quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Esperando o golpe para golpear



Muito estranho o comportamento do Atlético desde o ano passado. Em muitos jogos o time permitiu gols do adversário e foi obrigado a correr atrás do resultado, em partidas que todos esperavam  vitórias com certa facilidade. Lembram  de Atlético 2 x 2 Ponte Preta, no Independência? 

Ainda há os jogos em que não escapam da memória do torcedor pela Copa Libertadores: contra o Tijuana (nos dois jogos correndo lutando para igualar o placar), diante do Newells Old Boys e do Olimpía, como visitante e os do Mundial, em Marrakech. Faço a opção de acreditar que seja auto suficiência.  Estar seguro de que tem capacidade para decidir na hora desejada.  Mas ai é que morre o perigo. Uma hora a casa cai. Lembram do Raja Casablanca?

Na vitória por 2 a 1 sobre o Independiente Santa Fé pela segunda rodada da Copa Libertadores, no Independência, o filme de domingo (vitória por 3 a 2 sobre o América) se repetiu. Só que de uma forma mais dramática e com lições.  Se não vejamos. O Santa Fé é um time qualificado, que não está na competição por acaso. Vai chegar à outra fase. Ainda no primeiro tempo perdeu um de seus principais jogadores, o atacante Medina, e que fez falta. Se conseguisse fazer 1 a 0 com 11 em campo, a história seria diferente, mas como o “se” não joga, o Atlético precisa abrir os olhos. O técnico Vanderlei Luxemburgo, no tempo em que trabalhava 100% com os olhos no Futebol, me mostrou que um dos segredos do jogo é não deixar a porta aberta, erro que faz parte do Atlético, para não dizer pecado capital. Confia demasiadamente da capacidade de seus jogadores ofensivamente.

Trocando em miúdos, o Atlético foi melhor ontem, mas deu sorte.  E que sorte. Vai ter que evoluir muito e continuar acreditando que umas das várias opções precisam dar certo se o conjunto não prevalecer. Diante dos colombianos foi a magia de Paulo Autuori em colocar em campo Guilherme e, em seguida, Neto Berola. Mas é preciso muitas outras: o técnico continuar acertando, provando porque é um dos mais respeitados do país; o coletivo evoluir e as peças individuais também.  Assim será o Galo que a massa deseja ver. Por enquanto, apenas relances.


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