O jornalista Reginaldo Leme, um dos maiores nomes da história do Automobilismo brasileiro, se não o principal, com mais de 30 anos cobrindo a Fórmula-1 e presente a praticamente todas 101 vitórias do País, deu um show de conhecimento da matéria na abertura do projeto Academia de Ideias – Ciclo de Palestras 2014. Sua apresentação foi na Livraria FNAC do BH Shopping, com a presença de apaixonados pelo automobilismo, alunos de jornalismo e três companheiros de Reginaldo em coberturas e redações: Jaeci Carvalho, Warley Ornelas e este que vos escreve. Falou de tudo. Abriu realmente o verbo e impressionou, especialmente quando se referiu aos três grandes campeões brasileiros: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
Para Reginaldo não existe manobras na F-1 para prejudicar os pilotos, porque há a disputa enorme das montadoras e uma não quer perder para outra. Investem para que seus pilotos sejam os vencedores. Uma derrota pode representar a não comercialização de milhões de carros. O jornalista destacou Rubens Barrichello, dizendo que foi um piloto respeitado, tanto que disputou 326 GPs, duas vezes vice-campeão e não teve uma trajetória tão vitoriosa quanto Piquet e Senna, devido a Michel Schumacher: “Porque Schumacher também tinha o melhor carro e foi um gênio”. Para ele, Massa não teve como competir com Schumacher na Ferrari, porque era o piloto alemão que dava as ordens na escuderia – tudo feito em sua função. Exaltou Senna: “Foi o maior gênio que vi nas pistas” e revelou que recentemente, numa conversa com Piquet, o tricampeão também destacou o seu rival nas pistas como um dos maiores. Outra revelação de Reginaldo: “Se Senna não morre em 1994, seria o campeão da temporada, porque tinha carro. Hill, seu substituto, muito inferior, conseguiu brigar pelo título com Schumacher.
O jornalista aponta Fernando Alonso como um dos talentos da atual F-1, porque mesmo sem o melhor carro está sempre na disputa. Sobre as mudanças para a temporada aponta que a expectativa do motor Renault não correspondeu, depois de quatro anos de domínio com Sebastian Vettel. E observou que a FIA aponta todos os sinais de apoio para as competições de turismo e muitos dos brasileiros que sonhavam com a F-1, hoje já fazem outras opções. Para ele, Felipe Nasr pode vingar. Observa que se não for possível, por não ter o País uma politica para a formação de uma nova geração (meninos de 15 anos) não vê nenhuma luz no fim do túnel. Aponta a Argentina bem à frente, porque la há uma lei que obriga a todas as montadoras que deem 8% dos lucros anualmente para os eventos automobilísticos. Resultado: as provas têm mais de 100 mil telespectadores.
Para encerrar, confirma o trabalho da TV Globo para recuperar a audiência, muito longe dos tempos de Senna.
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