sexta-feira, 15 de maio de 2015

Uai, no Independência, a luz não foi embora

Libertadores meus amigos é exatamente o que aconteceu ontem, em La Bombenera. Agora usam o mais moderno. Spray de pimenta. No passado, quando argentinos e uruguaios ganhavam tudo, eram moedas e pedras jogadas nos adversários, ameaças de morte até dentro de campo; pressões nos hotéis, impedindo o repouso dos jogadores rivais, manifestações que se espelharam por outros países da América do Sul; tiros, alimentações com produtos para provocar diarreia, doping, faltas criminosas etc. As regras do jogo não podiam ser aplicadas contra eles. Foram vitimas os times brasileiros. Participei de algumas coberturas a partir de 1975, quando o Cruzeiro enfrentou Rosário Central e o Independiente, na Argentina,  Testemunhei muitos destes fatos. Os jogos não eram transmitidos diretamente pela TV.


Na campanha vitoriosa do Atlético, em 2013, não podemos omitir o que aconteceu no Independência, no empate por 2 a 2 (placar agregado), diante do Newll´s Old Boys. O jogo estava dramático para o Atlético, que perdeu o de ida, em Rosário, por 2 a 0. Os refletores se pagaram e por dez minutos houve a paralisação, não por falta de energia elétrica no estádio ou na região. Funcionários da BWA, consórcio que administra o estádio, justificaram que a causa foi uma falha na subestação. O Galo perdia por 1 a 0 até os 32 minutos da segunda etapa e os argentinos estavam levando a classificação para a finalíssima. Quando o jogo foi reiniciado, Guilherme fez o gol da vitória por 2 a 0 que determinou a decisão por pênaltis. Pela primeira vez o Galo chegava a uma final da Libertadores. Não foi punido pela falta de luz.


Agora, foi a vez do Boca Juniors, contra o seu maior rival, o River Plate. Não por obra de nenhum dirigente do time argentino ou policial. Como aqui no Independência, com certeza, não foi uma ordem do presidente Alexandre Kalil, de Eduardo Maluf, Cuca, algum dirigente da CBF ou FMF. Foi um atleticano desesperado, acreditando que aquela manobra daria certo. E como deu. Só que ontem o tiro pode vir à culatra. O jogo estava 0 a 0. Bem disputado nos primeiros 45 minutos. O Boca começou melhor, o River equilibrou, tomou o domínio, mas nos 10  minutos finais da primeira etapa, já estava tudo igual novamente. Só que o River caminhava para a classificação, graças à vitória por 1 a 0  no jogo de ida. Alguém do Boca, imediatamente foi divulgado sendo um torcedor, até com imagem, usou o gás de pimenta para atingir diretamente três jogadores e os demais ficaram perdidos  quando voltavam para o gramado para a segunda etapa. Emocionalmente ficaram sem condições para sequencia do jogo. Hoje, a Confederação decide as punições e a data do restante da partida.





Pelo regulamento, como foram disputados 45 minutos, terá de ter os 45 minutos finais, o que deve ser confirmado, com portões fechados, também em Buenos Aires. A questão é a seguinte. E se fosse um time brasileiro envolvido? Seria punido veementemente e até com a perda dos pontos. Mais a ameaça com a eliminação da competição. Como é o Boca, seguramente, nada de mais relevante. O jogo segue. Podemos até antecipar que na quarta-feira, a bola segue e o Cruzeiro fica à espera.

2 comentários:

  1. Prezado, boa tarde. O título do Galo foi por atitude corrupta? Rogério

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  2. Não. Ganhou na bola Rogério. O próprio jogo diz tudo: 2 a 0 no Independência. Quando a luz retornou fez o segundo gol, sem qualquer influência de arbitragem etc. Grato, Melane,

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