Depois de ver o Bolívar empatar por 1 a 1 com o León e garantir a classificação para as quartas de final da Copa Libertadores, não tem como fugir de uma comparação e uma dura realidade: a baixa do Futebol brasileiro. Ambos conseguiram bons resultados diante do Flamengo, eliminando um dos nossos mais tradicionais times, se não o mais, deixando claro que já não há mais o respeito por aquela arte que encantava o mundo através de nossos jogadores considerados por décadas os "Reis do Futebol”.
Os locutores, por exigência das emissoras, patrocinadora dos eventos, são obrigados a exaltar os jogos, que não podemos chamar de espetáculos, com chavões que incomodam e mostram a pobreza da nossa qualidade técnica. Com certeza, estamos à espera de um milagre para que no Mundial não haja uma decepção como a de 1950, quando estava tudo pronto para o Brasil conquistar o título e os uruguaios levaram em grande estilo. O Futebol brasileiro vive de alentos, como os 3 a 0 sobre a Espanha, na conquista da Copa das Confederações.
Nossas equipes, a maioria no mesmo nível, se limitam a um futebol da mais baixa qualidade, passes errados, confusões táticas e o torcedor obrigado a engolir tudo. Tanto que o último grande momento de nossa arte foi há três anos, quando o Santos, ainda com Neymar, foi derrotado por 5 a 4 pelo Flamengo, numa noite memorável de Ronaldinho Gaúcho, no comando do time rubro negro, na Vila Belmiro.
Há anos não há uma sequência de bons jogos, exigências de ambas as partes, espetáculos, na expressão das palavras. Se quereremos ver toque de bola, com qualidade e raciocínio rápido dos jogadores, no sentido coletivo, alguma técnica e inteligência no campo de jogo, somos obrigados a ligar a TV e acompanhar uma disputa europeia. No momento, a Liga dos Campeões. Se considerar que estou fugindo da nossa realidade, então lembre o último grande momento de seu time, mas que tenha sido exigido. Jogando contra perdedores é impossível ter um parâmetro e o torcedor paga para ver apenas 11 correndo atrás de 11. Um absurdo.
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