visão de jogo: Jonathan e Ramires. Nas conversas reservadas dizia que ambos faziam uma leitura perfeita dos jogos em condições até de ajudar os companheiros, aproveitando espaços e, consequentemente, o técnico no esquema tático na organização da equipe dentro de campo. No mundo da lua ele observou dois, que vou omitir os nomes, porque ainda estão em atividade. Sobre um deles, dizia: “Era só um avião passar próximo a Toca da Raposa para ele esquecer que estava em treinamento e se ligar na descida do aparelho em direção ao aeroporto da Pampulha”. Lá é uma das rotas para a aterrissagem.
Já o outro jogador, em uma segunda-feira, com o início da preparação para os jogos de domingo, ele o chamou e disse que estava nos seus planos que ele começasse como titular. O jogo seria contra o América. Fez todas as recomendações possíveis, já em cima das características do adversário. Foram dois coletivos e constatou que, a exemplo de outros momentos, seu escolhido estava perdido. Mas insistia nas orientações. Queria evitar que no domingo o time não encaixasse como ele pretendia e naturalmente receberia as críticas de burro por parte do torcedor e de professor Pardal da mídia. E dos adversários, dentro do próprio Clube, de que é o técnico de apenas um esquema.
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