Indiscutivelmente a maior façanha foi em 1964, já que
Atlético, Cruzeiro, América e Villa Nova, eram os candidatos ao título,
correndo por fora o Democrata, de Sete Lagoas, que tinha uma das mais fortes
equipes. Graças ao técnico Yustrich e, principalmente, ao dinamismo do
presidente Manoel Édson, o Siderúrgica foi brilhante. O time dava gosto de ver
em ação, com o talento de Silvestre, Noventa, Tião, Edson; a segurança de
Djair; a liderança de Chiquito, juventude de Dawson e outros. Evidente que o
esperto Aldeir era outro diferencial. É dele um dos fatos folclóricos do
futebol mineiro, quando o árbitro José Alberto Teixeira ordenou o início da
partida e Aldeir escondeu a bola, argumentando: “Impossível senhor árbitro. Não
há bola”.
Entrevista ao repórter José Valdemar Teixeira de Mello, do jornal Estado de Minas

Jornalismo de luto
Morreu ontem um dos jornalistas e
publicitário mais respeitados de Minas: Édison Zenóbio, de 84 anos. Era um apaixonado pelo
esporte. Através dos patrocínios pude durante 10 anos, com seu apoio,
acompanhar o automobilismo de F-1 pelo mundo em coberturas para o jornal Estado
de Minas. Zenóbio fez a sua história, com uma ligação forte também pelo
Cruzeiro. Contava com orgulho que em 1966, quando o time venceu o Santos por 3
a 2, no Pacaembu, em São Paulo, conquistando o primeiro título nacional para o futebol mineiro, ele estava
lá, acompanhado de outros três companheiros do Diário da Tarde: Felipe Drumond,
Salomão Polakiewicz e Plínio Barreto, que foram de carro ver a decisão. Zenóbio,
o que posso dizer é que sua história muito orgulhou aqueles que tiveram o
privilégio de estar ao seu lado. Meus sentimentos a toda família, especialmente
aos filhos Edinho, Rodrigo e Eduardo.
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