Abra os olhos Jô

Como o Campeonato Mineiro ainda não está dando ibope, vamos analisar um tema que domina os programas esportivos nas rádios e televisões. A pergunta que está na boca do povo é quem será o nove do Brasil no Mundial, diante da carência para a posição. Fred solicitou e foi atendido com um prazo para treinamentos e para realmente voltar a forma.  Mas será que volta? O atacante teve um fraco desempenho na vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Resende. O técnico Luiz Felipe Scolari acompanhou tudo. No ano passado, o treinador da Seleção dizia que o grupo estava praticamente fechado, porque alguns jogadores, entre eles o goleiro Fabio, reivindicavam uma convocação. Agora, já fala que não é bem assim. Pode fazer mudanças. Só que estamos a três meses da divulgação da lista e quatro da estreia no Mundial. Complicado para o comandante falar em dúvidas neste momento.

Mas vamos a questão do camisa nove. Fred, há quase um ano não é o Fred que o Brasil precisa; Damião idem; Luiz Fabiano, da mesma forma;  Jô pode ter fechado as portas pelo fraco desempenho no Mundial de Clubes e as dificuldades para se impor com a camisa do Galo. Com a da Seleção, até que deixa boa impressão, mas não agrada a mídia nacional. Tanto que ontem não falaram o nome dele. Tentam impor os atacantes que estão surgindo, fazendo gols. Um deles, muito forte pelo que estava fazendo, no Maracanã: Hernane, do Flamengo. E todos sabem que o Flamengo dita ordens e quem comanda o futebol gosta muito de cumpri-las.  O recado que tenho para Jô é muito claro: abra os olhos. Você não vai se garantir fazendo dois gols no Nacional de Murié. Terá de produzir muito mais. A Libertadores será sua vitrine.

A mídia, muitas vezes com seus interesses, faz a sua parte. Agora falam também no volante Fernandinho, que foi do Atlético-PR e hoje atua pelo Manchester City. Vai ser duro vê seu nome numa próxima lista, mesmo sabendo que há surpresas nas  vésperas dos Mundiais. Mas há um limite, principalmente na hora de uma definição para uma Copa do Mundo. E vejam bem: no Brasil, onde a torcida não aceita fracasso. Caso isso aconteça, será o maior golpe da história para o futebol brasileiro, há mais de dez anos em decadência técnica.