quinta-feira, 21 de maio de 2015

Copa Libertadores e o frágil futebol brasileiro



                                       O Inter levou o gol de Mosquera nos acréscimos

A Copa Libertadores 2015 mostra, mais uma vez, para os críticos a dura realidade de que o futebol brasileiro continua estacionado, apesar da Seleção Brasileira conseguir bons resultados no comando de Dunga. A questão principal em termos de Seleção é que temos jogadores bonzinhos, um especial, Neymar; Dunga tentando introduzir o seu estilo e nada mais. Já nossos times estão visivelmente limitados. Não que sejamos pessimistas. Para os que contestam, apenas um questionamento. Qual time demonstrou evolução tática e técnica. Não existe. Nem o Corinthians nos primeiros jogos do ano. Como diz à boca pequena, chutou cachorro morto. Agradou pelos bons momentos de Elias; a boa presença de Guerrero na área e ainda Tite tentando mostrar que não era o ultrapassado treinador que fracassou depois da conquista do Mundial de Clubes em 2012. Foi tudo passageiro. Antecipei aqui: as portas do inferno estão abertas e ela começa a receber aqueles que não souberam o que é profissionalismo vitorioso.   

                           

 
Observei atentamente duas situações ontem. Primeiro a entrevista publicada pelo UOL com Alberto Helena Júnior, que foi demitido pelo SPORTV. A justificativa: estavam tentando direcionar suas palavras, o que não aceita. Ele falou de sua história e de personagens que marcaram o futebol brasileiro: Copa de 1970, no México; Pelé, Tostão, Edu, Rivelino, Joel Camargo, Zagallo, Cláudio Coutinho, que para ele foi um dos maiores gênios do nosso futebol, graças aos estudos; Guardiolla, Barcelona, Bayern de Munique, Luiz Felipe Scolari, Dunga e muita coisa mais. Faltou apenas Telê Santana. Vale a pena ver para quem deseja saber alguns pontos importantes da história do nosso futebol.
O outro ponto foram colocações feitas por Djalminha no canal FOX. Foi muito preciso. O programa insistiu muito no Flamengo,Robinho e Guerrero. Quando saía deste tema, pudemos observar críticas construtivas ao Brasil. Para Djalminha, filho de Djalma Dias, que foi um dos maiores zagueiros de nossa história, não há nada para se destacar. Nem mesmo o começo do ano do Corinthians, porque não viu nenhuma essência para pontuar e estar seguro de que estamos em uma nova trilha. Os outros componentes da mesa não arriscaram quando questionados se o futebol brasileiro pode levar o título da Libertadores com o Cruzeiro ou o Internacional, que seguem como os representantes do Brasil. Ouvimos uma palavra ou outra favorável ao Inter, mas nada contundente. Triste para quem já foi o senhor dos gramados.
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O Inter começou perdendo nas quartas de final para o Santa Fé, no El Campín, em Bogotá, por 1 a 0 e vai precisar de dois gols no jogo de volta, no Beira-Rio, para chegar às semifinais. Impressionou em alguns momentos ao eliminar o Atlético, mais pelo futebol de Valdivia e de D´Alessandro. Nada para dizermos que este é o nosso melhor representante. Pode complicar em casa. Claro que com chances para devolver o placar, mas se a decisão cair nos penaltis, sabemos que será uma loteria. Já o Cuzeiro vai conhecer hoje o River Plate, para muitos o melhor da competição. Era o Boca; foi o Corinthians, Racing e o Tigres. A Raposa em momento algum esteve em alta para que alguém pudesse assegurar: este é o time. Portanto uma incógnita. Por enquanto, sua força está na segurança de Fábio e no desejo do torcedor. É pouco. Os primeiros 90 minutos vamos ver hoje no Monumental. Com certeza, no Mineirão, muitos terão de levar não apenas no grito, mas também os terços e rezar muito.
Se o futebol brasileiro não chegar mais uma vez às semifinais, de certa forma, será bom para que os clubes possam mudar a viciada e derrotada filosofia de jogar por um resultado, esperando que amanhã o acaso possa resolver, sempre com sofrimento para o torcedor. E vejam bem que no Campeonato Brasileiro, com duas rodadas, o quadro é idêntico. Nada para dizermos que a bola voltou a dar prazer para seus amantes.

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