Queria estar no gramado do estádio Olímpico, em Porto Alegre e testemunhar a história contada pelo ex-volante Amaral, que fez sucesso no Palmeiras, jogou em outros clubes e na Seleção Brasileira. Ele diz que nos Anos 90, como jogador do Palmeiras, entrou no campo para fazer o reconhecimento (o jogo era contra o Grêmio), ao lado de dois companheiros e também negros: César Sampaio e o zagueiro Klebão. A torcida do Grêmio já tomava conta de grande parte do estádio quando, de repente, eles ouviram o som forte de macacos vindo da arquibancada. Eles começaram a rir. Esqueceram do reconhecimento do campo e um passou a brincar com o outro: “É para você Klebão”. O zagueiro retrucou: “Não, é para você Amaral”. O volante imediatamente passou as bola: “Então é para o Sampaio”. Foi à forma que eles encontraram para superar o ato de racismo. Na TV, Amaral contou que o confronto com os adversários é deste nível para pior: “Só quem já esteve dentro de campo sabe. Não tem santo”.
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