Indiscutivelmente a maior façanha foi em 1964, já que
Atlético, Cruzeiro, América e Villa Nova, eram os candidatos ao título,
correndo por fora o Democrata, de Sete Lagoas, que tinha uma das mais fortes
equipes. Graças ao técnico Yustrich e, principalmente, ao dinamismo do
presidente Manoel Édson, o Siderúrgica foi brilhante. O time dava gosto de ver
em ação, com o talento de Silvestre, Noventa, Tião, Edson; a segurança de
Djair; a liderança de Chiquito, juventude de Dawson e outros. Evidente que o
esperto Aldeir era outro diferencial. É dele um dos fatos folclóricos do
futebol mineiro, quando o árbitro José Alberto Teixeira ordenou o início da
partida e Aldeir escondeu a bola, argumentando: “Impossível senhor árbitro. Não
há bola”.
Entrevista ao repórter José Valdemar Teixeira de Mello, do jornal Estado de Minas
Sabará foi o primeiro
povoamento de Minas Gerais, nos primórdios da colonização do Brasil. Próximo à
barra do Sabará localiza-se a Serra da Piedade, que se estende até o município
de Caeté, com o cume a 1.746 metros de altitude, onde encontram-se ricas
jazidas de ouro e minério de ferro, exploradas até hoje. No decorrer dos séculos XVIII e XIX, com a mineração do ouro na região do rio
das Velhas e seus afluentes surgiram várias povoações e, em 1674, chegou à
região a bandeira de Fernão Dias Paes que iniciou o processo de organização dos
núcleos mineradores. Plantou-se uma roça grande, pouco abaixo da barra do rio
Sabará, dando início ao mais importante arraial fundado pela bandeira paulista.
A história encanta os sabarenses. São muitas as festas tradicionais na cidade,
mas é o futebol que emociona aqueles que são apaixonados pela bola e que
tiveram o privilégio de ver o Siderúrgica ser um gigante.
Jornalismo de luto
Morreu ontem um dos jornalistas e
publicitário mais respeitados de Minas: Édison Zenóbio, de 84 anos. Era um apaixonado pelo
esporte. Através dos patrocínios pude durante 10 anos, com seu apoio,
acompanhar o automobilismo de F-1 pelo mundo em coberturas para o jornal Estado
de Minas. Zenóbio fez a sua história, com uma ligação forte também pelo
Cruzeiro. Contava com orgulho que em 1966, quando o time venceu o Santos por 3
a 2, no Pacaembu, em São Paulo, conquistando o primeiro título nacional para o futebol mineiro, ele estava
lá, acompanhado de outros três companheiros do Diário da Tarde: Felipe Drumond,
Salomão Polakiewicz e Plínio Barreto, que foram de carro ver a decisão. Zenóbio,
o que posso dizer é que sua história muito orgulhou aqueles que tiveram o
privilégio de estar ao seu lado. Meus sentimentos a toda família, especialmente
aos filhos Edinho, Rodrigo e Eduardo.
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